sexta-feira, 17 de maio de 2024

Mais civilidade

 

#Exemplo – Amigas e amigos, meses atrás, deparei-me com uma notícia extremamente curiosa. Em especial, pelo sentimento humanitário e de integral respeito e civilidade, trazia o seguinte título “Homem mais alto do mundo se encontra com a menor mulher viva, num evento”.

 

O homem mais alto do mundo é o turco Sultan Kösen, de 41 anos, com 2,52 metros de altura, e a menor mulher é a indiana, Jyoti Amge, de 30 anos, com 62,8 centímetros. Ambos aparecem no Livro dos Recordes (Guinness Book), pelos seus respectivos tamanhos.

 

Os dois foram reconhecidos pela Organização do Guinness em 2011. Sultan Kösen integra a seleta lista de 10 casos já reconhecidos no mundo de pessoas que mediram acima de 2,5 metros de altura. Já Jyoti Amge possui estatura inferior a uma criança de 2 anos. O crescimento desproporcional de Sultan é motivado por um tumor, enquanto a Jyoti tem acondroplasia, que é uma forma de nanismo.

 

Apesar das gigantescas diferenças de estatura, Sultan e Jyoti se dão extremamente bem, com total respeito. Aliás, se conhecem desde 2018, em razão de uma viagem ao Egito, atendendo convite do país africano.

 

O respeito, a civilidade e a amizade entre o Sultan e a Jyoti servem de exemplo para todos. Notadamente no mundo atual, onde se constatam todas as formas de intolerância: racial, religiosa, social, de gênero, cor, sexual e etc, além do xenofobismo. #MaisCivilidade

 

(Mehmet Veysi Bora/Anadolu via Getty Images)

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

domingo, 12 de maio de 2024

Amor de mãe

 

#DiaDasMães – Após a figura inigualável de Deus, creio que pais e mães são as personagens mais importantes. Em especial, as mamães, presentes ou ausentes no plano terreno. Apesar de não encontrar palavras adequadas para exprimir os sentimentos mais sublimes, reforço as homenagens a todas as mães neste 12 de maio.

 

Minha mãe Fumiko (Fumica no registro), nascida no Japão, veio ainda criança com a família ao Brasil. Como a maioria dos imigrantes, foi trabalhar numa grande fazenda de café em Cravinhos/SP, região da Alta Mogiana. Ainda criança, já trabalhava na roça e aprendeu tudo sobre a cultura do café.

 

Terminado o contrato de 5 anos, a família veio para Mogi das Cruzes/SP, onde arrendou uma reduzida área e iniciou, com sucesso, a plantação de verduras e legumes. Após 3 anos, adquiriu 10 hectares no bairro de Vila Moraes, na antiga estrada de terra e sem energia, denominada Mogi-Capela do Ribeirão (atual Rodovia Estadual SP-98 - Dom Paulo Rolim Loureiro, a Mogi-Bertioga). Mamãe casou-se em 1935 com Izumi Abe (meu pai). Criaram cinco filhos, sendo eu o terceiro da família.

 

Todas as mães são heroínas, mas as esposas do filho mais velho de famílias de imigrantes japoneses tiveram uma vida altamente trabalhosa e complexa. Em cumprimento à cultura japonesa, moravam com a família do marido, cuidando de um conjunto de famílias: a própria e a dos sogros.

 

Além da função de dona de casa, de cuidar dos filhos, cozinhar, lavar e fazer faxina geral, mamãe trabalhava na lavoura os 7 dias da semana. Acordava às 4 horas e terminava a jornada diária por volta das 23 horas. Na imagem, ela aparece na roça (sou o menorzinho, tentando carregar a enxada). Mamãe foi uma mulher forte e corajosa que, além de cuidar de duas famílias, sempre nos ensinou a lutar pelos nossos sonhos. Somos o que somos, graças ao carinhoso colo, aos relevantes ensinamentos e ao amor que ela nos dedicou.

