terça-feira, 29 de abril de 2025

Tempo de avanços

 


#100Dias – Com o slogan “Mogi levada a sério”, a prefeita Mara Bertaiolli, de Mogi das Cruzes/SP, e seu vice Téo Cusatis, realizaram a prestação de contas dos 100 dias de governo. O lotado auditório do Theatro Vasques reuniu vereadores, lideranças políticas e da sociedade civil e diversas autoridades, como o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, Marco Aurélio Bertaiolli, e a delegada seccional Margarete Barreto, entre outras.

 

Tive a honra de participar do evento (15/4) que incluiu a projeção de vídeo abrangendo todas as áreas da administração e os esclarecimentos prestados pela prefeita e pelo vice. A análise e renegociação de todos os contratos resultaram na economia de R$ 48,9 milhões, num trabalho da Comissão de Gestão de Crise Financeira. Houve a implementação do Diário Oficial Eletrônico de Mogi das Cruzes, que representa R$ 1,5 milhão a menos de gastos por ano, como também o parcelamento da dívida do Município com o Instituto de Previdência dos Servidores (Iprem), no valor de R$ 64,4 milhões.

 

A prefeita exaltou a retomada do relacionamento com o governo estadual, que resultou na 1ª vinda do governador Tarcísio de Freitas e da presidente do Fundo Social do Estado, Cristiane de Freitas, a Mogi para a inauguração da Praça da Cidadania, em Jundiapeba, que teve o aporte estadual de R$ 4,7 milhões. Essa aproximação, apoiada pelos presidentes do PL e do PSD, Valdemar Costa Neto e Gilberto Kassab, respectivamente, trará investimentos como a reforma das estações ferroviárias da CPTM de Jundiapeba, Braz Cubas, Centro e Estudantes, além da construção da estação de Cezar de Souza, que será o ponto final da linha.

 

O governador também se comprometeu a erguer um Pronto-Socorro ao lado do Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo, além de bancar o custeio do funcionamento, ainda neste ano, da Maternidade Municipal, em Braz Cubas, sem contar a nova ponte sobre o Rio Tietê, na Volta Fria.

 

Na área da saúde, a prefeita Mara antecipou a desapropriação e reforma do antigo prédio do Liceu Braz Cubas, no Centro, para sediar a “Cidade da Saúde”, destinada a oferecer serviços de qualidade à população. O vice Téo destacou a diminuição no tempo de espera por consultas e exames para 22 mil pessoas, nas áreas de clínica médica, oftalmologia, ginecologia e odontologia, além de 8,9 mil mulheres atendidas com ultrassonografia e mamografia. Houve ainda a aquisição de 5 novas ambulâncias e extensão do horário dos postos de saúde de Jundiapeba, Braz Cubas e Alto do Ipiranga até as 19 horas. O recém-lançado SIS Libras garante acessibilidade no agendamento para pessoas com deficiência. Já a unidade “Vagalume” voltou a ser chamada de “Pró-Criança”, resgatando a nomenclatura dada na sua implantação em nossa gestão como prefeito.

 

Quanto as grandes obras viárias, vale destacar a retomada do Corredor Nordeste, em Cezar, que liga o distrito ao bairro do Rodeio, concluindo a Perimetral Leste. Já o Anel Perimetral Sul ligará a Mogi-Bertioga à Mogi-Salesópolis. Essas duas intervenções concluem o Anel Perimetral de Mogi das Cruzes.

 

Cabe registrar a criação de duas novas secretarias municipais, a da Mulher e a da Longevidade, que em muito melhorarão a proteção das mulheres e o respeito às pessoas da melhor idade. Há muitas outras conquistas nas áreas de educação, segurança, agricultura, assistência social, saneamento básico, etc...

 

Foi um tremendo prazer participar deste evento marcante, que demonstra o acerto do povo mogiano em escolher a dupla Mara e Téo para comandar os destinos da nossa divina e maravilhosa Mogi ao longo de quatro anos! #TempoDeAvanços

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

sexta-feira, 25 de abril de 2025

Amigo Prefeito

 


#GrandeAmizade – Tive a honra e o prazer de visitar o amigo do peito, Luis Camargo, prefeito com “P” maiúsculo, reeleito com louvor (94,32% dos votos válidos). Avaliado como um dos melhores gestores públicos do Estado de São Paulo, ele governa com uma competência ímpar, digna de um legítimo missionário, o importante e hospitaleiro município de Arujá/SP.

 

Fui até Arujá a pedido do amigo Nelson Okumura, empresário da Capital, que desejava apresentar um projeto de interesse do Município. Minha relação com Dr. Camargo é antiga. Remonta à década de 1990, quando exercia o mandato de deputado estadual, e ele presidia a Subseção arujaense da OAB. A completa sinergia entre nós construiu a amizade que cultivamos até hoje. Na constituição do partido político PSD, solicitei ao Camargo que se empenhasse na filiação de eleitores arujaenses, visto que, como aliado do líder político Gilberto Kassab, tive a responsabilidade de trabalhar na coleta de assinaturas de eleitores do Alto Tietê e do Vale do Paraíba. O partido foi oficializado em 21 de março de 2011, com a denominação de Partido Social Democrático.

 

Entre abraços, bate-papo e risos, foram 30 minutos até eu me lembrar de que precisava apresentar o Nelson Okumura ao prefeito. Receptivo como sempre, Dr. Camargo deu andamento ao pedido do empresário.

 


Ao retornar a Mogi das Cruzes, recebo com surpresa um recado do meu querido e competente ex-colaborador, Thiago Máximo – chefe de Gabinete do prefeito –, me avisando sobre a mensagem publicada por Camargo sobre mim nas redes sociais. Quando li, a emoção invadiu minha alma. De tanta gratidão, transcrevo a postagem:

“VISITA INSPIRADORA DO QUERIDO AMIGO E NOSSO SEMPRE DEPUTADO FEDERAL JUNJI ABE  

Discutir temas de política pública e conversar com Junji Abe, de um conhecimento e lucidez impressionantes, é revisitar décadas de política honrada e responsável. Um homem que completará, neste ano, 85 anos de idade e que muito nos inspira por sua serenidade, firmeza de princípios e dedicação à causa pública.
Receber em Arujá o nosso sempre deputado federal Junji Abe, nesta quarta-feira (9), foi mais do que um encontro de cortesia — foi uma verdadeira aula de política, conduzida por um mestre que durante décadas se dedicou ao serviço público com integridade e sabedoria. Junji Abe é uma figura admirada em todo o Alto Tietê, no Estado de São Paulo e em Brasília, por sua rara e valiosa visão ampla sobre gestão e administração das cidades.

Junji Abe começou sua trajetória como vereador, em Mogi das Cruzes em 1973. Depois, foi deputado estadual por três mandatos consecutivos, de 1991 até o ano 2000, quando deixou o cargo para assumir a Prefeitura de Mogi. Foi prefeito por dois mandatos, de 2001 a 2008, fixando marcas importantes na história da cidade e de todo Alto Tietê.

Ainda teve uma destacada atuação como deputado federal, com mandatos de 2011 a 2015 e, posteriormente, entre 2018 e 2019. Presidiu também a Associação dos Municípios do Alto Tietê (hoje Condemat) em três oportunidades, sempre se colocando como liderança comprometida com o desenvolvimento regional.
Sua presença em Arujá foi motivo de grande alegria e inspiração para seguirmos firmes, com ética e seriedade, na construção de uma cidade e de uma região cada vez melhores”.


Sem palavras para retribuir à altura, manifesto minha profunda gratidão, prefeito e amigo Luis Camargo! #AmigoPrefeito

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

terça-feira, 22 de abril de 2025

Poderoso Akimatsuri

 


#RiquezaCultural #PreciosidadeAgro – Um dos maiores festivais da cultura japonesa no Brasil, o famoso Festival de Outono – Akimatsuri 2025, movimentou Mogi das Cruzes neste mês (5, 6, 12 e 13). A 38ª edição da série iniciada em 1986 recebeu cerca de 140 mil visitantes no conjunto esportivo da Associação Cultural de Mogi das Cruzes – Bunkyo, organizadora do grandioso evento que representa a tradição nipônica de oferendas em gratidão pela colheita e bem-estar das pessoas.

 


Pavilhão Agrícola, com exposição de hortifrutiflorigrangeiros; Vila Cultural (cerimônia do chá, shodō, origami, oferenda a Buda, mangá, etc.); Atrações Artísticas (grupos de dança, música, artes marciais e taikô); Tooro Nagashi (soltura de barquinhos iluminados no lago, em homenagem aos antepassados); Concurso Miss Akimatsuri (eleição da rainha, 1ª e 2ª princesas); Concurso Miss e Míster Akimatsuri Júnior; Comidas Típicas e Tradicionais fazem parte da programação do Akimatsuri, além dos estandes de vendas de produtos diversos, de artesanato a aparelhos de alta tecnologia.

 


A missa budista em homenagem aos ancestrais e aos imigrantes marcou a abertura do Akimatsuri. O presidente do Bunkyo, Frank Tuda, e o coordenador geral do evento, Daniel Aoyagui, agradeceram a equipe e saudaram os visitantes, sob intensos aplausos. Discursaram autoridades como a prefeita Mara Bertaiolli; o presidente da Câmara Municipal, vereador Farofa; o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de SP, Marco Aurélio Bertaiolli; o prefeito de Suzano, Pedro Ishi; o secretário de Meio Ambiente da Cidade de São Paulo, Rodrigo Ashiuchi; o presidente do Sindicato Rural de Mogi das Cruzes, Fábio Dan; e a gerente regional do Sebrae Alto Tietê, Giovanda Figuerôa, entre outras.

 

Em sinal de extremo carinho, Frank Tuda, concedeu-me a palavra. Agradeci e parabenizei o insubstituível e heroico trabalho do Bunkyo que, com o Akimatsuri, certifica a força produtiva rural de Mogi. Sugeri que o evento também passasse a ser palco da concessão do Título Honorífico de Produtor Rural ao escolhido pelo Sindicato Rural e pela Secretaria de Agricultura de Mogi. A ideia recebeu pronta acolhida das entidades envolvidas e também do diretor da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp), Gildo Saito. O presidente do Legislativo mogiano, Farofa, colocou-se à disposição para defender a aprovação da proposta na Casa.


Emoção, perseverança e gratidão são três palavras que se alinham e edificam o norte para o êxito integral do Akimatsuri ao longo de décadas e, com absoluta certeza, para a eternidade. #PoderosoAkimatsuri

https://youtube.com/shorts/dxC_sY5LrlU?feature=share


 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo


sexta-feira, 18 de abril de 2025

Bora ser feliz!

 

(Foto: https://kardecriopreto.com.br/sobre-as-pessoas-felizes/)


#TrilhasDaFelicidade – A cultura japonesa define que a felicidade não é permanente e sim temporária. Como é praticamente impossível ser feliz ininterruptamente, precisamos aprender o que é a felicidade e como conquistá-la. “Para ser feliz, você precisa abandonar três hábitos que muita gente tem” é o título de uma matéria do VivaBem que achei interessante.

 

 “A felicidade é um hábito que podemos construir e cultivar, mas com a certeza de que dá um pouco de trabalho”, diz a psicóloga Maria Tereza Maldonado, autora do livro “Construindo a felicidade”. Ela explica:

- Primeiramente, é necessário evitar pensamentos negativos, sem qualidade, que minam o espaço para nos relacionarmos da melhor forma com quem está a nossa volta, do parceiro(a) que amamos ao chefe ou ao vizinho.

- Extirpar a ingratidão por tudo que temos e conquistamos na vida, visto que ela impede de viver em estado mais intenso de serenidade. O sentimento oposto, ou seja, a gratidão, é o que nos dá apoio para os momentos mais difíceis da vida, ao enfrentarmos obstáculos, problemas e desafios, nos proporcionando a força necessária sem fraquejar. São maneiras de sermos felizes.

 

Segundo a psicóloga, “na nossa vida, existem muitas coisas de que não gostamos e pessoas que nos desapontam, por exemplo. Mas, se olharmos para o que a vida sempre nos oferece, percebemos que alguns problemas são justamente a oportunidade de desenvolvermos o talento para resolvermos essas questões”.

 

A falta de propósitos significativos, sem dúvida, contribui para a infelicidade. Quando o indivíduo não aplica talentos e competências em algo que realmente o envolva ou pelo qual seja bom, costuma ficar sem direção. Viver de maneira egoísta, sem pensar num bem maior, pode aumentar o vazio interior e causar a desconexão em relação aos outros.

 

 “Vivemos num mundo conturbado, com correntes de ódio se disseminando pela internet, confronto de pessoas que não aceitam que outras pensem de maneira diferente ou que tenham opiniões opostas às suas. Isso vai gerando um índice maior de depressão, ansiedade, mal-estar e de infelicidade”, continua a escritora.

 

Temos de agradecer às pessoas que nos ensinam a sermos mais felizes, como a psicóloga Maria Tereza Maldonado. São dicas interessantes para vivermos melhor, com momentos de alegria e bem-estar que representam mais períodos de felicidade.

 

Aumentar os momentos de felicidade é tarefa que depende de nós mesmos! Reproduzo a frase do grande filósofo iluminista, escritor e historiador francês Voltaire: “Um momento de felicidade vale mais do que mil anos de celebridade”. #BoraSerFeliz

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

terça-feira, 15 de abril de 2025

Rico aprendizado

 


#VestígiosPré-Históricos – Os incas foram uma civilização pré-colombiana que dominava vastas regiões andinas da América do Sul, cobrindo partes de países como Peru, Bolívia, Equador, Colômbia, Chile e Argentina. No Brasil, a história registra os indígenas como os primeiros habitantes. Porém, várias descobertas, por escavações, na região nordestina, constatam que aqui havia habitantes primitivos, da época de animais pré-históricos, como os titanossauros (imagem da iStock), que viveram há 130 milhões de anos, e posteriormente os dinossauros.

 

Pesquisadores descobriram inscrições em rochas no sítio arqueológico de Sousa/PB. Ao lado dessas gravações, chamadas de petróglifos, estavam pegadas de dinossauros, demonstrando que a relação entre as pessoas e registros fósseis é muito mais antiga do que se pensava.    

 

Segundo artigo publicado na revista Scientific Reports, em março de 2024, os petróglifos estavam no sítio Serrote do Letreiro, nome dado em alusão à quantidade expressiva dessas artes rupestres, feitas de 3 mil a 9 mil anos atrás. Eram desenhos circulares com divisões no seu interior e imitações de pegadas de dinossauros. A pesquisadora Aline Ghilardi, do Laboratório de Paleontologia do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), destaca: “A maior concentração de inscrições ocorre associada às pegadas, como se os povos antigos tivessem reconhecido a presença daquelas estruturas curiosas. E, intencionalmente, não desenharam sobre elas, mas ao seu entorno”.

 

Registros semelhantes foram encontrados também em regiões do Rio Grande do Norte e do Ceará. A presença em conjunto das pegadas e petróglifos sugere ainda que as marcas ou as criaturas que as deixaram para trás eram partes de rituais ou cerimônias do povo que ocupou todo esse território.

 

A descoberta de pegadas de dinossauros junto aos registros humanos mostra que a relação dos povos originários com os fósseis existia bem antes da chegada dos europeus e ainda bem antes dos povos indígenas. “Por essas e outras razões, os fósseis são considerados patrimônios culturais. Ajudam a contar não só a história de seres muito antigos que viveram no nosso planeta, mas também a nossa própria história e nossa própria relação com o mundo natural”, diz Aline.

