#EstrelaDasParalimpíadas – Os Jogos Paralímpicos de
Paris (França: 28 de agosto a 8 de setembro último) trouxeram resultados
históricos para o Brasil. Foi a maior equipe e a melhor campanha da nossa
história! Com 280 atletas na delegação, o País conquistou o 5º lugar na
classificação final, com 25 medalhas de ouro, 26 de prata e 38 de bronze,
totalizando 89 medalhas.
A 1ª medalha de ouro foi conquistada pelo já famoso
nadador Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, na prova de 100 metros costas da classe
S2, com tempo recorde de 1mim53s67. Nas palavras dele: “Eu estou muito feliz e
emocionado! Foi uma prova difícil, que mexe comigo. Eu trabalhei muito para
isso. A gente fez tudo para que a medalha de prata, conquistada em
Tóquio-Japão, virasse ouro. Eu já estaria feliz com ouro, mas estou muito feliz
porque ‘amassei’ a prova, mandei muito bem. Posso gritar que sou campeão paralímpico
dos 100 metros costa. Foi uma prova perfeita!”.
Nossas sinceras felicitações ao Gabrielzinho! Vale
relembrar que ele foi diagnosticado com focomelia, doença congênita que impede
a formação de braços e pernas. Mesmo assim, iniciou a natação com 11 anos de
idade, ao ser apresentado ao esporte por um professor de Educação Física. Nos
Jogos Paralímpicos de Tóquio, este fenômeno havia conquistado 3 medalhas, sendo
2 de ouro (200m livres e 50m costas) e 1 de prata (100m costas). Em Paris, ‘amassou’
geral: 3 medalhas de ouro (50m costas, 100m costas e 200m livre). Além de
brilhar nas piscinas, foi nomeado pela France2 (uma das principais emissoras de
Paris) como a maior estrela das Paralimpíadas.
O sucesso de Gabrielzinho foi de tal ordem que o
presidente do Comitê Organizador de Paris/2024, Tony Estanguet, afirmou sobre
ele: “Uma das coisas magníficas que aconteceram durante as disputas”. Merecem o
registro e a referência para todos as sábias palavras de Gabrielzinho: “Desde quando nasci, eu vim crescendo cada vez
mais. Aprendendo com a vida, principalmente, aprendendo com a minha mãe.
Pegando todos os ensinamentos, o que ela sempre falava – ‘Você é uma pessoa
diferente e você veio no mundo assim, então não é o mundo que tem que adaptar,
é você, você tem que se adaptar ao mundo’ – E foi assim que em cada lugar, cada
coisa que eu conheci, cada novidade, eu fui aprendendo, fui me adaptando. E eu
contaria todo o passo a passo, porque quando chega e vê tudo isso, ninguém
imagina o que passou pra estar aqui, o que passou pra chegar até aqui”.
Gabrielzinho tem uma mãe fantástica, a dona Eneida,
que declarou: “Foi tudo lindo, maravilhoso. Prova o quanto vale a pena. E se
precisar fazer tudo por ele, faria de novo. O atleta tem que ter dedicação. Ele
abriu mão das coisas? Não, só trilhou outro caminho. O Gabriel só mostra o
quanto ele é resiliente. A resiliência, o foco, a determinação...tudo”. Sim, e
um carisma gigante que torna impossível não se contagiar com a energia dele! #VivaGabrielzinho
#GiganteParalímpico
Junji Abe, produtor e líder
rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo
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