#SinalDeAlerta
– Ilustro a pesquisa realizada em 2022 sobre a matemática com alunos
brasileiros, que estão em situação extremamente preocupante: sete em dez não
sabem o mínimo em matemática. Em outras palavras, 73% deles não conseguem
resolver contas simples, muito menos comparar a distância entre duas rotas e nem
fazer equações simples. Nos países desenvolvidos, o percentual de alunos com
baixo desempenho em matemática é de 31%.
O
ensino no Brasil vem regredindo. Em 2018, o índice de alunos despreparados em
matemática era de 68%, com apenas 1% dos alunos com níveis melhores de
rendimentos, enquanto em Singapura o nível foi de 41%. A desigualdade social tem
muito a ver com a maioria dos jovens brasileiros mal avaliados em matemática. Estudantes
de famílias ricas conseguiram 77 pontos a mais que os alunos pobres.
O
PISA constata que a falta de professores de matemática e dificuldades na
formação estão entre as razões para o baixo desempenho no Brasil. “O PISA 2022
confirmou, com rara exceção, que a pandemia impactou os resultados de
aprendizagem de boa parte do mundo. No Brasil, mesmo com a pandemia, há
indícios de que política pode estar começando a fazer efeito, com a expansão da
jornada integral, o foco na alfabetização”, diz o especialista Olavo Nogueira
Filho, diretor executivo do Todos pela Educação.
Já
o gerente de pesquisa e inovação do Instituto Unibanco, Marcelo Borges, afirma que “um uso adequado de tecnologia pode
auxiliar bastante na matemática, sobretudo com gamificação (uso de técnicas de
jogos de vídeo em outros campos de atividade), porque aumenta o interesse,
desde que haja condições nas escolas e preparo dos professores, além de um
monitoramento contínuo de aprendizagem”.
A
seguir, os principais países com evolução satisfatória em matemática: 1º
Singapura; 2º Macau (China); 3º Taipé (China); 4º Hong Kong (China); 5º Japão;
6º Coréia do Sul; 7º Estônia; 8º Suiça; 9º Canadá; 10º Nova Zelândia.
Além
da permanente preocupação com a ausência de qualidade no sistema educacional
brasileiro, reitero a urgência de autoridades, lideranças e população
priorizarem a educação qualitativa em todos os sentidos. Se não investirmos pesado
no setor educacional, ficaremos mais subservientes de outras nações. É só
observar o mercado: adquirimos só importados, desde produtos de alta tecnologia
até os conhecidos R$ 1,99.
Os
empregos são ceifados e nossas empresas não conseguem a devida competitividade.
O Brasil é um país que somente exporta as commodities (minerais, cereais e
frutas) in natura, porque não consegue agregar valor aos produtos. O chocolate
é um exemplo. Há décadas, somos os maiores exportadores do fruto cacau, porém,
importamos chocolate de qualidade de países como a Suíça e Suécia. #RevoluçãoEducacional
Junji
Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São
Paulo
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