sexta-feira, 28 de junho de 2024

Exemplo do morcego

 

#TamanhoNãoÉDocumento – Não sei se por necessidade ou questão de virilidade, observamos indivíduos se submetendo às cirurgias para aumentar o tamanho de seus pênis. Para as pessoas que se sentem inferiorizadas pelo tamanho reduzido, creio não ser interessante verem este texto. Os comentários e a foto poderão deixá-las mais complexadas. 

 

Sem qualquer correlação com o ser humano, vi no noticiário o animal mamífero que possui um dos maiores pênis. Logo, pensei se tratar do elefante. Ledo engano. O maior pênis de animal mamífero, proporcional ao seu tamanho, é de uma espécie de morcego denominada “hortelão-escuro”. O nome científico é Eptesicus serotinus.

 

Quem descobriu o fato foi um aposentado holandês, que filmou morcegos durante ato sexual no sótão de uma igreja. Em razão do enorme e inusitado pênis, superlongo quando ereto, o morcego hortelão-escuro não o utiliza para a penetração, mas sim como um “braço copulador” no acasalamento, conforme os estudos realizados. O órgão sexual do macho é aproximadamente 7 vezes maior que as vaginas da mesma espécie, sendo que a cabeça se expande em formato de coração. Os estudos foram publicados na revista Current Biology e deixaram os cientistas perplexos, visto ser um animal mamífero que se reproduz sem penetração sexual.  

 


Pesquisas revelam que, durante o ato sexual, os machos agarram as fêmeas pela nuca e usam seus pênis como um braço extra para envolver e remover uma grande membrana utilizada para proteger a vagina. O longo e silencioso abraço chamado acasalamento por contato é o momento em que o sêmen é transferido. Este fato é constatado pelos restos de esperma encontrados no abdômen da fêmea. O momento da reprodução leva o nome de “beijo cloacal”, com duração média de 53 minutos. Mas, há casos em que o acasalamento leva aproximadamente 13 horas.

 

O pesquisador Nicolas Fasel, da Universidade Lausanne, da Suíça, constatou que as fêmeas podem usar seus colos, excepcionalmente longos, para reter espermatozoides de vários machos durante meses, antes de escolher com qual deles procriar.

 

Se você acha que tem o pênis pequeno e tomou conhecimento deste texto, meus parabéns! É notório que o tamanho do órgão sexual não é documento e muito menos sinal de maior potência ou virilidade. Vejam o caso do morcego hortelão-escuro: não pode penetrar a vagina, porque seu pênis é enorme. Ninguém deve se sentir inferiorizado porque tem o pênis pequeno. Ao contrário, o importante é ser carinhoso, amoroso e bastante ativo. Em outras palavras, a sexualidade do homem não se identifica pelo tamanho avantajado do pênis. #ExemploDoMorcego

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

terça-feira, 25 de junho de 2024

Alerta demográfico

 

#MundoEnvelhecendo – Tempos atrás, escrevi sobre as consequências negativas da queda demográfica em várias nações, principalmente as consideradas milenares, como o Japão e países do continente europeu. O reduzido número de jovens se muda para grandes metrópoles, gerando cidades abandonadas com poucos anciões.

 

Na tentativa de repovoar cidades abandonadas, prefeituras estão vendendo casas por preços ínfimos, ao custo de 1 euro (equivalente a R$ 5,60), com a condição de o comprador reformar e habitar a residência. É o caso da Itália, onde a oferta vale até para estrangeiros.

 

Pelo oitavo ano seguido, o Japão registra queda demográfica, com o governo lançando medidas para melhorar os salários de jovens, a fim de incentivar os casais a terem filhos. O número de nascimentos caiu 5,1% em 2023, comparativamente a 2022, com 758,6 mil nascidos. O total de casamentos diminuiu 5,9%, para aproximadamente 489,2 mil. É a primeira vez em 90 anos que o número de casamentos ficou abaixo de 500 mil. A redução de matrimônios é vista como péssimo presságio de novas quedas demográficas.

 

O governo japonês afirmou que tomará “medidas sem precedentes” contra a queda da taxa de natalidade, expandindo a assistência à infância e promovendo aumentos salariais aos jovens. Segundo o porta-voz governamental, a taxa de natalidade está em uma situação muito crítica e, até 2030, todas a ações possíveis serão implementadas, objetivando a reversão do quadro, como tentativa de salvação nacional.

