sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Força da opinião

 

#PopStar – A pop star Anitta pediu a seus seguidores no Instagram “para se posicionarem sobre assuntos relevantes e não apenas ver amenidades”. Foi em 19 de junho último. Parabéns a ela que, diferentemente da maioria das celebridades, se omite em relação a temas importantes, decisivos e complexos. Determinada e corajosamente, prega que seus milhares de fãs contrariem propostas de políticos que trabalham para eles próprios, sem qualquer sensibilidade com a população e com a Nação.

 


“As redes sociais são a nossa voz, e a voz do povo é realmente a única forma de mudar a política. Quando a gente se une, une as nossas redes, a gente consegue, sim, fazer a diferença”, afirmou Anitta. A cantora aproveitou o projeto de Lei Antiaborto por Estupro, de autoria do deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), para defender a inconstitucionalidade da proposta, alfinetando o presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (PP-AL) que, incomodado com as críticas recebidas, bloqueou a artista nas redes sociais.

 

Referindo-se ao deputado Arthur Lira, Anitta disse: “Não é à toa que esse moço me bloqueou. E se ele me bloqueou é porque realmente a gente pode mudá-las (ações). Não é só usar internet para ver a bunda, peito e foto de biquíni, que também adoro postar, e meme”. Bem informada sobre ações nefastas de políticos oportunistas, Anitta lembrou da Proposta de Emenda Constitucional (PEC), conhecida  como PEC da Anistia (09/2023), que tramita na Casa, com medidas para perdoar fraudes e irregularidades cometidas por parlamentares durante a última eleição geral (2022), como a cota exigida de mulheres, indígenas e negros, como candidatos.

 

Sem mencionar simpatia partidária, Anitta ainda apregoa a “escolha de candidatos de partidos que não estejam interessados nessa PEC, que perdoa a multa e quer diminuir o índice mínimo de mulheres, indígenas e pretos, obrigatório nos partidos”. Na minha visão, as celebridades, que possuem milhares e milhares de fãs, devem demonstrar seus princípios por meio de posturas firmes e reais, como é o caso de Anitta. Penso que devem estudar e conhecer a maioria dos assuntos de seus respectivos países, expressando suas opiniões, baseadas na ética e moral, para servirem de referência. #ForçaDaOpinião

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

terça-feira, 24 de setembro de 2024

Gigante Paralímpico

 


#EstrelaDasParalimpíadas – Os Jogos Paralímpicos de Paris (França: 28 de agosto a 8 de setembro último) trouxeram resultados históricos para o Brasil. Foi a maior equipe e a melhor campanha da nossa história! Com 280 atletas na delegação, o País conquistou o 5º lugar na classificação final, com 25 medalhas de ouro, 26 de prata e 38 de bronze, totalizando 89 medalhas.

 

A 1ª medalha de ouro foi conquistada pelo já famoso nadador Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, na prova de 100 metros costas da classe S2, com tempo recorde de 1mim53s67. Nas palavras dele: “Eu estou muito feliz e emocionado! Foi uma prova difícil, que mexe comigo. Eu trabalhei muito para isso. A gente fez tudo para que a medalha de prata, conquistada em Tóquio-Japão, virasse ouro. Eu já estaria feliz com ouro, mas estou muito feliz porque ‘amassei’ a prova, mandei muito bem. Posso gritar que sou campeão paralímpico dos 100 metros costa. Foi uma prova perfeita!”.

 

Nossas sinceras felicitações ao Gabrielzinho! Vale relembrar que ele foi diagnosticado com focomelia, doença congênita que impede a formação de braços e pernas. Mesmo assim, iniciou a natação com 11 anos de idade, ao ser apresentado ao esporte por um professor de Educação Física. Nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, este fenômeno havia conquistado 3 medalhas, sendo 2 de ouro (200m livres e 50m costas) e 1 de prata (100m costas). Em Paris, ‘amassou’ geral: 3 medalhas de ouro (50m costas, 100m costas e 200m livre). Além de brilhar nas piscinas, foi nomeado pela France2 (uma das principais emissoras de Paris) como a maior estrela das Paralimpíadas.

