sexta-feira, 31 de julho de 2020

Cores do inverno


Das milhares de frases sobre flores, todas lindas, escolhi uma para embasar meu modesto texto neste precioso espaço: “Fiz a escalada da montanha da vida removendo pedras e plantando flores”. É uma citação da inesquecível poetisa e contista brasileira Cora Coralina.

Mesmo num País tropical e com dimensão continental como o nosso, Deus, em Sua perfeição, criou estações do ano inter-relacionadas, uma dependente da outra. Exatamente como são os seres vivos. Como estamos no período invernal, em todos os países do hemisfério norte, os vegetais estão hibernando. Porém, no fantástico Brasil, em pleno inverno, florescem inigualáveis ipês amarelos e roxos, o manacá-da-serra que nos presenteia com suas multicoloridas flores. Todas as espécies preparam uma maravilhosa primavera que, de fato, é a estação tradicional e farta de flores.

Com reflexão inspirada na frase de Cora Coralina, digo que o inverno é a preciosa pedra que prepara a exuberante primavera, com as multicoloridas, lindas e perfumadas flores.

Permitam-me mostrar nosso pequeno jardim. Há aproximadamente 30 anos, plantamos com muito amor algumas espécies que todo ano, em pleno inverno, florescem, irradiando alegria, paz e amor.

Fiz questão de fotografá-las e manifestar toda minha gratidão. São azaleias, bico-de-papagaio, esplendorosas rosas e a linda orquídea chuva de ouro, da rica biodiversidade da nossa Serra do Mar. Divido com vocês um pouco de alegria, cor, beleza e amor. #FloresParaVocê



Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

terça-feira, 28 de julho de 2020

Dia do Agricultor

O agronegócio sempre foi e continua sendo a principal mola propulsora da economia brasileira. Mesmo em tempos de pandemia, a agropecuária carrega o Brasil nas costas, bombando com safras recordes. 

Nada mais justo que uma grande homenagem ao agricultor. Apesar da modernização e da alta tecnologia, ele trabalha sem parar para alimentar a população 24 horas por dia. Chova ou faça sol, da madrugada à noite, sem domingo, feriado nem dia santo. Faz isso anonimamente, sem esperar o devido respeito, reconhecimento ou gratidão. A maioria das pessoas ignora esses fatos, por desconhecimento dessa nobre atividade econômica.

Como alguém já disse: "Pelo menos, uma vez na vida, precisamos de um advogado, um médico ou um arquiteto. Mas, no mínimo, três vezes por dia, precisamos de um agricultor."

Foram os agricultores gaúchos e paranaenses que, preponderantemente, atenderam ao chamado do governo para, com o apoio da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária, desbravar os cerrados do centro-oeste brasileiro. Transformaram terras estéreis em solo altamente produtivo, verdadeiro celeiro de alimentos do mundo. Isto ocorreu há décadas, sem terem abandonado suas lavouras nos estados de origem.

Mais tarde, agricultores paulistas, catarinenses, mineiros, goianos, baianos e de alguns estados do Nordeste, junto aos matogrossenses e paraenses, também se aventuraram nos cerrados e todos juntos abastecem os brasileiros e o mundo com soja, milho, arroz, trigo, feijão e algodão, além da pecuária de corte.

Destacam-se ainda, os grandes e médios fruticultores que, com alta tecnologia e irrigação, às margens do Rio São Francisco, cultivam enormes áreas com melão, abacaxi, melancia e uva.

Merecem registro também, com igual ênfase, a produção de ovos e frango de corte, exercida pelos grandes avicultores. Ao mesmo tempo, municiam as indústrias beneficiadoras e transformadoras do Brasil e de centenas de outras nações.

O que dizer dos míni, pequenos e médios agricultores, incluindo a agricultura familiar, localizados nos famosos cinturões verdes? Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, desponta como referência nacional na produção de hortifrutiflorigranjeiros. Cabe a esses heroicos agricultores a responsabilidade de levar aos brasileiros todo dia, o ano inteiro, com fartura, verduras, legumes, tubérculos, bulbos, frutas, ovos e leite, entre outros itens. Sem exagero, são produtores de saúde, tamanha a importância desses alimentos na nossa dieta diária.



Os hortifrutiflorigrangeiros são produzidos à céu aberto. Altamente perecíveis, são como bebês que demandam atenção e dedicação integral. Da semeadura à mesa do consumidor.  

Não podemos esquecer dos pequenos produtores de flores e plantas ornamentais. São itens que fortalecem as relações humanas, perfumam os lares e os ambientes comerciais, além de servirem como colírio aos olhos de todos.

Por justiça, respeito, admiração e profunda gratidão,  homenageamos, com honra e emoção, todos os agricultores do Brasil! Que Deus continue abençoando cada um de vocês! Hoje e sempre! #Gratidão #AgricultorBrasileiro

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Direito do papel passado


Tenho muito orgulho de estar colaborando para que cada vez mais moradores da nossa Mogi das Cruzes recebam os títulos das propriedades onde vivem. Recentemente, 112 famílias da Vila Nova Cintra e de Jundiapeba foram contempladas no processo de regularização fundiária, efetivado com parte dos recursos de uma das emendas parlamentares que destinei ao Município, enquanto deputado federal.

A regularização fundiária é um benefício social que custa caro para o Município. Como deputado federal, busquei ajudar a Prefeitura a manter o trabalho, atendendo pedido intermediado pelo então vereador e hoje vice-prefeito Juliano Abe. Ele e o prefeito Marcus Melo, com o apoio dos vereadores, têm trabalhado muito para garantir a moradores dos mais diversos bairros a oportunidade de serem donos de seus imóveis, de fato e de direito.



Até o final do ano, mais de 700 famílias mogianas terão recebido os títulos de propriedade de suas residências. Na Vila Nova União, além dos 168 títulos a serem entregues ainda neste ano, outros 630 chegarão aos seus destinatários em 2021. 

É um enorme alento ver prosperar iniciativas para solucionar um problema que já era muito sério no ano 2000. A inexistência de ações voltadas à legalização de assentamentos irregulares foi um dos temas recorrentes nas reuniões feitas nos bairros, durante a campanha eleitoral, para elaboração do nosso PGP – Plano de Governo Participativo. Ao assumir a Prefeitura, criamos o Programa Moradia Legal, que contemplou milhares de mogianos com títulos de propriedade. O trabalho de regularização fundiária começou no Distrito de Jundiapeba em 2001.

Ações de regularização fundiária também foram esmiuçadas no Plano Municipal de Habitação de Interesse Social, em 2008, durante nossa 2a gestão como prefeito. Desenvolvido por meio do Conselho da Cidade, o estudo integra o Plano Diretor e trazia diretrizes para os investimentos em moradia nos 20 anos seguintes. Para dar suporte ao trabalho, havia o diagnóstico habitacional realizado pelo Ibam – Instituto Brasileiro de Administração Municipal.

Na época, o levantamento constatou mais de 3 mil moradias com irregularidades fundiárias, incluindo aquelas erguidas em locais de proteção ambiental. Somadas às habitações edificadas em áreas de risco, sob constante ameaça de deslizamentos de terra, desabamentos ou alagamentos, o total de assentamentos precários chegava a quase 6 mil.

Ser dono de um imóvel de fato, mas não de direito, é um sofrimento que atinge milhares de famílias nas áreas urbanas. É gente que comprou e mora há anos, décadas até, num imóvel, mas não pode comprovar que é seu. Por razões diversas, a pessoa não consegue o título de propriedade. Isso faz com que a regularização fundiária seja imprescindível nas políticas públicas para garantir segurança jurídica ao cidadãos. Parabéns, prefeito Marcus Melo e vice Juliano Abe, por materializarem o direito do papel passado! #RegularizaçãoFundiária

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

terça-feira, 21 de julho de 2020

Isto também vai passar


#IstoTambémVaiPassar – É o título de uma parábola que compartilho para levar um pouco de alento aos tempos difíceis e conclamar a humildade para os momentos de êxito. Chama a atenção para a condição passageira de todos os eventos, onde é imperioso manter a serenidade e o coração aberto.  Tudo passa. E isto também vai passar!
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Havia um rei e ele disse certa vez aos sábios da corte: tenho um anel com um dos melhores diamantes do mundo e quero esconder uma mensagem embaixo da pedra que possa ser útil em uma situação de extremo desespero. Vou dar este anel aos meus herdeiros e quero que ele sirva fielmente. Pense em que tipo de mensagem estará lá. Deve ser muito curta para caber no anel.

Os sábios sabiam escrever tratados, mas não se expressaram em uma frase curta. Eles pensaram e pensaram, mas não apresentaram nada.

O rei queixou-se do fracasso de seu empreendimento com um velho servo fiel que o criou desde a infância e fazia parte da família. E o velho disse-lhe:

"Não sou um sábio, não sou culto, mas conheço essa mensagem. Por muitos anos vividos ​​no palácio, conheci muitas pessoas. E uma vez servi a um místico visitante que seu pai convidou. E ele me deu essa mensagem. Peço que você não leia agora. Salve-a embaixo da pedra e abra-a apenas quando não houver saída.
O rei ouviu o velho servo.

Depois de algum tempo, os inimigos atacaram o país e o rei perdeu a guerra. Ele fugiu em seu cavalo e seus inimigos o perseguiram. Ele estava sozinho, seus inimigos eram muitos. Ele foi até o fim da estrada. Havia um enorme penhasco profundo diante dele, se ele caísse lá, era o fim. Ele não podia voltar, pois os inimigos estavam se aproximando. Ele já ouvia o barulho dos cascos dos cavalos. Ele não tinha saída. Ele estava em completo desespero.

E então ele se lembrou do anel. Ele abriu e encontrou uma inscrição: "Isto também vai passar."

Depois de ler a mensagem, ele sentiu que tudo estava em silêncio. Aparentemente, os perseguidores se perderam e seguiram na direção errada. Cavalos não eram mais ouvidos.

O rei ficou cheio de gratidão ao servo e ao místico desconhecido. As palavras eram poderosas. Ele fechou o anel. E partiu na estrada. Ele reuniu seu exército e retornou seu estado.

No dia em que ele voltou ao palácio, eles organizaram uma reunião magnífica, um banquete para o mundo inteiro - o povo amava seu rei. O rei estava feliz e orgulhoso.

O velho criado aproximou-se dele e disse baixinho: "Mesmo neste momento, olhe a mensagem novamente."

O rei disse: "Agora sou vencedor, as pessoas estão comemorando meu retorno, não estou desesperado, nem em uma situação desesperançosa".

"Ouça este velho servo", respondeu o servo. “A mensagem funciona não apenas em momentos em que tudo está ruim, mas também em momentos de vitória.”

O rei abriu o anel e leu:
"Isto também vai passar."

E novamente ele sentiu um silêncio cair sobre ele, apesar de estar no meio de uma multidão barulhenta e dançante. Seu orgulho se dissolveu. Ele entendeu a mensagem. Ele era um homem sábio.

E então o velho disse ao rei: “Você se lembra de tudo o que aconteceu com você? Nada e nenhum sentimento são permanentes. À medida que a noite muda o dia, momentos de alegria e desespero se substituem. Aceite-os como a natureza das coisas, como parte da vida”.



Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Protegendo o verde


17 de Julho é Dia de Proteção às Florestas. Para nós, que temos as maiores reservas florestais do planeta, mais do que orgulho, é obrigação cívica e patriótica defendê-las com unhas e dentes. Apesar de muitas perdas, quem tem a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica, a Serra da Mantiqueira e outras importantes porções verdes, tem a responsabilidade de lutar com alma e determinação contra os desmatamentos.

Florestas são sinônimo de vida, de recursos hídricos, de fauna, de flora e outras riquezas naturais. Embora a maioria conheça a importância da reserva verde, nunca é demais reforçar a conscientização ambiental. Sem a densa cobertura vegetal, jamais teríamos o Rio Amazonas, o Rio São Francisco, o Rio Paraná, o Rio Tietê e o Rio Tocantins-Araguaia, entre outros.



Graças à natureza, que nos presenteou com esses rios, temos acesso à água para matar a sede, a possibilidade de implantar hidrelétricas para garantir eletricidade em abundância e a viabilidade para maior produção de alimentos destinados ao mercado interno e ao consumo mundial.

Portanto, o meio ambiente, a saúde, a economia e o social devem, sem sombra de dúvida, à dadivosa natureza com as ricas florestas.  #SalveBiodiversidade

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

terça-feira, 14 de julho de 2020

Dia de luta


Talvez, uma pequena parcela do povo brasileiro saiba que comemoramos o Dia Mundial da Liberdade de Pensamento. Esse sentimento sagrado é privilégio, em geral, da população que desfruta do regime democrático.



A origem da data está ligada à queda da Bastilha, que era uma prisão política em Paris, na França. Sua derrubada marca, simbolicamente, o início da importante Revolução Francesa. Na verdade, não pode ser vista como uma data festiva: 14 de Julho simboliza um dia de luta!