 

O primeiro-ministro Fumio Kishida classificou a tendência como a “crise mais grave que o nosso país enfrenta”, revelando uma série de medidas para reverter a queda de natalidade. Caso contrário, a população de 2023, de 126.300.000 habitantes, cairá para 87.000.000 em 2070.

 

A redução de natalidade atinge quase todos os países do mundo, inclusive o Brasil. Se uma nação superdesenvolvida como o Japão já sente as consequências, imagine o Brasil, considerado país em desenvolvimento, com gigantesca desigualdade social e idosos aumentando anualmente. Com certeza, haverá estrangulamento da economia, queda do Produto Interno Bruto (PIB), com impacto social sem precedentes, desemprego e fundo da previdência integralmente desequilibrado, entre outros males. Cabe aos governantes, políticos e lideranças criarem medidas para o equilíbrio da taxa de natalidade, não permitindo a queda demográfica.

 

Ilustro o tema com uma imagem da família britânica Radford, com 21 filhos (Foto: Reprodução/Instagram), que segue na contramão da redução do índice demográfico.  Que maravilha! Que coragem! #AlertaDemográfico

 


Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

sexta-feira, 21 de junho de 2024

Panela da solidariedade

 


#DelíciaDeSukiyaki – Amigas e amigos, muitos conhecem o sukiyaki, famoso prato da culinária japonesa, saboreado nos períodos de clima frio, com familiares e amigos reunidos em torno de panelas especiais. Tipicamente preparada à mesa, a iguaria vai sendo consumida à medida que os ingredientes estão cozidos.  

 

Manteiga, carnes (bovina ou suína, fatiadas bem finas), verduras (cebola, acelga, couve-flor, agrião, alho poró, broto de feijão), udon (macarrão japonês), cogumelos (vários tipos), konnyaku (derivado de tubérculo), kamaboku (pasta de peixe), ovos, gengibre, shoyu (caldo de soja misturado com sal e açúcar) e saquê japonês são os principais itens do sukiyaki.

 

Primeiro, coloca-se a manteiga na panela. Em seguida, frita-se as fatias de carne e, sucessivamente, as verduras e demais ingredientes, com o cuidado de deixar cada produto em lugar separado na panela. Não misturá-los é uma tradição. Depois, acrescenta-se o shoyu e saquê japonês.

 

Para se servir, a pessoa quebra o ovo cru na tigela (batendo-o para romper a gema), coloca um pouco do caldo e vai pegando da panela os produtos já cozidos, normalmente começando pela carne. Quem não deseja o ovo cru, batido na tigela, pode cozinhá-lo na panela. Fica uma delícia!

 

No início do mês (8), fui convidado para um gostoso sukiyaki, promovido pela Pastoral Nipo-Brasileira (Panib) da Paróquia Maximiliano Kolbe (R. Francisco Vaz Coelho nº 621, Vila Lavínia, Mogi das Cruzes/SP). A renda do evento é totalmente direcionada para programas sociais da Paróquia. Participei ao lado do grande amigo Edson Camillo.

 


O ginásio poliesportivo ficou lotado. Centenas de pessoas sentaram-se ao redor de panelas, cozinhando e saboreando, com alegria, o imperdível sukiyaki. Destaco o dedicado trabalho dos voluntários, que garantiram a exitosa realização. Registro profundos sentimentos de admiração, respeito, reconhecimento e gratidão aos colaboradores do evento que faz parte do calendário anual da Panib. A todos, muito obrigado e Deus lhes pague! #PanelaDaSolidariedade

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

terça-feira, 18 de junho de 2024

Praias em risco

 

#ImportanteAlerta – A mesma comunidade científica que há anos alerta sobre as consequências trágicas de que o povo brasileiro poderia ser vítima, notadamente nos estados da região sul, pressiona os poderes públicos pela necessidade urgente de adaptação urbana frente às mudanças climáticas. Porém, afirma que uma série de projetos de lei, em trâmite no Congresso Nacional, está na contramão desse propósito.

 

Quando se trata de adaptação, parte importante é a preservação da vegetação natural próxima aos rios, costas e mares. A mata ciliar serve como primeira barreira às enchentes, aumentando a permeabilidade do solo e evitando a erosão, da mesma forma que mangues e restingas na zona costeira ajudam a conter ressacas marinhas.

 

Segundo essa comunidade científica, tal cuidado é ignorado nos 25 projetos de lei e três Propostas de Emendas à Constituição (PECs), que tramitam no Congresso e afetam o Código Florestal e o licenciamento ambiental. As proposições dificultam os turistas nos finais de semana, feriados e férias nas praias, visto que muitas passariam a ser consideradas particulares.