 

O sucesso de Gabrielzinho foi de tal ordem que o presidente do Comitê Organizador de Paris/2024, Tony Estanguet, afirmou sobre ele: “Uma das coisas magníficas que aconteceram durante as disputas”. Merecem o registro e a referência para todos as sábias palavras de Gabrielzinho:  “Desde quando nasci, eu vim crescendo cada vez mais. Aprendendo com a vida, principalmente, aprendendo com a minha mãe. Pegando todos os ensinamentos, o que ela sempre falava – ‘Você é uma pessoa diferente e você veio no mundo assim, então não é o mundo que tem que adaptar, é você, você tem que se adaptar ao mundo’ – E foi assim que em cada lugar, cada coisa que eu conheci, cada novidade, eu fui aprendendo, fui me adaptando. E eu contaria todo o passo a passo, porque quando chega e vê tudo isso, ninguém imagina o que passou pra estar aqui, o que passou pra chegar até aqui”.

 

Gabrielzinho tem uma mãe fantástica, a dona Eneida, que declarou: “Foi tudo lindo, maravilhoso. Prova o quanto vale a pena. E se precisar fazer tudo por ele, faria de novo. O atleta tem que ter dedicação. Ele abriu mão das coisas? Não, só trilhou outro caminho. O Gabriel só mostra o quanto ele é resiliente. A resiliência, o foco, a determinação...tudo”. Sim, e um carisma gigante que torna impossível não se contagiar com a energia dele! #VivaGabrielzinho #GiganteParalímpico

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Justiça para Joca

 


#CãoNãoÉBagagem – O cão Joca, da raça Golden Retriever, de 5 anos, morreu vítima de falha e de total irresponsabilidade da empresa Gollog, prestadora de serviços da Gol Linhas Aéreas. Foi em abril e somente em 29 de julho último, a Justiça de São Paulo determinou que a Polícia Civil apure com a Gollog, se o comandante do avião sabia que o cachorro Joca estava a bordo. Segundo o relatório final, “houve efetivo erro no embarque do animal”, em uma caixa de transporte lacrada. Pasmem!

 

O juiz Gilberto Azevedo Costa também pediu informações sobre a sindicância interna da empresa Gollog e as medidas tomadas após a morte de Joca. Para se ter ideia, no começo de julho, a Polícia Civil de São Paulo encerrou a investigação e ninguém foi indiciado. Seria pelo fato de a vítima ser um animal? Absurdo! Toda vida importa!

 

O magistrado também incluiu um pedido de apuração à Infraero. Porém, a gestão do Aeroporto Internacional de Guarulhos/SP, onde Joca embarcou, informou que a responsabilidade é da GRU Airports. Enfim, sempre a velha desculpa e a rotina de cada um se safando do ocorrido.

 

A verdade é o laudo da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP), que concluiu que a causa da morte do cachorro foi “choque cardiogênico”, ou seja, ineficiência do coração em bombear o sangue para os órgãos, em função de Joca haver sido transportado em caixa lacrada, sem qualquer ventilação.

 

Vamos relembrar: Joca pesava 47 kg e deveria ser conduzido do Aeroporto Internacional de Guarulhos/SP (voo 1480) para Sinop/MT, onde estava seu tutor, João Fantazzini. Por um erro grosseiro, foi transportado para Fortaleza/CE. Após a falha, houveram por bem, reconduzi-lo para Guarulhos, onde Joca foi encontrado sem vida pelo tutor.

 

O médico veterinário informou ao tutor que o animal poderia suportar uma viagem de até 2 horas. O equívoco no trajeto elevou a jornada para 8 horas. E o pior da história: Joca foi transportado como se fosse bagagem, num ato criminoso dos responsáveis. Na época da tragédia, em razão da enorme repercussão, a Secretaria Nacional do Consumidor – Senacon (vinculada ao Ministério da Justiça) intimou a Gol a prestar esclarecimentos. Também o Ministério de Portos e Aeroportos com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anunciaram a investigação do caso, em parceria com a Delegacia do Meio Ambiente de Guarulhos/SP, que instaurou inquérito policial para investigar a morte, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Até o presidente Lula veio ao público para manifestar pesar e afirmar que a “Gol deve prestar conta”.

 

“Eles deixaram o cachorro no sol na pista dentro da caixa, sem ventilação e sem água. Nosso Joca chegou a São Paulo e deram a notícia de que ele estava morto. Acabou com a nossa família, ele era nossa família! Nada vai trazer o nosso Joca de volta”, declarou Fantazzini.

 

E como anda a investigação sobre o caso? Até a presente data, nem empresas e nem funcionários foram indiciados. Será que um novo protocolo de transporte de animais entrou em vigor para prevenir casos como este no futuro? Pelo que se saiba, nada.

 

O fato incontestável é que os animais não podem ser transportados como bagagem ou carga. Quem tem animal de estimação sabe o tamanho do amor que nutre e os reconhece como parte da família. #TodaVidaImporta #JustiçaParaJoca

 

(Imagem: Reprodução/TV Globo)

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

terça-feira, 17 de setembro de 2024

Saúde é primordial

 


#AtençãoEPrevenção – Sabemos o quanto “é melhor prevenir do que remediar”. Mas, nem sempre agimos nessa direção. Quando a idade avança, como é o meu caso, as lições de vida têm uma ressonância maior. Há aproximadamente oito meses, ao perceber uma saliência na face direita, abaixo do ouvido, sem qualquer dor, entendi que precisava monitorá-la.

 

Passava a mão sobre a saliência, verificando se estava aumentando até que, por coincidência, ao ir ao dentista para revisão periódica, perguntei sobre a quase imperceptível protuberância. O amigo dentista me orientou fazer uma consulta com médico otorrinolaringologista.

 

Lembrei-me do meu querido e saudoso avô Tokuji Abe, que faleceu em 1967, aos 77 anos, de câncer. Por precaução, procurei o Hospital A C Camargo – Centro de Câncer, em São Paulo. O médico André Iwata de Carvalho fez exames e identificou o problema:

- Tomografia: aparecimento de modulação cervical da direita de crescimento progressivo; neoplastia de glândula parótida direita com proposta de parotidectomia parcial superficial; Exame de Eco: transtorácico; Punção cervical (guiada por USG).

 

Em 23 de agosto, me submeti à cirurgia de parotidectomia superficial, sob o comando do Dr. André e sua equipe. O corte foi de 13 centímetros e com dreno. Apesar do vulto da cirurgia, graças a Deus, aos médicos, às enfermeiras e demais colaboradores do Hospital A C Camargo, no dia seguinte, já tive alta hospitalar.

 

No processo de recuperação, compareci ao hospital para os curativos, duas vezes por semana (terças e sextas), atendido sempre pelas abalizadas, dedicadas e atenciosas enfermeiras, com a supervisão do Dr. André. Em 30 de agosto, houve a remoção do dreno, com a recomendação de continuar com os curativos. Recebi a ótima notícia de que o exame de biópsia comprovou de que se tratava de glândula benigna.

 

Após cinco curativos, em 13 de setembro último, a enfermeira Simone retirou as últimas proteções. Sorrindo, Dr. André afirmou: “Junji, nem vou me lembrar da operação, visto que nem cicatriz de lembrança terei”. Faço o relato para expressar profunda gratidão ao Dr. André Iwata de Carvalho e, em seu nome, estender os agradecimentos aos demais médicos. Nomeando as queridas profissionais Sara e Simone, agradeço a todas as enfermeiras que, com integral profissionalismo, cuidaram de mim. Aqui, um registro especialíssimo sobre minha amiga Leila Mathias que me acompanhou em todas às idas ao hospital, desde a cirurgia aos retornos para os curativos (em prejuízo de sua campanha à vereadora de Mogi). Nesta jornada, ela substituiu a minha amada Elza que cuida diariamente da minha querida sogra, dona Isabel Kimiko Sakaguchi. Permitam-me alertar para a importância de cuidar da saúde. “Não deixe para amanhã o que pode ser feito hoje”, como diz o provérbio. Ao conceituado Hospital A C Camargo como um todo, agradeço, rogando que Deus lhes Pague! #SalveHospitalACCamargo



Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo


sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Inusitado desejo

 

#OMeninoEOChevette – No mundo atual, com a internet dominando a sociedade, o que será que meninos de 9, 10 anos mais desejam? Estudos demonstram que, de modo geral, são celulares, computadores e notebooks para interagirem com amigos, via redes sociais, além de acessarem jogos. Mas, sempre existem exceções. É o caso do protagonista da matéria de Simone Machado, colaboradora do UOL, publicada com o título: “Menino de 9 anos guarda dinheiro por cinco anos para comprar Chevette”.

 

Isso mesmo. Arthur Machado Cavalli, de 9 anos, que reside em São José, na Grande Florianópolis/SC, sempre imaginou que desejava ganhar no aniversário um veículo Chevette (modelo Tubarão), da Chevrolet. Para realizar seu sonho, economizou dinheiro por cinco anos. Com o que poupou e a ajuda dos pais, conquistou o Chevette, ano 1974.

 


A mamãe Bruna Kaylie Machado da Silva afirmou que a paixão de Arthur por esse modelo de carro era antiga. Começou aos 3 anos, por influência do tio que possuía um Chevette antigo. Quando Arthur começou a falar, já dizia que gostava de carros antigos, mais do que os atuais e esportivos. O menino começou a juntar dinheiro com 4 anos e, ao final de 5 anos, quando completou 9, já tinha o equivalente a R$ 3,2 mil. Sempre que os familiares lhe ofereciam presente, ele dizia, com sinceridade, que desejava o mimo em dinheiro para sua mãe depositar em banco e o saldo gerar dividendos.

 

Em 30 de março passado, no aniversário de Arthur, veio o carro que teve custo total de R$ 20 mil. “Ele não esperava tal presente. Como foi uma surpresa, quando soube, a emoção foi tanta que caiu literalmente em choro”, contou a mãe.

Arthur é muito responsável e sabe que não pode dirigir. Assim, para compensá-lo, os familiares dirigem para ir à escola e aos passeios, que se transformam em alegria contagiante para o bom menino.

 

Realmente, Arthur é diferente da maioria dos meninos. Já iniciou uma nova etapa para juntar dinheiro, objetivando construir uma garagem para o Chevette. Ele entende que o veículo é uma relíquia e não pode ficar no tempo, correndo o risco de deterioração. Cabe felicitar o menino Arthur e seus pais. Creio que ele será um adulto responsável, com muito respeito aos familiares e ao próximo. Enfim, um brasileiro à altura para servir nossa sociedade! #InusitadoDesejo

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

terça-feira, 10 de setembro de 2024

Difícil recomeço

 


#SeguirEmFrente – “Esquecer o ex está difícil? Veja dicas para seguir em frente” é o título de matéria da Universa que traz relevante contribuição da psicóloga e professora universitária Ângela Teixeira. Sem qualquer pretensão de ser conselheiro matrimonial, psiquiatra ou terapeuta, achei interessante repassar os pontos principais da dissolução do relacionamento amoroso, que costuma trazer dores inimagináveis para ambos os lados e se torna dramático quando o casal tem filhos pequenos.

 

Conforme a revista PLOS ONE “o amor funciona como uma droga em nosso organismo e, quando rompemos, é como se estivéssemos passando por um período de abstinência”.

- No campo biológico: nós nos apaixonamos e, automaticamente, nosso corpo produz “dopamina”, conhecida como hormônio do prazer e “oxitocina” que é o hormônio do apego. Com o término da relação, o cérebro gera um estado de tristeza, quase idêntico à crise dos dependentes químicos.

- No campo psicológico: existem vários motivos para não conseguirmos esquecer um ex-amor. Desde o simples hábito da convivência até as formas mais profundas de amor e adoecimento.

 

Segundo os esclarecimentos, o período em que o sofrimento é enorme para o desapego chama-se “prazo para o luto”. Uma boa notícia vem da ciência que garante a mudança em três meses, após o rompimento. Pesquisa realizada pela Universidade do Estado de Minnesota/EUA, com 1,4 mil pessoas com as relações rompidas, descobriu que em média, todas estavam recuperadas em 11 semanas. Fatos científicos controversos dão prazo de aproximadamente 1 ano, enquanto há casos mais longos e outros sem superação.

 

Após 1 ano, quando o fato toma conta da rotina pessoal, impedindo o interesse por outras atividades, é fundamental submeter-se ao tratamento profissional de terapeuta, visando a “cognitiva comportamental”, que tem abordagem mais específica, breve e focada no problema atual do paciente.

O primeiro passo do tratamento é aceitar o fim. Em seguida, é hora de agir, livrando-se de objetos que trazem lembranças, inclusive conteúdo de celular e computadores, com consciência absoluta de passar uma régua no passado. O estudo demonstra que, com o tempo, após a superação do rompimento, as pessoas podem transformar o sentimento em amizade e carinho. Claro, uma relação pautada em falta de respeito e de afeto, dificilmente, se converterá em uma relação de paz.

 

É fundamental diferenciar a dor da obsessão, visto que a segunda é uma patologia. Isso acontece quando não se faz mais nada na vida a não ser arquitetar meios para alvejar a outra pessoa. São atitudes que geram angústia, ansiedade e depressão, atingindo o sistema límbico, responsável pelas nossas emoções. #DifícilRecomeço Segue link da matéria:

https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2024/06/17/esquecer-o-ex-entenda-porque-voce-ainda-nao-superou-e-como-seguir-a-vida.htm

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Pés de Avestruz

 

#TriboAfricana – Aprendemos que casamento entre parentes traz o risco da mistura de genes idênticos. Os geneticistas afirmam que a genética é extremamente lógica. À medida que um embrião cresce no útero, os genes podem mudar ou causar transtornos, produzindo anomalias genéticas que fazem com que partes do corpo não se desenvolvam adequadamente, gerando membros defeituosos, lábio leporino e até deficiências celebrais. 

 

A maioria dos integrantes de uma tribo africana, denominada Doma, que se situa numa região árida no norte de Zimbábue, próximo ao Vale do Rio Zambeze, tem os pés deformados por mutação genética e é apelidado de “Povo Avestruz”. A condição é denominada cientificamente de “Ectrodactilia”, que provoca uma alteração no formato dos pés ou das mãos, que passam a ter apenas dois grandes dedos, com os membros voltados para dentro.

 

A deformação afeta uma a cada quatro crianças da tribo. Por essas características físicas, são apelidadas de “Pés de Avestruz”. Por falta de conhecimentos científicos, prevalecem crenças, como a estória de que seres semelhantes a pássaros vieram das estrelas e cruzaram o DNA com mulheres terrestres primitivas para gerarem sua descendência. Os ancestrais teriam estabelecido as primeiras colônias numa região do sistema solar, chamada Liitolafisi. Tal perspectiva faz com que a comunidade não veja a deformação com maus olhos. Ao contrário, reconhece que a deformação “Pés de Avestruz” ajuda os integrantes a subirem em árvores com maior facilidade, sendo um orgulho para a tribo.

 

O caso foi descrito por Jan Jacob Hartsinck, diretor da Companhia da Índias Orientais, da Holanda, em 1770. Porém, somente em meados do século 20, a história dessa tribo africana, com a deformação dos pés, começou a se tornar conhecida. Apesar da crença, os cientistas argumentam que a mutação genética que afeta a tribo africana está relacionada ao fato de o grupo viver isolado e de proibir o casamento com pessoas de fora.

 

Muito mais que curiosidade, os comentários são no sentido de comprovar que, apesar do avanço tecnológico deste mundo global, inclusive com Inteligência Artificial – IA, ainda existem povos primitivos em diferentes regiões do planeta. É fundamental compreendê-los com humildade e sabedoria, em respeito a suas crenças, tradições e histórias. #PésDeAvestruz

 

(Imagem: https://chavedosmisterios.com/misteriosa-tribo-vadoma)

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

terça-feira, 3 de setembro de 2024

Divinas mulheres

 


#MariadaPenha18Anos – A Lei Maria da Penha completou 18 anos no dia 7. Apesar dos avanços ao longo do tempo, o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer no combate à violência doméstica, notadamente com referência às mulheres. Contudo, é inegável que a Lei Federal nº 11.340/2006 tenha sido um marco na defesa da mulher contra quaisquer atos de violência, com o respaldo das forças de Segurança Pública e do Judiciário.

 

A Lei Maria da Penha é considerada uma das legislações mais avançadas no mundo pela Organização das Nações Unidas (ONU), contendo inovações como medidas protetivas de urgência e a criação de equipamentos de proteção às vítimas. Mais do que uma norma jurídica, é um símbolo de esperança e de compromisso da União com a segurança, a dignidade e a manutenção de uma vida tranquila para todas as mulheres brasileiras. Constitui um trunfo obtido a partir da coragem de uma cidadã, que transformou sua tragédia pessoal em poderosa ferramenta de justiça.

 

Maria da Penha Fernandes, nascida em 1º de fevereiro de 1945 em Fortaleza/CE, é farmacêutica e se formou na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo em 1977. Sua trajetória em busca de justiça durante 19 anos e 6 meses faz dela um símbolo de luta por uma vida livre de violência. Em 1983, ela foi vítima de dupla tentativa de feminicídio por parte de Marco Antonio Heradia Viveros (ex-marido). Na primeira, levou um tiro nas costas enquanto dormia, e ficou paraplégica. Vejam a trágica história real: https://www.institutomariadapenha.org.br/quem-e-maria-da-penha.html

 

Portanto, a violência física, patrimonial, sexual, psicológica e moral contra a mulher tem o respaldo e a proteção integral da Lei Maria da Penha. Além de determinar punições cabíveis, esta Lei estabelece medidas protetivas de urgência para o afastamento imediato do agressor, além da implementação de Delegacias Especializadas em Atendimento à Mulher.

 

Apesar da vigência da Lei Maria da Penha, o 16ª Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022 demonstrou que, a cada hora, 26 mulheres sofrem violência física no Brasil. Portanto, vamos denunciar qualquer caso de violência contra a mulher, telefonando para os nºs 180 ou 100. É o mínimo que podemos fazer! #DivinasMulheres

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo