#Transparência – O Índice de Percepção da Corrupção,
referente ao exercício de 2023, foi divulgado pela ONG Transparência
Internacional, em janeiro. Do total de 180 países, o Brasil ficou em 104º
lugar, caindo dez posições em comparação com o ano de 2022. O levantamento
aponta que no mundo inteiro houve enfraquecimento do sistema judiciário e do
Estado de Direito, situações que municiam a corrupção.
O índice vai de 0, o cenário mais corrupto, a 100,
para o país mais íntegro. Enquanto a média mundial prevaleceu durante 12 anos
em 43 pontos, o Brasil caiu de 38 pontos para 36, em 2023. É a pior queda
brasileira desde 2017, quando o país perdeu 17 posições no ranking em relação a
2016 (foi de 79º para 96º lugar). É ainda a pior posição no ranking desde 2019,
quando o Brasil aparecia em 106º.
Segundo o relatório, a responsabilidade pelo
desmonte de marcos institucionais contra a corrupção, que levaram décadas para
ser erguidos, é da gestão presidencial de 2019-2022. Porém o atual governo
também vem falhando na reconstrução de mecanismos eficientes. Deixo claro que
esta opinião é da ONG Transparência Internacional. Somente transcrevo os
resultados, visto que ninguém deseja o seu país avançando em níveis de corrupção.
“Tivemos no Brasil uma série de retrocessos nos
últimos anos e agora estamos testemunhando a dificuldade do processo de
reconstrução das instituições. A lição que fica é que o processo de degradação
das instituições que compõem o Estado Democrático de Direito pode acontecer de
forma bastante rápida, mas a reconstrução é demorada e demanda envolvimento de
todos os atores da sociedade”, afirma Guilherme France, gerente do centro de
conhecimento anticorrupção da Transparência Internacional.
Os fatores negativos acontecem nos três poderes. No
atual governo, destacam-se a indicação do advogado Cristiano Zanin ao STF; o
aumento das despesas com o Legislativo referentes às Emendas de Relator, de
Comissões, de Parlamentares e do Fundo Partidário para as eleições municipais
de 2024. Matéria completa: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2024/01/brasil-cai-10-posicoes-em-ranking-de-percepcao-da-corrupcao-diz-estudo.shtml
Além da vontade política dos governantes e da
máquina pública, as lideranças e, principalmente, a sociedade civil, precisam
combater ininterruptamente qualquer indício de corrupção, onde quer que esteja
e independente de quem seja o mandatário público. Creio que acabar com a
corrupção seja impossível, mas, com o bom combate, podemos reduzi-la. Que assim
seja! #EsforçoContraCorrupção
Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo