quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Mestres do saber

Houve um tempo em que investir em educação se resumia em abrir escolas. Tudo gravitava em torno de obras. Se faltava dinheiro para erguer um prédio, contêiner virava unidade escolar. Mais de 40 alunos e o professor, literalmente, enlatados no espaço improvisado. Essa visão simplista, típica da miopia aguda que acometeu o poder público, marginalizava os agentes da missão de educar. Era como se uma orquestra pudesse existir só com instrumentos. Sem músicos. Foi a política adotada pelo governo paulista até meados dos anos 90 – e só mudou a partir da gestão do saudoso Mário Covas. 

Anos a fio de rotina de trabalho sem a devida valorização, longe dos cursos de reciclagem e de outras atividades para o aperfeiçoamento profissional minam a disposição e embotam a criatividade do mais abnegado trabalhador. Paralelamente, sedimentam a acomodação e fomentam a resistência para inovações. 

Ninguém que trabalha insatisfeito produz bem. E não vive bem. Um professor desmotivado pode gerar estudantes desinteressados. Igualmente, pode ser até indiferente com os pais dos alunos. Um educador desatualizado corre o risco de perder o respeito da classe, dos colegas e, por tabela, de quem mora na região onde atua. Resultado: aprendizado comprometido e relacionamento ruim com a comunidade. 

Para alavancar o processo de evolução do ensino, é preciso ter prédios bem planejados, equipamentos de ponta e remuneração compatível dos profissionais. Mas, também é fundamental o esforço mútuo do poder público e dos educadores, com a participação da comunidade. Neste quesito, é vital resgatar a educação familiar. Os pais precisam saber pregar aos filhos o senso de responsabilidade, do que é correto, ético e moral. Antigamente, havia rigor na chamada criação. A conduta começou a mudar e, aos poucos, a carga acabou transferida para os educadores, o que sobrecarregou os profissionais do ensino. E isto não é certo. 

Enquanto prefeito de Mogi das Cruzes, com mais de 400 mil habitantes, investimos pesado nos profissionais para alcançar a meta do ensino de qualidade, sempre baseados no conceito que descrevi. Lidamos com o ser humano que é cada integrante do Sistema Municipal de Ensino. Não se obriga um professor a aprender a ensinar melhor. Esse desejo precisa ser despertado e cultivado. 

Deixamos a administração em 2008 com a certeza de que 100% dos educadores perseguem o objetivo de ensinar cada vez melhor. Em apenas um ano, os mais de 1,5 mil profissionais da rede municipal preencheram as perto de 10 mil vagas oferecidas em cursos, oficinas, palestras e workshops, todos voltados à capacitação profissional. 

A construção do prédio do Cemforpe (Centro Municipal de Formação Pedagógica) coroa o bem-sucedido plano de ações para o desenvolvimento e aprimoramento profissional. É um equipamento apropriado para os educadores orquestrarem o ensino de qualidade. Vem de Mogi das Cruzes o exemplo que pode e deve ser aproveitado em nível nacional. 

"Significa profissionais valorizados e qualificados para uma ação pedagógica
 cada vez mais eficiente numa rede escolar integrada com a comunidade
e capaz de consolidar avanços necessários na educação"
Significa garantir que os alunos sejam atendidos por profissionais valorizados e qualificados para uma ação pedagógica cada vez mais eficiente numa rede escolar integrada com a comunidade e capaz de consolidar os avanços necessários na educação. Não apenas em estrutura física. Mas, principalmente, na dinâmica de ensinar e aprender. Com prazer. E todo dia, porque o aprendizado do ser humano é infinito. E vamos combinar: não há como tornar real a implantação do tempo integral nas escolas, do Infantil ao Ensino Médio, sem a devida valorização do professor. Afinal, é ele quem constrói os futuros profissionais. Parabéns, professora! Parabéns, professor!


Junji Abe é deputado federal pelo PSD-SP

sábado, 4 de outubro de 2014

Voto e confiança

                                                           "Com as certezas que trago na alma, peço muito mais que o seu voto. Peço que me doe a sua confiança"
Neste domingo, cada brasileiro tem nas mãos o único caminho para mudar o que tanto critica e tornar real aquilo de que precisa para viver melhor. É o meio de cada um exercer seu sagrado direito de escolher seus representantes no poder. E de fazer valer sua vontade. 


Todo cidadão de bem deseja viver num País melhor, num Estado bem estruturado, numa cidade agradável. Quer atendimento decente em todos os serviços públicos, por meio de gestão eficiente. O instrumento ideal de manifestação com efeito prático chama-se voto. É fundamental dedicar um tempinho para analisar os candidatos, conhecer seu passado, suas propostas, seu jeito de fazer política. A transparência é um ponto crucial para quem quer que se proponha a atuar na vida pública, porque não pode se dar ao luxo de manter suas ideias e atos em segredo.


Na véspera da prova das urnas, recordo-me com emoção das enormes demonstrações de carinho que recebi durante a campanha. Significam confiança – a palavra mais importante no vocabulário eleitoral. Ela simplesmente brota. Pode prosperar ou morrer. Muitas vezes, nem desabrocha. Confiança é sublime. Não se arranca nem se empresta. Confiança só existe quando é doada. 



Ao longo da jornada política, recebi preciosas lições. De todas, as mais importantes sempre vieram do povo. Fazer da população minha principal consultora foi meu ato mais acertado na vida pública. Não por menos, sete em cada dez projetos que apresentei na Câmara dos Deputados – e que me colocaram como o 13º melhor deputado do Brasil entre 513 parlamentares, segundo a Revista Veja – vieram de sugestões da comunidade. 

Sempre valorizei o relacionamento humano com todas as glórias e dificuldades que ele traz. Nunca me privei da dádiva de interagir com as pessoas para compartilhar ideias, buscar soluções, discutir planos, avaliar ações, tratar dos mais variados assuntos. Acredito que a conciliação verdadeira só pode sair da diversidade. 

Ao pedir uma oportunidade para continuar representando você em Brasília, sou o único responsável pela avaliação que fará de mim. Continuo acreditando que a confiança é o bem maior que um político pode conquistar e tem de preservar. Continuo acreditando na força do povo, na sua capacidade de escolher e de fazer valer sua vontade. 

Metade de mim traz a experiência, as lições extraídas dos quase 40 anos de dedicação à vida pública, a certeza de aprender mais e mais, uma gigantesca força de trabalho, o inesgotável desejo de servir sempre melhor o meu povo e a fé inquebrantável de que sou capaz de corresponder às expectativas de cada um que confia em mim. A outra metade de mim é tudo isto também.

Com esses sentimentos, caminho para o domingo de eleições. Com as certezas que trago na alma, peço muito mais que o seu voto. Peço que me doe a sua confiança. E deposite em mim a fé de que eu continue fazendo o meu melhor no exercício das funções públicas. Sou candidato a Deputado Federal e meu número é 5566.


 Junji Abe é deputado federal pelo PSD-SP e candidato à reeleição #Federal5566