#ViciadoEmTrabalho – Comer demais, beber demais,
fumar demais e gastar demais são alguns dos vícios perniciosos que desequilibram
a vida das pessoas. Em quaisquer atividades, vício e radicalismo não são
salutares. A palavra inglesa “workaholic” significa, em tradução livre, viciado
em trabalho ou louco pelo trabalho. Talvez, muitos não acreditem, mas existe
uma parcela da população com esta característica.
O colunista do Uol, Marcelo Testoni, aborda o tema
em matéria com o título “Sem feriado, sem final de semana ou férias: é possível
morrer de tanto trabalhar?” O texto afirma: “ser um workaholic, que trabalha
compulsivamente motivado pelas conquistas profissionais e tem pouco interesse
em outros assuntos, prejudica a saúde física e mental, o que pode matar”.
Segundo dados da Organização Mundial do Trabalho
(OIT), em 2016, 745 mil pessoas morreram de AVC e doenças cardíacas, em consequência
de longas horas de trabalho. O estudo define como longas horas de trabalho, 55
horas semanais.
Ser workaholic não quer dizer que você é uma pessoa
muito produtiva. Ao contrário, o excesso deixa de ser produtivo e o trabalhador
torna-se menos eficiente. Somando-se ao vício sem limites por trabalho, caso as
situações da atividade sejam precárias, informais, insalubres ou perigosas,
expostas aos agentes físicos, químicos, biológicos, às violências e ao assédio,
rapidamente aparecerão efeitos maléficos: hipertensão, infarto, doenças
gastrointestinais (gastrite, diarreia), dor de cabeça, insônia, alergia, queda
de imunidade, suor excessivo, etc.
Também podem surgir problemas psicoemocionais
(estresse, ansiedade, depressão, burnout e suicídio). O workaholic diminui a
capacidade criativa, em razão da automação; causa a deterioração das relações
afetivas e sociais, gerando isolamento e a solidão.
O workaholic tem dificuldade para perceber o mal
que está cometendo, porque pessoas extremamente trabalhadoras costumam ser
elogiadas como referência de cidadão responsável e digno. Porém, é uma visão equivocada.
Estudo da OIT detecta que doenças físicas e mentais por excesso de trabalho
podem ter um impacto econômico significativo, com custo estimado à economia
global de R$ 1 trilhão por ano, em perda de produtividade.
Enfim, o extremismo em quaisquer circunstâncias
deve ser combatido, dando lugar ao equilíbrio, ao respeito e à moderação. Vamos
conciliar o trabalho com boa saúde física e mental, dando espaço para atenção a
si próprio, à família, ao lazer e à meditação para não se tornar um workaholic.
Não vale a pena! #ArteDoEquilibrio
Junji
Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São
Paulo
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