#EnsinoPós-Pandemia – A pandemia mundial gerada
pela Covid-19 forçou o fechamento das escolas por no mínimo 6 meses,
ocasionando enorme retrocesso educacional, com o aumento de crianças com
proficiência em leitura abaixo do mínimo e outros incontáveis prejuízos. O
Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) apontou o gigantesco impacto
aos estudantes de 15 anos, mesmo com uma parte tendo o ensino a distância.
A pesquisa do PISA registrou que, passada a
pandemia em 2023, para a superação do tempo perdido era fundamental a expansão
da carga horária em sala de aula, seja por meio de jornadas ampliadas ou com
escolas em tempo integral. Tais estratégias promovem uma revisão do currículo,
oferecem desenvolvimento profissional para os professores e gestores, gerando
outras transformações significativas nas rotinas escolares. Os exemplos foram
dados por países como México, Uruguai e Peru, entre outros na América do Sul.
Lamentavelmente, no Brasil, em 2023, somente 21,9%
das escolas de educação básica e fundamental tiveram o tempo integral, conforme
dados do Plano Nacional de Educação (PNE). Os exemplos positivos de desempenho
acadêmico dos alunos foram constatados em escolas dos estados de São Paulo,
Ceará e Pernambuco, que implantaram esse esforço extra.
Infelizmente, nosso ensino público vai mal, pois os
investimentos que os governos federal, estaduais e municipais direcionam são
infimamente inferiores às necessidades básicas, além da ausência quase total da
fundamental “educação do lar”, em razão de as mães necessitarem trabalhar fora para
melhorar o orçamento familiar.
O Brasil, que nunca proporcionou um ensino de
qualidade às crianças e jovens, vem assustadoramente perdendo a competitividade
neste mundo global, tornando-se subserviente ou até escravo de diversas nações
que inundam o nosso mercado com produtos: de valores ínfimos até os de alta
tecnologia. Ceifam nossos empregos e desencorajam os empreendedores nacionais. Nossos
cidadãos são considerados de 2ª e 3ª classes, sem educação do lar, sem ensino
de qualidade, sem pesquisas, sem inovações e sem tecnologia.
Antes tarde do que nunca, governantes, lideranças
públicas e privadas precisam urgentemente viabilizar a implantação absoluta de
educação integral (integração plena de todas as disciplinas) e ensino em tempo
integral (escolas com o mínimo de 7 horas de aula) para gerar o real ensino de
qualidade. É preciso perseguir a meta de que, num futuro próximo, tenhamos brasileiros
com formação familiar, cívica e profissional condizentes com a grandeza desta
fantástica nação, inigualável em todos os aspectos por outros países do mundo.
Gente, não canso de repetir: o ensino de qualidade é prioritário e primordial!
#UrgênciaNaEducação
Junji
Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São
Paulo
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