 

Convidada por Deus, mamãe foi para o universo celestial em 23 de fevereiro de 2014, aos 98 anos. Mas, continua nos protegendo, nos amando e nos abençoando. Dentre milhares de manifestações para externar admiração, respeito, reconhecimento, gratidão e amor às mães, compartilho o texto de autor desconhecido: “Mãe, uma palavrinha de três letras, mas que carrega uma tonelada de sentimentos quando falada em voz alta. Eu te amo mãe! Agradeço todos os dias por ter cuidado e zelado por mim em todos os momentos da minha vida”. Feliz Dia, Mamães! #AmorDeMãe

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo


terça-feira, 7 de maio de 2024

Cuidado com fake news!

 

#CrimeBárbaro – “Espancado até morrer, pedreiro foi vítima de fake news em Suzano/SP”. O fato estampado em notícias aconteceu na cidade vizinha da minha Mogi das Cruzes/SP, gerando tristeza e inconformismo. Rafael dos Santos Silva (22) havia deixado Recife/PE para tentar ganhar a vida e ajudar a família. De acordo com a polícia, o linchamento ocorreu no dia 17 de dezembro passado, após a disseminação da fake news de que o jovem teria matado três cães.

 

(Foto: Reprodução/Internet)

O vereador suzanense Marcel da ONG (então, PTB; atual PRD) chegou a compartilhar, pela rede social, um vídeo com fotos de animais que teriam sido mortos a facadas e no qual conversava com um homem identificado como tutor de um desses cães. Porém, as investigações da polícia não encontraram vestígios de que esses animais teriam sido mortos em Suzano ou regiões vizinhas.

 

Foi um crime bárbaro e cruel que exterminou a vida de Rafael, um inocente trabalhador que tinha chegado em Suzano em 2020. A mãe, Aliceli Santos (46), só chora e conta que Rafael costumava, mensalmente, depositar para ela, uma parte do que ganhava e que os dois se falavam quase diariamente por ligações ou mensagens. Ela não queria que o filho deixasse Recife, mas Rafael afirmou que era maior e que precisava ajudar a família, inclusive na compra de uma casa.

 

A polícia investiga a propagação de notícia falsa e incitação ao crime. O linchamento foi gravado com imagens de agressão sofridas por Rafael, com socos, chutes, pauladas, pedradas e até a utilização de uma pá, enquanto os criminosos gritavam que Rafael era exterminador de cachorros.

 

Sete suspeitos identificados estão presos. O homem que aparece num vídeo como suposto dono de um cão morto foi detido na cidade vizinha de Rio Grande da Serra, no último dia 6 de fevereiro.

 

Com ajuda de uma vaquinha, o corpo de Rafael foi transportado para Recife, onde foi sepultado. A saudade e o inconformismo da mãe Aliceli, com certeza, serão infinitos, restando somente o conforto espiritual que Deus lhe proporciona.

 

Gente, é fundamental tomar muito cuidado para não acreditar em fake news. Se tivermos conhecimento do teor falso de notícias na rede social, precisamos alertar familiares e amigos, além de informar a polícia. As consequências de boatos são desastrosas e podem tirar vidas. Aos linchadores, após as investigações e justas sentenças, que tenham as merecidas penas. #CuidadoComFakeNews


Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

sexta-feira, 3 de maio de 2024

Trilhos da evolução

 

#SistemaFerroviário – Sou entusiasta do sistema ferroviário. Aliás, entendo que todos os brasileiros devem ser, considerando inúmeras razões: dimensão territorial do País; impulso à economia; redução de custos, da poluição por gás carbônico, de combustível e de congestionamentos de veículos em rodovias e portos; fácil transporte de cargas; contribuição para consolidar o desenvolvimento sustentável do centro-oeste; e maior competitividade global na produção de produtos agropecuários e industriais, entre outras.

 

Lamentavelmente, desde a década de 1960, continuamente, nossos governos perpetuaram o sucateamento do sistema ferroviário nacional, priorizando a indústria automobilística para o deslocamento de pessoas e de cargas, com olhar direcionado ao retorno imediato em geração de empregos e maior recolhimento de impostos, na contramão de países com dimensões territoriais reduzidas, como as nações europeias e asiáticas.

 

Registro felicitações ao governo do Estado de Mato Grosso que, por meio da iniciativa privada (Rumo Logística – especializada em ferrovias), assumiu a implementação de 730 quilômetros de trilhos, com 2 ramais, ligando o município de Rondonópolis à capital, Cuiabá, e aos municípios de Campo Verde e Lucas do Rio Verde, com investimento estimado de R$ 15 bilhões e previsão da conclusão de toda a obra em 2030. Os dois trechos contarão com 22 pontes, 21 viadutos, 2 km de túneis e 11 km de pontes.

 

(Foto: Sema-MT)

Segundo o governo mato-grossense, a obra visa a ligação com importantes centros consumidores, como São Paulo, e o fundamental terminal portuário de Santos, com benefícios relevantes ao Brasil e à população. Estão empregados 1 mil trabalhadores. Somente com visão realista, espírito estadista e de total empenho de políticos e lideranças, poderemos beneficiar o povo com qualidade de vida, menor desigualdade social e avanço em desenvolvimento sustentável e proteção ambiental. Neste caso, o investimento reforça a consolidação do rico centro-oeste brasileiro, principal produtor de commodities (arroz, soja, trigo, algodão, feijão e etc), favorecendo o escoamento de itens e a aquisição de insumos. #TrilhosDaEvolução

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

 

terça-feira, 30 de abril de 2024

Esforço contra a corrupção

 


#Transparência – O Índice de Percepção da Corrupção, referente ao exercício de 2023, foi divulgado pela ONG Transparência Internacional, em janeiro. Do total de 180 países, o Brasil ficou em 104º lugar, caindo dez posições em comparação com o ano de 2022. O levantamento aponta que no mundo inteiro houve enfraquecimento do sistema judiciário e do Estado de Direito, situações que municiam a corrupção.

 

O índice vai de 0, o cenário mais corrupto, a 100, para o país mais íntegro. Enquanto a média mundial prevaleceu durante 12 anos em 43 pontos, o Brasil caiu de 38 pontos para 36, em 2023. É a pior queda brasileira desde 2017, quando o país perdeu 17 posições no ranking em relação a 2016 (foi de 79º para 96º lugar). É ainda a pior posição no ranking desde 2019, quando o Brasil aparecia em 106º.

 

Segundo o relatório, a responsabilidade pelo desmonte de marcos institucionais contra a corrupção, que levaram décadas para ser erguidos, é da gestão presidencial de 2019-2022. Porém o atual governo também vem falhando na reconstrução de mecanismos eficientes. Deixo claro que esta opinião é da ONG Transparência Internacional. Somente transcrevo os resultados, visto que ninguém deseja o seu país avançando em níveis de corrupção.

 

“Tivemos no Brasil uma série de retrocessos nos últimos anos e agora estamos testemunhando a dificuldade do processo de reconstrução das instituições. A lição que fica é que o processo de degradação das instituições que compõem o Estado Democrático de Direito pode acontecer de forma bastante rápida, mas a reconstrução é demorada e demanda envolvimento de todos os atores da sociedade”, afirma Guilherme France, gerente do centro de conhecimento anticorrupção da Transparência Internacional.

 

Os fatores negativos acontecem nos três poderes. No atual governo, destacam-se a indicação do advogado Cristiano Zanin ao STF; o aumento das despesas com o Legislativo referentes às Emendas de Relator, de Comissões, de Parlamentares e do Fundo Partidário para as eleições municipais de 2024. Matéria completa: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2024/01/brasil-cai-10-posicoes-em-ranking-de-percepcao-da-corrupcao-diz-estudo.shtml

 

Além da vontade política dos governantes e da máquina pública, as lideranças e, principalmente, a sociedade civil, precisam combater ininterruptamente qualquer indício de corrupção, onde quer que esteja e independente de quem seja o mandatário público. Creio que acabar com a corrupção seja impossível, mas, com o bom combate, podemos reduzi-la. Que assim seja! #EsforçoContraCorrupção

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

sexta-feira, 26 de abril de 2024

Viva Imigração Italiana!

 

#150AnosDeIrmandade – Em 16 de fevereiro de 1874, vindo do Porto de Gênova/Itália, ancorou no Porto de Vitória, Santa Catarina, o navio La Sofia, com 388 imigrantes italianos. Neste ano, a imigração italiana no Brasil completa 150 anos, o que motiva muita emoção.