 

A Constituição Federal é claríssima, quando dispõe que todas as áreas situadas na zona costeira, margens de rios e lagoas, até onde se faça sentir a influência das marés, como manguezais, ilhas costeiras e oceânicas, pertencem integralmente à Marinha Brasileira, conforme sacramentado há 200 anos. Não há como prevalecer o direito do particular nessas áreas. Porém, infelizmente, existem locais públicos considerados “imóveis particulares”. Mesmo levando em consideração que o dispositivo é obsoleto (200 anos), nada justifica projetos de lei e PECs com nítido intuito de transferência de bens públicos aos particulares. Abrirão brechas para privatizar, edificar, degradar, aterrar ou desaparecer com essas áreas. Caso aprovados, projetos de lei e PECs que tramitam no Congresso oficializariam “praias particulares ou de condôminos”, acabando com a proteção ambiental, como também com o lazer e cultura da população.

 

Cito o caso de um muro com extensão de 576 metros, construído de forma caseira, sem licenciamento ambiental, no pontal de Maracaípe, litoral sul de Pernambuco (Foto: Reprodução/TV Globo). Após a Imprensa escancarar o assunto, a Justiça ordenou o desmonte da estrutura: https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2024/05/23/cprh-manda-derrubar-muro-construido-ha-um-ano-no-pontal-de-maracaipe-e-que-dificultava-acesso-a-praia.ghtml

 


Há alguns dias, ganhou destaque na mídia um empreendimento imobiliário no “Caribe brasileiro” – cerca de 100 km entre o litoral norte de Alagoas e o sul de Pernambuco, que tem o jogador Neymar como parceiro. Virou alvo de críticas por conta das PECs que tratam de privatizações das praias, no Congresso. Aliás, o assunto gerou um bate-boca na rede social entre Neymar e a artista Luana Piovani. A treta começou com o debate sobre privatização de praias:

https://www.uol.com.br/splash/noticias/2024/05/31/luana-piovani-neymar.htm

 

Faço um apelo público para que, caso tenham conhecimento da existência de “praias particulares”, denunciem a ilegalidade imediatamente às autoridades constituídas e à polícia. #PraiasEmRisco

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

sexta-feira, 14 de junho de 2024

Exemplo de sucesso

 


#NegócioDoAçaí – O empresário Sérgio Kendy, hoje com 30 anos, vendia amendoim para complementar a sua renda, na época em que cursava faculdade. Quando se formou em 2017, impulsionado pelo pai, convidou dois amigos do curso para abrir uma loja de açaí na cidade de Londrina/PR, onde investiram R$ 15 mil. Após 5 anos, a empresa, denominada “Grupo The Best Açaí”, fechou com faturamento de R$ 400 milhões.

 

Kendy nasceu em Hiroshima/Japão, enquanto seus pais brasileiros lá trabalhavam. Ao retornar ao Brasil, a família residiu em Marília/SP e depois em Londrina/PR, cidade onde ele se formou em engenharia civil, na Universidade Estadual de Londrina. Mesmo formado, enfrentou períodos difíceis. Para complementar sua renda, foi monitor de matemática, como também comprava produtos como pastas de amendoim e paçoca para vender na faculdade e bares da região.

 

Residindo em Londrina, Kendy visitava os pais em Marília, onde conheceu uma loja de açaí. Observador e cheio de iniciativa, o jovem conheceu o sistema self-service, porém, lançou um profundo senso crítico ao processo de trabalho da loja, recebendo do seu pai, José Sergio, uma pergunta: “Se você é tão crítico, por que não faz melhor?”

 

Aos 24 anos, Kendy resolveu abrir seu próprio negócio de açaí. Como só tinha R$ 5 mil para investimento inicial, convidou dois amigos da faculdade, Mateus Bragatto e Mateus Queiroz, como sócios. Iniciaram com entusiasmo total, cuidando de todas as operações da loja. Com a 1ª fase vitoriosa, ampliaram o número de lojas próprias e deram um passo ousado, transformando o sistema em franquias no ano de 2018, sem qualquer consultoria especializada.

 

A rede conta atualmente com 20 lojas próprias e 370 lojas franqueadas, com cada franquia no valor de R$ 270 mil. Durante o ano a rede proporciona duas campanhas chamativas e fortes. Na Páscoa, vende ovos recheados com açaí e sorvete, com o cliente optando pelo tipo de recheio; e no inverno, a loja lança um Waffle de receita própria, preparado na hora, proporcionando ao cliente o recheio que lhe convier.

 

Com sabedoria e determinação, os sócios construíram a indústria Amadelli Alimentos para a produção de açaí e sorvetes com sabores próprios. São 200 mil quilos por semana, repassados a todas as lojas. Com o vertiginoso crescimento, os empreendedores constituíram uma holding com quatro empresas (Grupo The Best Açaí, Amadelli Alimentos, AmaFruta e Grupo Burguer). Eles projetam o faturamento de R$ 777 milhões neste ano.

 

Acredito piamente que, neste fabuloso Brasil, o êxito de qualquer empreendimento seja possível, desde que as pessoas se preparem integralmente para o desafio e concedam ao projeto, além do entusiasmo, a dedicação total, estudando sem parar, com humildade, ouvindo as pessoas, relacionando-se com total respeito com todos e, acima de tudo, cuidando do negócio como se fosse um filho. #ExemploDeSucesso

 

(Imagem: Divulgação)

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

terça-feira, 11 de junho de 2024

Rapha, 13 aninhos

 


#DiaDoRapha – Amigas e amigos, no domingo (09/06), para alegria da família Abe, nosso neto Raphael Abe Yamazaki (filho do Takeshi e Mari), o Rapha, completou 13 anos, em plena adolescência, com total vigor e entusiasmo.

 

No Dia das Mães, quando toda a família se reuniu, constatei uma cor mais escura debaixo do nariz dele e, por curiosidade, perguntei: “Rapha, já está começando o bigode; os pêlos no saco também?” Sem constrangimento, na frente dos familiares, ele respondeu: “Sim, meu saco começou a ganhar uns pelinhos, mas no sovaco ainda não”. Momento de mil risadas... Kkkkkkk

 

Há alguns anos, Mari, Takeshi e os filhos mudaram-se de Mogi das Cruzes para a Praia Grande, a fim de que a primogênita Sophia, a Sosô – por sinal, muito linda –, pudesse frequentar uma das melhores escolas de balé do Estado de São Paulo, localizada naquela cidade. Em razão disso, não tivemos oportunidade de celebrar o aniversário do Rapha, com toda a família reunida.

 

Eu e minha amada Elza, também pelas redes sociais, fazemos questão de parabenizá-lo efusivamente, com muita alegria! É uma bênção vê-lo crescer com responsabilidade! Com certeza, trilha o caminho para se tornar um adulto dotado dos predicados que todos os pais desejam: dedicação, caráter, respeito, humildade e muito entusiasmo para se tornar um excelente cidadão, com profissão certa e garantida.

 

Nosso querido genro Takeshi, que consideramos nosso porto-seguro ou o INSS para aposentadoria (risos), é sócio-proprietário da empresa Power Sound (especializada em acessórios para veículos), localizada em Mogi das Cruzes, e faz o bate-volta. Ou seja, após o fim do expediente na sexta-feira, vai para Praia Grande, junto à família, e na segunda-feira de manhã sobe a serra para comandar a empresa, ao lado do seu irmão Marquinhos.

 

No encontro familiar do Dia das Mães, perguntei à nossa filha Mari sobre o dia a dia do aniversariante. Com muito orgulho e carinho, ela respondeu: “Pai, o Rapha é um amor de menino, além de ser um excelente aluno na escola Celestin Freinet. Apaixonado por games, é uma verdadeira fera. Também pratica vôlei e futebol de salão e é um devorador ilimitado e ardoroso de lámen (macarrão instantâneo)” 

 

Desejando ao nosso querido Rapha sucesso total e mil felicidades, fiz questão de elaborar este modesto texto para que nossos sentimentos de avós-corujas fiquem gravados infinitamente. #Rapha13Aninhos #SaúdeEFelicidades

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

sexta-feira, 7 de junho de 2024

Horror em Santa Catarina

 

#CrimeHediondo – Amigas e amigos, uma manchete me chamou a atenção, como também de muitos internautas: “Brasileiro de SC é condenado a 1.080 anos de prisão por estupros”.  O catarinense, morador no norte do estado, foi o autor de estupro contra a própria enteada, violentando-a em pelo menos 90 ocasiões diferentes. O crime começou em 2019, quando a vítima tinha somente 8 anos de idade, e durou até 2023.

 

Segundo as investigações, o criminoso se aproveitava da condição de vulnerabilidade da criança, em decorrência da idade, e impunha a condição de padrasto para ficar a sós com a vítima. Desconfiada do crime, a mãe voltou para casa sem avisar e surpreendeu o companheiro, embora ele tenha tentado impedir que ela entrasse no cômodo onde acontecia o estupro. A mulher conseguiu ver a filha enrolada em roupas que não eram suas e, imediatamente, acionou a Polícia que prendeu o padrasto/estuprador em flagrante.

 

Desde dezembro de 2019, a Lei 13.964 teve alterado seu artigo 75 do Código Penal, o que ampliou o prazo máximo de reclusão de 30 para 40 anos. Contudo, no cálculo da pena de 1.080 anos de prisão ao estuprador, o juiz levou em conta a “habitualidade da prática”, já que todas as ações foram cometidas de modo diferente e com absoluta consciência.

 

A seguir, o trecho da decisão do magistrado do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC): “O réu, mediante mais de uma ação, praticou condutas infracionais distintas, inexistindo entre elas qualquer liame ou conexão apta a caracterizar ser uma a continuidade da outra, mas, ao contrário, pois verdadeiramente independentes, satisfazendo a lascívia em uma conduta, e reiniciando outra na conduta seguinte a partir de uma nova intenção sexual-libidinosa.”

 

(Foto: SAP/Divulgação)

No meu entender, pelo crime extremamente hediondo e repetitivo, o padrasto estuprador merecia, no mínimo, a pena de prisão perpétua (que também não é contemplada pela nossa Justiça). Lembro ainda que, conforme pesquisa Datafolha de 2019, 57% dos brasileiros são favoráveis à pena de morte. Mas, este é um assunto para outra postagem. #HorrorEmSantaCatarina

  

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

terça-feira, 4 de junho de 2024

Arte do equilíbrio

 

#ViciadoEmTrabalho – Comer demais, beber demais, fumar demais e gastar demais são alguns dos vícios perniciosos que desequilibram a vida das pessoas. Em quaisquer atividades, vício e radicalismo não são salutares. A palavra inglesa “workaholic” significa, em tradução livre, viciado em trabalho ou louco pelo trabalho. Talvez, muitos não acreditem, mas existe uma parcela da população com esta característica.

 


O colunista do Uol, Marcelo Testoni, aborda o tema em matéria com o título “Sem feriado, sem final de semana ou férias: é possível morrer de tanto trabalhar?” O texto afirma: “ser um workaholic, que trabalha compulsivamente motivado pelas conquistas profissionais e tem pouco interesse em outros assuntos, prejudica a saúde física e mental, o que pode matar”.

 

Segundo dados da Organização Mundial do Trabalho (OIT), em 2016, 745 mil pessoas morreram de AVC e doenças cardíacas, em consequência de longas horas de trabalho. O estudo define como longas horas de trabalho, 55 horas semanais.

 

Ser workaholic não quer dizer que você é uma pessoa muito produtiva. Ao contrário, o excesso deixa de ser produtivo e o trabalhador torna-se menos eficiente. Somando-se ao vício sem limites por trabalho, caso as situações da atividade sejam precárias, informais, insalubres ou perigosas, expostas aos agentes físicos, químicos, biológicos, às violências e ao assédio, rapidamente aparecerão efeitos maléficos: hipertensão, infarto, doenças gastrointestinais (gastrite, diarreia), dor de cabeça, insônia, alergia, queda de imunidade, suor excessivo, etc.

 

Também podem surgir problemas psicoemocionais (estresse, ansiedade, depressão, burnout e suicídio). O workaholic diminui a capacidade criativa, em razão da automação; causa a deterioração das relações afetivas e sociais, gerando isolamento e a solidão.


O workaholic tem dificuldade para perceber o mal que está cometendo, porque pessoas extremamente trabalhadoras costumam ser elogiadas como referência de cidadão responsável e digno. Porém, é uma visão equivocada. Estudo da OIT detecta que doenças físicas e mentais por excesso de trabalho podem ter um impacto econômico significativo, com custo estimado à economia global de R$ 1 trilhão por ano, em perda de produtividade. 

 

Enfim, o extremismo em quaisquer circunstâncias deve ser combatido, dando lugar ao equilíbrio, ao respeito e à moderação. Vamos conciliar o trabalho com boa saúde física e mental, dando espaço para atenção a si próprio, à família, ao lazer e à meditação para não se tornar um workaholic. Não vale a pena! #ArteDoEquilibrio

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo