#CuidadosComTecnologia – Na condição de avô e assíduo observador das céleres transformações na sociedade e super preocupado com o futuro das nossas crianças e jovens, abordo de novo a questão do uso diário e ilimitado de celular, tablets, notebooks e afins. Pesquisa com crianças e adolescentes, divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, sobre o acesso e uso da rede social, apontou crescimento significativo na proporção de usuários, na faixa de 9 e 10 anos. Em relação a 2019, houve um aumento de quase 15%, chegando a 92% em 2021. É um alerta para o impacto da utilização excessiva de aparatos tecnológicos, que pode afetar o desenvolvimento das crianças.
“A partir do
momento em que a criança precisa de uma interação para o desenvolvimento das
habilidades e do próprio relacionamento interpessoal, esse contato mais próximo
com as telas pode gerar transtornos, como ansiedade, problemas de visão,
dificuldades para dormir, problemas de aprendizagem, além de afetar a interação
social e ter impactos cognitivos, afetivos e psicomotor (dificuldades para
sentar, andar e correr entre outras)”, afirma a psicóloga Marluce Lima, do
Centro de Especializado em Reabilitação José Leonel Ferreira Aquino.
Segundo ela, as atividades e brincadeiras da
infância contribuem com o desenvolvimento infantil: “As crianças também
aprendem brincando como, por exemplo, pulando corda, jogando amarelinha, visto
que essas brincadeiras trabalham o movimento, trazem situações que são
pertinentes à infância que é o compartilhamento de brinquedos e fazem com que
as crianças aprendam a agir em determinadas situações, aprendem a lidar com
conflitos e até a tomar decisões”. A psicóloga frisa que os pais têm atuação
importante nesse processo, porque “a família ensina, estabelecendo uma
confiança e mantendo uma relação de diálogo”.
O tempo de utilização diária ou a duração ideal
para o uso das telas é proporcional às idades e às etapas do desenvolvimento.
Para menores de 2 anos, o ideal é evitar totalmente o uso; para as crianças de
3 a 5 anos, a orientação é de 1 hora com a supervisão dos pais ou cuidadores;
de 6 a 10 anos, máximo de 2 horas com a supervisão de responsáveis; de 11 a 18
anos, 3 horas, evitando o período noturno.
Diante do real prejuízo às crianças e jovens,
comprovados por estudos científicos, quanto à aprendizagem, bem como contribuem
para o cyberbulling e problemas de saúde mental, o governo federal encaminhará
ao Congresso Nacional, ainda em outubro, um projeto de lei que visa proibir o
uso de celulares nas escolas, tanto públicas como privadas, inclusive durante o
recreio.
Espero que as dicas para o uso adequado das telas sirvam
de alerta e prevenção. O maior legado que os pais devem proporcionar aos filhos
é uma formação religiosa, educacional, cívica e profissional. E claro, não
filhos com problemas mentais, neuróticos, com ansiedade permanente e outros
males causados por negligência parental. #AlertaParaTelas
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