A liberdade de pensamento é um direito humano de suma importância para a construção de sociedades livres, plurais e democráticas. A Constituição Brasileira dispõe do artigo 5º “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”. Os termos são: IV – É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; VI – É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias; VIII – Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; X – É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.

Não podemos esquecer que, ciclicamente, o mundo, como também a Pátria Brasileira, enfrentam momentos difíceis no que se refere às garantias fundamentais e ao respeito aos direitos humanos. Setores retrógrados, radicais e obscurantistas buscam coibir a pluralidade de pensamentos e opiniões. Até a imprensa livre recebe ataques cerrados que buscam encobrir fatos de notório interesse público, com desqualificação de jornalistas e de veículos de comunicação, notadamente, com a chegada das redes sociais, onde a disseminação de fake news tem sido instrumento de manipulação da opinião pública.

Por outro lado, observamos a brava resistência de jornalistas, professores, intelectuais, artistas, lideranças políticas e religiosas, concentrados na defesa intransigente da liberdade de pensamento.

Nosso respeito, reconhecimento e gratidão a todos que lutam pelo regime democrático, onde se insere a liberdade de pensamento como esteio, sem amarras e, sobretudo, sem medo de se expressar! #Viva14deJulho #VivaDiaMundialDaLiberdadeDePensamento

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

quinta-feira, 9 de julho de 2020

Revolução constitucionalista

Por quê 9 de Julho é feriado somente no Estado de São Paulo? Neste ano, houve antecipação para 25 de maio, por causa da pandemia, mas 9 de Julho é a data em que comemoramos a Revolução Constitucionalista de 1932. Foi um movimento armado que resultou da revolta generalizada neste Estado contra o governo de Getúlio Vargas. Ele assumira o poder em 1930, com golpe de Estado. Depusera o então presidente Washington Luís, legitimamente eleito pelo povo, impedindo a posse do seu sucessor. Ressalvadas as devidas diferenças, há uma certa semelhança com a Revolução de 1964, quando os militares derrubaram o governo do presidente João Goulart e implantaram o regime militar.

Naquele ano de 1932, uniram-se São Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia, Minas Gerais e Mato Grosso. Entretanto, o enfrentamento com lutas e mortes, ficou praticamente sob a responsabilidade dos paulistas. Eles se insurgiram contra a ditadura Vargas que, desrespeitando a Constituição Brasileira, instalou a privação da liberdade, o desrespeito aos direitos do cidadão e a intervenção total na imprensa livre, além de destruir o regime político, sepultando a realização de eleições livres e democráticas.

Os historiadores são unânimes em afirmar que, apesar da derrota, os paulistas deixaram o grande legado da valorização dos preceitos democráticos e da participação popular. Fortaleceu-se o conceito de cidadania, assim como a vigilância mais próxima de governados sobre os governantes. A comemoração do 9 de Julho no Estado de São Paulo homenageia os milhares de mortos que, na linha de frente da batalha, enfrentaram forças poderosas da ditadura Vargas. O estado paulista se levantou em armas por uma Constituição e conseguiu, mesmo perdendo a revolução, que o caminho fosse pavimentado para a Constituição.

O espaço é minúsculo para detalhar a gloriosa luta dos paulistas em prol da democracia. Vale a lembrança! Na cidade de São Paulo e em centenas de outros municípios paulistas, a Revolução Constitucionalista de 1932 ocupa espaços físicos sob a forma de denominação de vias públicas e monumentos. São os casos das avenidas 9 de Julho e 23 de Maio, além do Obelisco que conhecemos como mausoléu do Ibirapuera, em homenagem aos combatentes, da criação do complexo Universidade de São Paulo (USP), por meio do Largo São Francisco, e da Escola Politécnica, entre outros, incluindo marcos nos Vales do Ribeira e do Paraíba, onde ocorreram ferozes combates.

Faço essas considerações porque é nossa responsabilidade, como povo e como Pátria, defendermos intransigentemente o regime democrático com eleições livres, a liberdade de expressão, a imprensa livre e os direitos sagrados dos cidadãos!


(Imagem: O Vale)

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

terça-feira, 7 de julho de 2020

Nuvem de gafanhotos


#NuvemDeGafanhotos – Acho que já ouviram falar dela. Por culpa do ser humano, notadamente pela devastação de florestas que, ao longo de séculos, transformaram-se em monocultura de enormes plantações. Esta é a razão primordial da invasão de bilhões de gafanhotos que atacam os cultivos para se alimentar.

Há dois meses, essa nuvem de gafanhotos invadiu as províncias argentinas de Santa Fé, Córdoba, Chico e adjacências e, em questão de dias, devorou todas as plantações de soja, trigo, arroz, milho e pastagens. Em seguida, invadiu o Uruguai e ameaça penetrar no Brasil para destruir lavouras e pastagens do Rio Grande do Sul.

Para se ter ideia, podem haver 40 milhões de gafanhotos por Km², devastando, num único dia, o equivalente ao consumo alimentar de 2 mil vacas ou 35 mil pessoas. A velocidade de locomoção dos insetos permite percorrer 150 quilômetros num único dia. É uma situação de enorme gravidade para o judiado planeta Terra, com consequências trágicas aos seres humanos.

Por outro lado, muitas nações transformam os gafanhotos em excelente ração para aves. E seria cômico se não fosse trágico! Com todo respeito às diferenças e aos diferentes, fato é que  
muitos povoados de países asiáticos consomem gafanhotos como verdadeiras iguarias.

Compartilho o vídeo, replicado pela TV Exemplo, que mostra o preparo caprichado de gafanhotos na culinária humana. Como dizia o cientista francês, Antoine Lavoisier: “Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.





Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

sexta-feira, 3 de julho de 2020

+Mogi EcoTietê


Em todo este longo período de enfrentamento da pandemia, pululam notícias, tristes, preocupantes e pessimistas. Na condição de cidadão mogiano, hoje, desejo amplificar uma ótima notícia! Trata-se de um enorme investimento da Prefeitura de Mogi das Cruzes/SP, de mais de R$ 365 milhões, nas áreas socioambiental, de saneamento básico e mobilidade urbana, por meio do Programa +Mogi Ecotietê.

Da série de importantes obras, destaca-se a ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), no Distrito de Cesar de Souza, ao lado do Parque Centenário, que proporcionará a retomada das obras paradas de interligações da rede de esgotos do Mogilar, Ponte Grande, Rodeio e adjacências. E avançar, sistematicamente, no recolhimento e tratamento de esgotos de vastas áreas de César de Souza e Botujuru, contribuindo no esforço hercúleo de despoluir o Rio Tietê.

Lembro que a implantação da ETE e da Estação de Tratamento de Água (ETA), na Av. João XXIII, Bairro do Socorro, junto com outras obras, resultaram de um gigantesco investimento, da ordem de R$ 70 milhões, em nossa segunda gestão como prefeito (2005-2008).

Merece registro também no +Mogi Ecotietê a implantação do Corredor Nordeste da Cidade, visando a mobilidade urbana, principalmente em benefício da população do Distrito de César de Souza, extremamente sufocada de tempos para cá, em função do crescente desenvolvimento dessa região leste mogiana.



Fico imensamente feliz, visto que a elaboração do projeto do Corredor Nordeste foi bancada por meio de uma emenda parlamentar de minha autoria, enquanto deputado federal. O pedido de recursos partiu do vice-prefeito Juliano Abe, representando o prefeito Marcus Melo.

O eixo socioambiental do +Mogi Ecotietê dá continuidade aos avanços que iniciamos como prefeito. Serão dois parques: um na Av. Francisco Rodrigues Filho e o outro na Av. Antônio de Almeida, além da ampliação do Parque Centenário que implantamos em 2008. Representam mais qualidade de vida e impulso à preservação da biodiversidade.

Esse gigantesco investimento da Prefeitura também propiciará a geração de 250 empregos diretos e milhares de indiretos, numa época em que a economia nacional e mundial andam de marcha à ré. A despoluição quase total do Rio Tietê em Mogi das Cruzes será um benefício incontestável ao povo paulista, principalmente às centenas de cidades às margens dele.

Saúde, economia, meio ambiente, mobilidade urbana e área social agradecem imensamente! Felicitações e calorosos aplausos aos vereadores pelo integral apoio à iniciativa de alta sensibilidade e incrível determinação do prefeito Marcus Melo e do vice Juliano Abe! Ao lado de valorosa equipe, todos trabalham com vigor em benefício da sociedade mogiana, paulista e brasileira. Parabéns e muito obrigado! #TodaGratidão #RevolucionárioEcoTietê    

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo