terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Urgência na educação

 


#EnsinoPós-Pandemia – A pandemia mundial gerada pela Covid-19 forçou o fechamento das escolas por no mínimo 6 meses, ocasionando enorme retrocesso educacional, com o aumento de crianças com proficiência em leitura abaixo do mínimo e outros incontáveis prejuízos. O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) apontou o gigantesco impacto aos estudantes de 15 anos, mesmo com uma parte tendo o ensino a distância.

 

A pesquisa do PISA registrou que, passada a pandemia em 2023, para a superação do tempo perdido era fundamental a expansão da carga horária em sala de aula, seja por meio de jornadas ampliadas ou com escolas em tempo integral. Tais estratégias promovem uma revisão do currículo, oferecem desenvolvimento profissional para os professores e gestores, gerando outras transformações significativas nas rotinas escolares. Os exemplos foram dados por países como México, Uruguai e Peru, entre outros na América do Sul.

 

Lamentavelmente, no Brasil, em 2023, somente 21,9% das escolas de educação básica e fundamental tiveram o tempo integral, conforme dados do Plano Nacional de Educação (PNE). Os exemplos positivos de desempenho acadêmico dos alunos foram constatados em escolas dos estados de São Paulo, Ceará e Pernambuco, que implantaram esse esforço extra.

 

Infelizmente, nosso ensino público vai mal, pois os investimentos que os governos federal, estaduais e municipais direcionam são infimamente inferiores às necessidades básicas, além da ausência quase total da fundamental “educação do lar”, em razão de as mães necessitarem trabalhar fora para melhorar o orçamento familiar.

 

O Brasil, que nunca proporcionou um ensino de qualidade às crianças e jovens, vem assustadoramente perdendo a competitividade neste mundo global, tornando-se subserviente ou até escravo de diversas nações que inundam o nosso mercado com produtos: de valores ínfimos até os de alta tecnologia. Ceifam nossos empregos e desencorajam os empreendedores nacionais. Nossos cidadãos são considerados de 2ª e 3ª classes, sem educação do lar, sem ensino de qualidade, sem pesquisas, sem inovações e sem tecnologia.

 

Antes tarde do que nunca, governantes, lideranças públicas e privadas precisam urgentemente viabilizar a implantação absoluta de educação integral (integração plena de todas as disciplinas) e ensino em tempo integral (escolas com o mínimo de 7 horas de aula) para gerar o real ensino de qualidade. É preciso perseguir a meta de que, num futuro próximo, tenhamos brasileiros com formação familiar, cívica e profissional condizentes com a grandeza desta fantástica nação, inigualável em todos os aspectos por outros países do mundo. Gente, não canso de repetir: o ensino de qualidade é prioritário e primordial! #UrgênciaNaEducação

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

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