#VestígiosPré-Históricos – Os incas foram uma
civilização pré-colombiana que dominava vastas regiões andinas da América do
Sul, cobrindo partes de países como Peru, Bolívia, Equador, Colômbia, Chile e
Argentina. No Brasil, a história registra os indígenas como os primeiros
habitantes. Porém, várias descobertas, por escavações, na região nordestina, constatam
que aqui havia habitantes primitivos, da época de animais pré-históricos, como
os titanossauros (imagem da iStock), que viveram há 130 milhões de anos, e
posteriormente os dinossauros.
Pesquisadores descobriram inscrições em rochas no
sítio arqueológico de Sousa/PB. Ao lado dessas gravações, chamadas de petróglifos,
estavam pegadas de dinossauros, demonstrando que a relação entre as pessoas e
registros fósseis é muito mais antiga do que se
pensava.
Segundo artigo publicado na revista Scientific
Reports, em março de 2024, os petróglifos estavam no sítio Serrote do Letreiro,
nome dado em alusão à quantidade expressiva dessas artes rupestres, feitas de 3
mil a 9 mil anos atrás. Eram desenhos circulares com divisões no seu interior e
imitações de pegadas de dinossauros. A pesquisadora Aline Ghilardi, do
Laboratório de Paleontologia do Departamento de Geologia da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), destaca: “A maior concentração de
inscrições ocorre associada às pegadas, como se os povos antigos tivessem
reconhecido a presença daquelas estruturas curiosas. E, intencionalmente, não
desenharam sobre elas, mas ao seu entorno”.
Registros semelhantes foram encontrados também em
regiões do Rio Grande do Norte e do Ceará. A presença em conjunto das pegadas e
petróglifos sugere ainda que as marcas ou as criaturas que as deixaram para
trás eram partes de rituais ou cerimônias do povo que ocupou todo esse território.
A descoberta de pegadas de dinossauros junto aos
registros humanos mostra que a relação dos povos originários com os fósseis
existia bem antes da chegada dos europeus e ainda bem antes dos povos indígenas.
“Por essas e outras razões, os fósseis são considerados patrimônios culturais. Ajudam
a contar não só a história de seres muito antigos que viveram no nosso planeta,
mas também a nossa própria história e nossa própria relação com o mundo
natural”, diz Aline.
Enorme gratidão aos arqueólogos, paleontólogos e
demais pesquisadores que, com extrema dedicação e competência, escrevem a história
primitiva do planeta Terra. Enfim, vivendo e aprendendo. #RicoAprendizado
Junji
Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São
Paulo
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