 


A maioria das imigrações se deu por causa da profunda crise econômico-financeira e social, enfrentada pelos países europeus e asiáticos. Por outro lado, o Brasil com gigantesca dimensão territorial, tinha imensas dificuldades de mão de obra nas lavouras, após a abolição da escravatura em 13 de maio de 1888, por meio da Lei Áurea.

 

A maior parte dos imigrantes chegou ao Brasil encantada com a propaganda enganosa de ganhos imediatos e retorno aos países de origem em, no máximo, 5 anos. Entretanto, a história registra uma vida jamais sonhada de sofrimentos, pautada por suor, lágrimas e preconceitos. O Brasil deve demais aos imigrantes de diversos países. Superando todas as dificuldades, com muita dedicação, resiliência e trabalho, ajudaram o desenvolvimento deste País. Desbravaram florestas e impulsionaram a produção rural de café e algodão, entre outros itens, superando as explorações de madeira (pau Brasil), cana de açúcar e até minérios que marcaram época da escravatura africana. Aliás, a imigração italiana abriu o caminho para que povos de outras nações cá viessem na esteira dela.

 

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no momento áureo do largo período denominado como da grande imigração, o Brasil recebeu cerca de 3,3 milhões de imigrantes italianos, equivalente a 42% de todas as imigrações (espanhola, alemã, árabe, japonesa e etc). As imigrações ajudaram sobremaneira o Brasil na miscigenação.

 

Os 150 anos do marco inicial da imigração italiana no Brasil mereceu celebrações na Itália. Desde a Embaixada do Brasil, em Roma, e em instituições governamentais, houve vários festejos. As palavras do embaixador brasileiro, Renato Mosca de Souza, retrataram esta importante efeméride: “Brasil e Itália compartilham fortes laços históricos, políticos, econômicos, científicos e culturais”. #VivaImigraçãoItaliana

 

(Foto: Adriático Cidadania Italiana)

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

terça-feira, 23 de abril de 2024

Veganismo em alta

 

#NovosHábitos – O veganismo vem crescendo a passos largos, refletindo a mudança de hábito alimentar nas nações do mundo. A ativista vegana Tony Vernelli mal pôde acreditar quando o Burger King lançou o lanche “Impossibile Wopper”, em 2019. Há 30 anos, ela havia militado contra o hambúrguer de carne da multinacional.Com o lançamento, o Burger King anunciou que terá 50% do seu cardápio à base de plantas até 2030.

 

A Alemanha lidera o número de veganos, que dobrou entre 2016 e 2023, conforme pesquisas realizadas pelo Google. Inglaterra e Áustria vêm em seguida. O crescente veganismo tem proporcionado um parque industrial bilionário, em expansão, com influenciadores veganos prontos para promover receitas e estilo de vida.

 

Segundo o instituto britânico The Vegan Society, a crescente mudança ancora-se numa vida mais saudável, juntamente com a consciência sobre o impacto ambiental que as proteínas animais vêm causando em termos de aquecimento global. As dietas veganas geram 75% menos de gases de efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global, e significativamente menos poluição da água e destruição da vida selvagem, conforme artigo publicado em 2023 na revista Nature Food. 

 

Como prova da expansão do movimento, o Veganuary (Janeiro Vegano) mostra que, entre os participantes da campanha realizada em 2022, 25% disseram que poderiam manter o estilo vegano e 50% que reduziriam significativamente o consumo de produtos de origem animal.

 


A aceitação maior do veganismo ocorre entre as mulheres. A ideia de que a carne é coisa de homens tem raízes culturais e persistentes na sociedade mundial. Por exemplo, na Inglaterra, a barreira ao veganismo baseia-se no temor masculino do estigma social ou ridicularização por amigos e familiares como associado ao feminino. Uma grande bobagem!

 

Vernelli, uma das responsáveis pelo movimento Veganuary, afirma que ainda há um longo caminho para aumentar a aceitação do veganismo, visto que a carne ainda é o produto preferencial da população mundial. Contudo, o veganismo cresce à medida em que as pessoas buscam uma vida mais saudável, ao mesmo tempo em que se aliam à defesa do meio ambiente de qualidade. Que assim seja! #VeganismoEmAlta

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo