#HomenagemAosImigrantes – Participei de uma missa
budista, celebrada pelo monge Miyoji Sugamoto, do Templo Honpa Hongwanji do
Brasil (R. Changuá nº 108, Chácara Inglesa, em São Paulo). O culto religioso é realizado
anualmente no 3º domingo de agosto e integra o calendário da Associação
Cultural de Oita Kenjin do Brasil, localizada na capital paulista.
Na condição de neto e filho de imigrantes
japoneses, que chegaram ao Brasil em 1928, vindos de Kitsuki, Província de
Oita, faço questão de participar do evento religioso. A celebração homenageia nossos
ancestrais, com sentimento de extrema gratidão e amor pelo riquíssimo legado
que nos deixaram.
No Japão, há 47 províncias (estados) e, desde o
início da imigração, os japoneses aqui radicados constituíram associações
culturais, esportivas e agrícolas, representativas de suas respectivas
províncias. Essas entidades são subordinadas à Federação das Associações das
Províncias Japonesas no Brasil (Kenren), que fica no prédio da Sociedade
Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social (Bunkyo do Brasil), em
São Paulo.
Embora tenham se passado 117 anos do início da
imigração japonesa no Brasil e a descendência ter atingido a 5ª geração
(gosseis), as associações mantêm-se firmes. São importantíssimas para o
fortalecimento da relação bilateral Brasil-Japão, municiando os Consulados e a
Embaixada do Japão no Brasil com dados voltados ao intercâmbio de ordem
econômica, tecnológica e ambiental, além de atuarem na perpetuação da grande amizade
entre as duas nações.
Após o culto religioso, foi servido no salão do
Templo um lanche reforçado (praticamente um almoço). Sushis, salgados,
sanduíches, doces e bolos foram levados pelo próprio público da missa. É um
costume da comunidade japonesa. Chama-se “Motiyori” que, em tradução livre, significa:
reunião ou encontro, onde cada participante leva um prato de comida, também
conhecido como “cada um leva”. Coube à Associação Cultural Oita Kenjin do
Brasil a responsabilidade de servir sucos e água, além dos talhares, hashis e
guardanapos.
Fico emocionado pela oportunidade de participar do
culto anual em homenagem aos nossos ancestrais! Meus avós, Tokuji e Makie, e meus
pais, Izumi e Fumica, nos ensinaram, desde quando éramos crianças, um princípio
jamais esquecido: “Amar este País de todo coração! Ajudar o povo em tudo o que
for possível e fazer mais pelo Brasil que os próprios brasileiros”.
#RicaMemória
Junji
Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São
Paulo
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