#PonteNasNuvens – A capacidade do ser humano de
alcançar resultados, outrora inimagináveis, é surpreendente. O exemplo é a
internet que revolucionou o setor de comunicações de tal forma que as nações do
mundo inteiro estão interligadas. Os únicos desconectados são os países que
assim desejam.
A engenharia e a arquitetura, aliadas ao setor
econômico, batem recordes com a construção de prédios cada vez mais altos. O edifício
comercial Bruj Khalifa, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, tem 828 metros de
altura e 163 andares. Na praia de Camboriú, em Santa Catarina, será construído o
mais alto prédio de apartamentos do mundo, Senna Tower, com mais de 500 metros
de altura. Suplantará o Central Park Tower, de Nova York (EUA), que tem 472
metros de altura. Nota-se a paixão humana por conquistas extremas. Ou seja, o
céu é o limite. Outra novidade vem de Sorocaba/SP, onde a prefeitura, por meio
de Parceria Público-Privada (PPP), deseja erguer edificação com 170 andares que
baterá o recorde mundial de altura: 1 mil metros.
Nada contra essas construções. Mas, penso que merecem
destaque as obras de infraestrutura que beneficiem a população, trazendo aproximação
entre as comunidades, regiões e países. É o caso das pontes. No sul da França,
foi inaugurada a ponte mais alta do mundo, segundo o Guinness World Records.
Chama-se Viaduto de Millau, com extensão de 2.460 metros e 336,4 metros de
altura, ultrapassando os 330 metros da Torre Eiffel.
Além da importância de permitir cruzar a região,
até então impossível, a ponte Millau tornou-se uma atração turística, com
direito ao centro de visitantes, onde se pode ver a megaestrutura estaiada
(suspensa por cabo). É o ponto relevante da engenharia e da arquitetura por
superar barreiras físicas em pleno ar. Ao contrário de outras pontes que
interligam dois pontos de altitudes semelhantes, o Viaduto Millau é uma
“montanha-russa invertida”: oferece aos carros um caminho em linha reta num
terreno extremamente íngreme, com picos e vales do desfiladeiro de
Gorges-du-Tarn.
Antes da inauguração, o local era como uma barreira
intransponível para quem viajava, por conta do Maciço Central da França, região
linda que representa cerca de 15% do país e é rodeada pelos Alpes, com
profundos cânions e rios correndo no seu interior. Quem tentava cortar o
território ou deixar o norte da Europa rumo à Espanha era obrigado a
contorná-lo com muita dificuldade. “A Ponte reconectou a Europa. Este gigante
reconciliou, com sua delicadeza, a Europa”, resumiu o arquiteto Norman Foster,
que projetou a estrutura. #CéuÉOLimite
Junji
Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São
Paulo
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