 

Enorme gratidão aos arqueólogos, paleontólogos e demais pesquisadores que, com extrema dedicação e competência, escrevem a história primitiva do planeta Terra. Enfim, vivendo e aprendendo. #RicoAprendizado

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

sexta-feira, 11 de abril de 2025

O céu é o limite

 

#PonteNasNuvens – A capacidade do ser humano de alcançar resultados, outrora inimagináveis, é surpreendente. O exemplo é a internet que revolucionou o setor de comunicações de tal forma que as nações do mundo inteiro estão interligadas. Os únicos desconectados são os países que assim desejam.

 

A engenharia e a arquitetura, aliadas ao setor econômico, batem recordes com a construção de prédios cada vez mais altos. O edifício comercial Bruj Khalifa, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, tem 828 metros de altura e 163 andares. Na praia de Camboriú, em Santa Catarina, será construído o mais alto prédio de apartamentos do mundo, Senna Tower, com mais de 500 metros de altura. Suplantará o Central Park Tower, de Nova York (EUA), que tem 472 metros de altura. Nota-se a paixão humana por conquistas extremas. Ou seja, o céu é o limite. Outra novidade vem de Sorocaba/SP, onde a prefeitura, por meio de Parceria Público-Privada (PPP), deseja erguer edificação com 170 andares que baterá o recorde mundial de altura: 1 mil metros.

 

Nada contra essas construções. Mas, penso que merecem destaque as obras de infraestrutura que beneficiem a população, trazendo aproximação entre as comunidades, regiões e países. É o caso das pontes. No sul da França, foi inaugurada a ponte mais alta do mundo, segundo o Guinness World Records. Chama-se Viaduto de Millau, com extensão de 2.460 metros e 336,4 metros de altura, ultrapassando os 330 metros da Torre Eiffel.

 

Além da importância de permitir cruzar a região, até então impossível, a ponte Millau tornou-se uma atração turística, com direito ao centro de visitantes, onde se pode ver a megaestrutura estaiada (suspensa por cabo). É o ponto relevante da engenharia e da arquitetura por superar barreiras físicas em pleno ar. Ao contrário de outras pontes que interligam dois pontos de altitudes semelhantes, o Viaduto Millau é uma “montanha-russa invertida”: oferece aos carros um caminho em linha reta num terreno extremamente íngreme, com picos e vales do desfiladeiro de Gorges-du-Tarn.

 

Antes da inauguração, o local era como uma barreira intransponível para quem viajava, por conta do Maciço Central da França, região linda que representa cerca de 15% do país e é rodeada pelos Alpes, com profundos cânions e rios correndo no seu interior. Quem tentava cortar o território ou deixar o norte da Europa rumo à Espanha era obrigado a contorná-lo com muita dificuldade. “A Ponte reconectou a Europa. Este gigante reconciliou, com sua delicadeza, a Europa”, resumiu o arquiteto Norman Foster, que projetou a estrutura. #CéuÉOLimite

 


Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

terça-feira, 8 de abril de 2025

Ameaça do deserto

 

#RiscoIminente – “Gigante pela própria natureza – És belo, és forte, impávido colosso – E o teu futuro espelha essa grandeza” – “Do que a terra, mais garrida – Teus risonhos, lindos campos têm mais flores – Nossos bosques têm mais vida – Nossa vida, no teu seio, mais amores”. Essas estrofes do magistral Hino Nacional refletem a riqueza do Brasil, inigualável em todos os sentidos. Contudo, 525 anos após seu descobrimento, é alvo de questões alarmantes, como “Brasil pode ter deserto?” A reportagem mira a caatinga do nordeste brasileiro como a região mais vulnerável para a degradação ambiental. Com clima semiárido, está susceptível a um processo de desertificação que pode sacrificar uma população estimada em 38 milhões de pessoas, além de 42 regiões habitadas por povos indígenas.

 


A previsão tem amparo nos dados do cientista, professor universitário, meteorologista e fundador do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite (Ufal), Humberto Alves Barbosa: “O deserto natural leva milhões de anos para encontrar um equilíbrio entre biodiversidade e vegetação. Se uma área semiárida está passando por um processo de desertificação, isso é muito mais nocivo, porque os solos não passaram por milhões de anos para chegar em uma característica de deserto. Essa nova área desertificada não teria uma autodefesa, e espécies invasoras poderiam se apropriar do cenário debilitado do ecossistema”.

 

O território brasileiro encontra-se majoritariamente numa região tropical com diversidade de biomas que lhe fornece a estabilidade da atmosfera e do solo. Porém, a desertificação pode ser resultado de vários fatores como o desmatamento, atividade de pecuária e incêndios florestais, que geram o desequilíbrio entre a atmosfera e o solo. Especialistas também destacam as mudanças de ordem climática, com o aquecimento global, como causas que aceleram a desertificação do semiárido brasileiro.

 

O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) demonstram a tendência do aumento de aridez em todo o território nacional (exceto a região sul e parte do sudeste), com o norte de Minas e nordeste demonstrando aumento de área árida, semelhante aos desertos, nunca observado nas décadas passadas. 

 

Carlos Madeiro, colunista do Uol, ratifica a célere desertificação do Brasil, demonstrando que a área seca aumentou 970 hectares em dois anos, alcançando extensão equivalente ao território da Jamaica, ou duas vezes a área do Distrito Federal. Lastreia-se no estudo do MapBiomas cuja tendência observa-se desde 2009. Preocupantemente, o rico Pantanal brasileiro não escapa da nova realidade.  Em 2024, foi o bioma que mais perdeu água, com a superfície 61% menor que a média histórica da região.

 

O Brasil tem 12% da água potável do planeta, mas há uma distribuição desigual, com 61% da superfície de água na Amazônia. Tem solução? Conforme os especialistas, o solo pode retomar a fertilidade e o suprimento de água, porém, é um processo de no mínimo 30 anos, sem integração humana com o território, executando-se políticas públicas permanentes, sem desvios, com investimentos elevados. Estima-se que há 207 mil km² de solos em estado severo de degradação na caatinga.

 

A realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), em novembro próximo, em Belém/PA, será importantíssima. Na ampla discussão das mudanças climáticas de ordem mundial, os problemas da célere desertificação serão acentuadamente debatidos. #AmeaçaDoDeserto

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

sexta-feira, 4 de abril de 2025

Viva a cachaça brasileira!

 

(Foto: Divulgação)

 

#MaravilhaDaCana – No meu tempo de criança e jovem, morador na zona rural no antigo bairro de Biritiba Ussu (atualmente, distrito), em Mogi das Cruzes/SP, a bebida mais consumida pelos homens da roça ao fim do expediente, finais de semana e feriados era a famosa pinga. A maioria se embebedava até cair e as ausências no trabalho às segundas-feiras eram constantes, por conta da grande ressaca.

 

A pinga ou cachaça é uma bebida genuinamente brasileira, descoberta de forma acidental logo nas primeiras décadas da história do País. Enfrentou preconceito das elites e a proibição de sua fabricação. Porém, como legítima representante popular brasileira, resistiu bravamente às contrariedades, atingindo os paladares mais exigentes e se popularizou no País, consolidando-se também pelo mundo como o destilado de cana de açúcar do Brasil.

 

Branquinha, amansa corno, água santa, aguardente e cachaça são as muitas denominações da pinga. No passado, foi utilizada como remédio fortificante e moeda de troca. Também foi símbolo de patriotismo, luta e resistência, além de incentivar as artes, aguçando a criatividade do povo. É um produto nacional de muitas histórias, democrático desde suas raízes. Patrimônio histórico, cultural e imaterial, representa muitas potencialidades a serem descobertas, como sua utilização na gastronomia, tanto em preparos populares quanto sofisticados, e a exploração de sua história e dos espaços de produção, assim como na preservação de suas memórias, atrativos para a prática do turismo cultural e de outras modalidades.

 

Em 2016, o Congresso Nacional decretou a cachaça brasileira como Patrimônio Histórico e Cultural do País. Em 3 de dezembro último, houve a premiação do 1º Concurso Estadual de Qualidade da Cachaça Paulista, na Secretaria de Agricultura e Abastecimento paulista. A competição teve como objetivo valorizar a excelência da bebida produzida no Estado, reconhecendo as melhores cachaças em três categorias: envelhecida, armazenada e branca. Foram 87 rótulos premiados, todos com qualidade certificada.

São Paulo é o maior produtor de cachaça do Brasil, com mais de 400 produtores, representando 45% da produção nacional. Foram premiadas:  Categoria Branca: Cachaça Almeida Valente de Arthur Nogueira; Categoria Armazenada: Cachaça Santa Capela Carvalho de Santa Bárbara d’Oeste; e Categoria Envelhecida: Cachaça Taboado de Votuporanga.

 

Como tudo se transforma na sociedade, a cachaça, outrora vítima de preconceito no Brasil, é cada vez mais consumida no mundo inteiro. Independentemente de ser ou não consumidor, vale prestigiar a bebida genuinamente brasileira! #VivaCachaçaBrasileira   

  

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

terça-feira, 1 de abril de 2025

Bons tempos

 


#DiaDaMentira – Anualmente, no dia 1º de abril, o Dia da Mentira, pessoas do mundo inteiro brincavam umas com as outras, pregando peças e contando lorotas. Histórias, causos, balelas, invencionices, mentiras em geral eram celebradas. Contadas nesta data, eram consideradas inofensivas e perdoadas. Faziam parte da celebração. 

 

A tradição de 1º de abril remonta ao Calendário Gregoriano que substituiu o Calendário Juliano, por determinação do Concílio de Trento (Conselho Ecumênico da Igreja Católica). Com a instituição do novo calendário pelo Papa Gregório XIII, em 1582, parte da população francesa se revoltou contra a medida e se recusou a adotar o 1º de janeiro como início do ano. Zombados pelos demais, os resistentes às mudanças eram convidados para festas inexistentes no dia 1º de abril. Assim, nasceu a tradição de zombaria e de pregação de peças.

 

No Brasil, a tradição chegou em 1828, com o noticiário impresso mineiro “A Mentira”, que trazia na capa de sua 1ªedição, em 1º de abril, a morte de Dom Pedro I. Até empresas entenderam o potencial de marketing e a oportunidade de engajamento das pegadinhas para aumentar a visibilidade no mercado e passaram a participar da celebração no século passado.

 

A Amazon, a maior loja on-line do mundo, celebra o Dia da Mentira com brincadeiras que, muitas vezes, confundem os usuários. Em 2015, reverteu sua página principal para a versão de 1999, época em que a internet ainda era muito rudimentar. Até descobrirem a brincadeira, os usuários deveriam passar pela experiência de túnel do tempo na navegação do site.

 

As transformações da sociedade ocasionaram o distanciamento da população mais jovem das brincadeiras do Dia da Mentira, em especial com o avanço na utilização das redes sociais. Atualmente, imperam as Fake News (mentiras modernas), causando gigantescos problemas de ordem mundial. Setores de Segurança Pública, Judiciário e Imprensa são acionados sem parar para desmentir as notícias falsas, diante de graves consequências que causam à população.

 

Há ainda erros e falhas técnicas, como ocorreu em 14 de fevereiro último, quando o Google emitiu o falso alerta de um possível terremoto no mar, de magnitude 5,5 graus na escala Richter, no litoral de Ubatuba/SP. O aviso chegou para celulares com sistema operacional Android, assustando milhares de pessoas. A notícia foi posteriormente desmentida pela Defesa Civil e pelo Centro de Sismologia da USP.

 

Se outrora as mentiras de 1º de abril eram sadias, hoje não é assim com as fake news, divulgadas diariamente, demandando pesquisas e vigilância cada vez maiores da nossa parte. As fake news viraram até armas para a prática de diversos golpes. E o que dizer da Inteligência Artificial (IA) que já está sendo utilizada pelos marginais contra os incautos?

 

Diante disso, nós, da velha guarda, lembramos com saudade das saudáveis brincadeiras que pregávamos e de que também éramos fregueses em 1º de abril. E somente neste dia, o da Mentira. #BonsTempos

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo