#PrevençãoxTragédia – Com o título “Prevenir não
traz voto, mas tragédia tira voto”, o colunista do UOL, Tales Faria, apresenta
um tema que nunca teve afeto ou apoio da sociedade brasileira. Vem com recado
direto a políticos e governantes.
Desde criança, fui educado pelos avós e pais sobre
a relevância da prevenção. É um reflexo natural de quem, como eles, nasceu num
país minúsculo e altamente populoso, sacudido por constantes desastre
ambientais e climáticos, como terremoto, maremoto, tsunami, chuvas torrenciais
e secas anormais. São ocorrências que fazem o povo japonês ser extremamente
previdente.
Mais tarde, consolidei esse conceito com o
aprendizado de vida. Aliás, ele está inserido num dos ditados mais importantes:
“É melhor prevenir do que remediar”. Porém, não tem a difusão merecida. Talvez,
a prevenção não seja prioridade dos políticos e governantes, porque o Brasil
não costuma sofrer desastres ambientais, com exceção dos casos de moradias de
famílias de baixa renda às margens de rios e encostas de morros e serras.
A tragédia colossal vivida pelo povo gaúcho e todo
o estado do Rio Grande do Sul é um retrato cruel de como as políticas públicas
do nosso Brasil estão distantes das ações preventivas. Desde o final de abril
último, volumosas e intermitentes chuvas provocam enchentes que ocasionaram dezenas
de mortes e milhares de desabrigados.
Longe de mim achar que medidas preventivas ao longo
das décadas seriam suficientes para evitar mortes e devastações, como as
enfrentadas pelo estado rio-grandense. Entretanto com absoluta certeza, caso os
preceitos preventivos tivessem sido obedecidos, as consequências seriam bem
menores. É uma referência que serve para o Brasil inteiro. Só ao proibir
construções em várzeas e encostas, como medida preventiva, já haveria redução
expressiva das catástrofes geradas pelas intensas chuvas.
Com a matéria, https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2024/05/13/tales-prevenir-nao-traz-voto-mas-tragedia-tira-voto.htm,
o colunista aprofunda a questão política, principalmente neste ano de eleições
municipais: “Tragédias como a que devastou o Rio Grande do Sul terão efeitos
nas urnas e afetarão quem negligencia os efeitos das mudanças climáticas”.
Torço para que o sentimento do nosso povo reflita a
abordagem feita pelo colunista, priorizando, nas urnas, os candidatos com
espírito cívico e de estadista. É o mesmo desejo que tenho para as eleições
gerais de 2026, quando escolheremos deputados estaduais e federais, governadores,
senadores e presidente da República, cujas atribuições têm responsabilidades
muito mais relevantes sobre o assunto da prevenção.
Digo isso baseado em notícias sobre o Congresso
Nacional que dão conta de que apenas um ou dois deputados federais, do total de
513, apresentaram alguma proposição voltada à prevenção de desastres ambientais.
Uma lástima! Ao povo gaúcho, toda solidariedade, força e fé! A todos nós, que
tenhamos sabedoria e discernimento para as melhores escolhas! #MelhoresEscolhas
(Fotos: Isaac Fontana/Epa-Efe/Rex/Shutterstock)
Junji
Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São
Paulo
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