#MundoEmAlerta – A maioria dos governos e
autoridades internacionais sabe que as mudanças climáticas são decorrência do
aquecimento global em marcha há décadas. Resultam do uso indiscriminado de
combustível fóssil (petróleo e carvão), que geram os gases de efeito estufa,
juntamente com outras atividades como a pecuária de grandes dimensões. A
Organização das Nações Unidas (ONU) realiza as Conferências sobre o Meio
Ambiente, mas os resultados em prol da natureza e da vida têm sido pífios,
porque a ganância, o poder e a prioridade à riqueza suplantam quaisquer medidas
benéficas.
Tragédias como a acontecida no território gaúcho vêm
se intensificando com chuvas volumosas e longas. Por exemplo, em Minas Gerais e
Bahia. Além das inundações e deslizamentos pela força das chuvas, há também
desmatamentos e queimadas gerando colossais incêndios como na importante região
amazônica, dizimando matas centenárias.
Essas catástrofes decorrem de total
irresponsabilidade das autoridades públicas do mundo inteiro, que permanecem de
olhos vendados em favor de interesses de ordem econômica. A região americana de
Los Angeles, no estado da Califórnia, tem sido palco de gigantescos e
duradouros incêndios, impulsionados com ventos de 160 km/h, como de furacão,
que colocaram em xeque a batalha terrestre efetivada por combatentes de
departamentos públicos e privados.
Como os americanos estão sempre na vanguarda de
novas tecnologias, no combate aos incêndios da Califórnia, a escassez de água e
a distância para abastecer os tanques especiais de aviões e helicópteros que
despejam o líquido contra os focos de incêndios levaram ao uso de um pó para
apagar o fogo, formando uma nuvem cor-de-rosa. Chamou a atenção geral.
Cientificamente chamado de Phos-chek, o pó tem a
função de retardar as chamas para conter os incêndios. Segundo o professor de
engenharia e meio ambiente Daniel MacCurry, da Universidade de Califórnia do
Sul, supressores de fogo aéreos como este são geralmente uma mistura de água,
fosfato de amônio e óxido de ferro, sendo que este último ingrediente é
adicionado para torná-lo visível, dando ao produto a cor-de-rosa.
Os despejos foram realizados por 13 aviões nos
focos de incêndios que atingiram a região. O produto ajudou a privar as chamas
de oxigênio e reduzir o ritmo de queima até a extinção do foco, resfriando as
vegetações, o solo e outras superfícies atingidas.
Apesar de ser seguro aos humanos, o Phos-chek gera preocupações
quanto a seu impacto sobre a vida selvagem. O Serviço Florestal tem proibido a
pulverização sobre os leitos dos rios, córregos e também em habitat de
espécies ameaçadas. Especialistas afirmam que o Phos-chek é um mal necessário,
diante dos gigantescos incêndios, visto que a inalação de partículas
microscópicas tóxicas contidas na fumaça pode causar problemas respiratórios e
cardíacos, além de riscos de demência.
Impotente diante dos acontecimentos que celeremente
destroem o meio ambiente e ameaçam a humanidade, torço pelo sucesso da 30ª
Conferência das Partes da Convenção-Quadro da Organização das Nações Unidas
sobre Mudança do Clima, que será realizada em Belém/PA, em novembro próximo. A
população mundial e o Planeta Terra agradecerão imensamente! #SOSNatureza
(Imagem: Ringo Chiu / Reuters)
Junji
Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São
Paulo
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