#MundoEnvelhecendo – Tempos atrás, escrevi sobre as
consequências negativas da queda demográfica em várias nações, principalmente as
consideradas milenares, como o Japão e países do continente europeu. O reduzido
número de jovens se muda para grandes metrópoles, gerando cidades abandonadas
com poucos anciões.
Na tentativa de repovoar cidades abandonadas, prefeituras
estão vendendo casas por preços ínfimos, ao custo de 1 euro (equivalente a R$
5,60), com a condição de o comprador reformar e habitar a residência. É o caso
da Itália, onde a oferta vale até para estrangeiros.
Pelo oitavo ano seguido, o Japão registra queda
demográfica, com o governo lançando medidas para melhorar os salários de jovens,
a fim de incentivar os casais a terem filhos. O número de nascimentos caiu 5,1%
em 2023, comparativamente a 2022, com 758,6 mil nascidos. O total de casamentos
diminuiu 5,9%, para aproximadamente 489,2 mil. É a primeira vez em 90 anos que
o número de casamentos ficou abaixo de 500 mil. A redução de matrimônios é
vista como péssimo presságio de novas quedas demográficas.
O governo japonês afirmou que tomará “medidas sem
precedentes” contra a queda da taxa de natalidade, expandindo a assistência à
infância e promovendo aumentos salariais aos jovens. Segundo o porta-voz
governamental, a taxa de natalidade está em uma situação muito crítica e, até
2030, todas a ações possíveis serão implementadas, objetivando a reversão do
quadro, como tentativa de salvação nacional.
O primeiro-ministro Fumio Kishida classificou a
tendência como a “crise mais grave que o nosso país enfrenta”, revelando uma série
de medidas para reverter a queda de natalidade. Caso contrário, a população de
2023, de 126.300.000 habitantes, cairá para 87.000.000 em 2070.
A redução de natalidade atinge quase todos os
países do mundo, inclusive o Brasil. Se uma nação superdesenvolvida como o
Japão já sente as consequências, imagine o Brasil, considerado país em
desenvolvimento, com gigantesca desigualdade social e idosos aumentando
anualmente. Com certeza, haverá estrangulamento da economia, queda do Produto
Interno Bruto (PIB), com impacto social sem precedentes, desemprego e fundo da
previdência integralmente desequilibrado, entre outros males. Cabe aos
governantes, políticos e lideranças criarem medidas para o equilíbrio da taxa
de natalidade, não permitindo a queda demográfica.
Ilustro o tema com uma imagem da família britânica Radford,
com 21 filhos (Foto: Reprodução/Instagram),
que segue na contramão da redução do índice demográfico. Que maravilha! Que coragem! #AlertaDemográfico
Junji Abe, produtor e líder
rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo
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