terça-feira, 30 de maio de 2023

Amor à Terceira Idade

 

#TerceiraIdade – Amigas e amigos, em todos os países, sem exceção, a população idosa vem aumentando ao longo dos anos. A longevidade se faz presente, independente das condições sociais das nações. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), após o censo de 2022, registrou 208 milhões de habitantes no Brasil. Em 10 anos, a população acima de 60 anos cresceu 15% ou 31,23 milhões de pessoas.

 

Autoridades públicas e a própria população não estão preparados para lidar com os idosos. Faltam políticas públicas que envolvam a velhice, enquanto sociedade. São prementes os projetos, programas e ações para melhorar, primeiramente, as condições de saúde dos idosos.

 

Na vida cotidiana, é fundamental o tratamento carinhoso e respeitoso aos veteranos, com abordagem de igual para igual, sem infantilizá-los. Os idosos não gostam de ficar à margem de quaisquer decisões que envolvam a eles e a seus familiares. É essencial preservar sua autonomia! Eis algumas regras importantes:

 

Respeitar a história de vida; incentivar, reconhecer a independência e a capacidade de cuidarem de si mesmos; valorizar sua liberdade de tomar decisões e fazer escolhas; cuidar da autoestima e da dignidade; não expor suas vidas a outras pessoas sem seu consentimento.

 

A ideia de que os idosos são frágeis é falsa. São muito mais experientes, em razão de terem vivenciado alegrias e tristezas, sucessos e dificuldades e tantas outras complexas situações que, um dia, os jovens também experimentarão. Evidente que quando tiverem dificuldades de comunicação, locomoção, saúde ou financeira e, principalmente, sofrerem de solidão, os familiares precisam acudi-los de pronto! 

 

Cabe aos familiares terem sensibilidade permanente em relação aos idosos, distinguindo enquanto vivem como casais e após o falecimento de uma das partes. A observação ininterrupta dos veteranos é obrigação dos familiares.

 


Como prefeito de Mogi das Cruzes, implementamos na 2ª gestão (2005-2008) um vitorioso projeto chamado Pró-Híper. Trata-se de um local adequado para participação diária dos idosos em programas sociais, de conhecimento, de comunicação, de entretenimento, de lazer e de esporte, incluindo piscina aquecida para hidroginástica. As atividades objetivam tirar os idosos do isolamento. Recentemente, visitei o Pró-Híper (foto) e, com convicção, reafirmo que um dos maiores males da velhice é a solidão. #AmorAosVeteranos

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

sexta-feira, 26 de maio de 2023

Tradição italiana

 

#MuroNaPraia – Com perplexidade, vi a manchete: “Homens e mulheres separados. Por que praia italiana mantém muro na areia?” De pronto, me questionei se seria possível a intolerância, o preconceito e o conservadorismo em relação a gêneros estarem tão fortes em pleno século 21, embora a Itália seja a sede do Vaticano. Com o avançar da leitura, entendi a história e achei interessante dividi-la com vocês.

 

O fato ocorre na cidade de Trieste, região nordeste da Itália. A praia chama-se La Lanterna em alusão ao farol (erguido em 1832 e atualmente extinto) e separa homens e mulheres nas areias por um muro que se dirige mar adentro. Começou a receber banhistas no início do século 19, quando ainda pertencia à Áustria, ocasião em que o então Imperador Francisco I iniciou a construção de estruturas de suporte aos balneários. Com o domínio italiano, entre 1890 e 1903, foram inauguradas casas de banho com chuveiros para os turistas. 

 

A primitiva cerca deu lugar, nos anos de 1930, ao muro de alvenaria e, em meados de 1938, começou a cobrança de entrada para fazer frente aos custos de manutenção de chuveiros, banheiros e limpeza em geral. Durante a 2ª Guerra Mundial, cobrava-se preços baixíssimos em prol de famílias humildes. Os valores permanecem simbólicos.

 

Em 1959, o muro foi demolido por um breve período. Porém, rapidamente reerguido, com mais de 3 metros de altura. A parte feminina é mais lotada, visto que pode receber crianças masculinas de até 12 anos junto com as mães.

Autoridades sugeriram a derrubada do muro, mas não houve sucesso porque a divisão tem apoio popular. O muro da praia de La Lanterna segue firme, com restauração total de suas casas de banho, em 2009, sem perder o estilo do século passado.

 

Conforme a imprensa, o motivo do apoio integral ao muro nada tem a ver com discriminação, intolerância, conservadorismo ou machismo. A divisão é vista como instrumento de liberdade para topless na areia ou diversão com amigos, sem o receio da observação pelo sexo oposto. Em 2016, a praia foi tema do documentário grego “A Última Praia”, exibido no Festival de Cinema de Cannes, retratando as relações e comportamentos dos frequentadores.

   

Pular o muro só é permitido em casos especiais, como enfermeiras acompanhando pacientes idosos ou médicos que adentram o lado feminino para prestar socorro. Tamanho é o movimento que, além das estruturas tradicionais, durante a alta temporada, a praia tem barreiras flutuantes e painéis antipoluição para segurança e manutenção da qualidade da água. Em 2023, a praia está à disposição todos os dias da semana, das 9 às 17 horas, com preço do ingresso a 1 euro ou pouco mais de R$ 5. #TradiçãoItaliana

 

(Imagem: picture alliance/picture alliance via Getty Image)

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

terça-feira, 23 de maio de 2023

Enfim, desassoreamento!

 

#RioTietê – Notícia estampada no jornal regional O Diário, em 23/03, destaca que o governo do Estado, finalmente, vai executar o desassoreamento do lendário e importante Rio Tietê, no trecho entre Mogi das Cruzes e Itaquaquecetuba, a partir do 2º semestre deste ano.

 

Torcemos para que, desta vez, o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) concretize a obra, compromissada há anos com o Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat). Vale lembrar do dito popular: “Promessa é Compromisso”.

 


A obra é fundamental para conter as sucessivas enchentes e alagamentos no período de verão, com as intensas chuvas, que levam prejuízos incalculáveis a milhões de famílias. É imprescindível o desassoreamento, com a retirada de areia, terra, lodo e outros dejetos do leito do rio, para o aumento da vazão. Aliás, é uma obra que deveria ser executada, no mínimo, a cada 3 anos, durante o outono, inverno e primavera.

 

As autoridades e a população têm o dever de defender e preservar o meio ambiente, principalmente os cursos d’água, com muita dedicação, respeito e amor. As mãos de Deus estabeleceram o caminho inverso ao Rio Tietê, que nasce na Serra do Mar, a 22 quilômetros do Oceano Atlântico, em Salesópolis. Porém, percorre em direção contrária todo o território paulista, numa distância de 1.136 quilômetros. Passa por 62 municípios paulistas até desembocar no Rio Paraná, fronteira com Mato Grosso do Sul.

 

A história registra que o Rio Tietê serviu para navegação e orientação aos heroicos Bandeirantes, responsáveis pelo desbravamento dos sertões, fundando centenas de novas vilas. As águas do Tietê misturam-se às do Rio Paraná que, por sua vez, recebe as águas do Rio Paraguai, beneficiando esse país. Deságua no Rio da Prata, na Bacia do Prata (entre Uruguai e Argentina) e, finalmente, desemboca no Oceano Atlântico, percorrendo ao todo mais de 5.600 quilômetros. Sem esquecer que, antes, beneficia os povos do Brasil e Paraguai com a Usina Hidrelétrica Binacional de Itaipu.

 

No Rio Tietê, temos as construções de barragens para regularização de cheias e abastecimento, represas hidrelétricas e inúmeras atividades de ordem econômica, como navegação, turismo e lazer, imprescindíveis para a melhoria da qualidade de vida da população e para o desenvolvimento sustentável. #EnfimDesassoreamento

 

(Foto: Arquivo – O Diário)

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

sexta-feira, 19 de maio de 2023

Cuidado sempre

 


#EnganosPerigosíssimos – “Padre batiza recém-nascida com ácido em vez de água benta”, registrou, em manchete, o UOL-Notícias, de 20 de março último. O caso ocorreu em Villafranca Terrena, na Itália. Acreditando ser água benta, o padre derramou ácido sobre a bebê de 8 meses, durante a cerimônia de batismo.

 

Um pouco do líquido caiu na mão do padrinho, que logo sentiu a pele queimando. Ele avisou o padre que interrompeu o ritual. Entretanto, algumas gotas caíram no pescoço da bebê, causando queimação. Ela foi levada ao hospital, mas não precisou ser internada e passa bem. Segundo a imprensa local (Gazzeta Del Sud), um coroinha teria encontrado a garrafa no banheiro da igreja, com um dedo de um líquido transparente, que acreditou ser água. Ingenuamente, ele completou o recipiente com água e levou à pia batismal, antes da cerimônia.

 

São acontecimentos raros, em que não existem culpados ou pessoas com intenção de causar o mal. Os pais e os padrinhos da bebê não formalizaram queixa à polícia por entenderem ter sido um acidente, sem culpa e muito menos dolo do padre e do coroinha.

 

Outro caso que abalou a indústria cinematográfica ocorreu no dia 21/10/2021, no set do filme Rust (faroeste), no estado americano do Novo México, quando o famoso ator e produtor americano Alec Baldwin, obedecendo ao script, disparou a arma cenográfica que, ao invés de balas de festim, estava carregada com balas reais. Acabou atingindo a diretora de fotografia Halyna Hutchins (42) que, transportada de helicóptero para o hospital, não resistiu e faleceu. Outra vítima, o diretor do filme Joel Souza, atingido no ombro, sobreviveu. “Não há palavras para expressar meu choque e tristeza em relação ao trágico acidente que tirou a vida de Halyna Hutchins, esposa, mãe e nossa colega profundamente admirada”, disse Baldwin, chorando.

 

Baldwin responde a processo por homicídio culposo (sem intenção de matar). O responsável por armas no set, Hannah Gutierrez Reed, também foi indiciado. Além dos dois, o 1º assistente de direção do filme, Dave Halls, que entregou a arma ao ator, declarou-se culpado à polícia por uso negligente de arma letal.

 

Falhas e erros acontecem e são normais em nossa existência. Mas, rememoremos ditos populares, que são alertas importantes: “Quem é apressado acaba fazendo as coisas mal feitas”; “Apressado come cru”. #CuidadoSempre

 


(Imagem 1: fotograv/Getty Images/iStockphoto; Imagem 2: Ator Alec Baldwin e a diretora de fotografia Halyna Hutchins — Foto: Sonia Recchia/Getty Images/AFP; Angela Weiss/AFP)

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

domingo, 14 de maio de 2023

Salve as Mães!

 

#DiaDasMaravilhosas – Todos os dias, devemos reverenciar nossas mamães. São extraordinárias guerreiras, que cuidam de seus afazeres familiares, domésticos e profissionais o tempo todo, além de se dedicarem ao ensinamento de seus filhos, com profundo empenho e amor. Neste domingo, Dia das Mães, vamos fortalecer nosso carinho, gratidão e amor eterno a elas!

 

Segundo a poetisa Beatriz Mello, “mãe vai além de sangue. É o carinho diário, o afeto que transborda do peito. A palavra certa no momento difícil, a certeza de que ela é a única que estará lá em todos os momentos”. A origem do Dia das Mães remonta a 1870, à abolicionista americana Julia Ward Howe. Foi pensado o Dia das Mães pela Paz – Um clamor a todas as mães para lutar a favor da paz, contra as guerras. A ideia sofreu várias transformações e somente em 1914 a data foi oficializada pelo então presidente americano Woodrow Wilson e difundida mundialmente.

 

No Brasil, o Dia das Mães é comemorado no segundo domingo do mês de maio, sendo uma das datas mais importantes do nosso calendário. Além da lembrança e gratidão diárias, redobramos a homenagem à figura materna, reconhecida por zelar pelos filhos de sangue ou de coração. Pela incomensurável relevância, o Dia das Mães foi oficializado pelo então presidente Getúlio Vargas, por meio do Decreto nº 1.366, publicado em 05/05/1932.

 

Expondo a foto de 1945, onde eu (5 anos) e meu irmão Mário (7) estamos ao lado da nossa saudosa mamãe Fumica (29), destaco o quanto ela nos ajudou a compreender a relevância do trabalho, desde pequeninos. Com certeza, lá do céu, ao lado de Deus, ela está orando, nos protegendo e nos abençoando. Em nome dela, peço permissão para homenagear todas as mamães presentes e ausentes, neste Dia das Mães!


 

Registro o trecho da inesquecível canção do compositor e cantor Roberto Carlos: “Eu tenho tanto pra lhe falar. Mas com palavras não sei dizer. Como é grande o meu amor por você”. #SalveAsMães

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

sexta-feira, 12 de maio de 2023

Drama da gasolina

 

#DuraRealidade – Comento o preço da gasolina não apenas porque tenho carro, mas em razão dos custos dos combustíveis influenciarem todas as atividades e classes sociais. Claro que isso não causa danos para os mais abastados. Porém, para as famílias pobres, mesmo sem terem veículos, a vida se torna insuportável.

 

Mesmo após a Petrobras reduzir os preços dos combustíveis, a gasolina fica mais cara, sendo difícil entender. Inúmeros componentes influem nos preços dos combustíveis, como a cotação do dólar; Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), diferente de estado para estado; inflação com índices altos e baixos; Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que decide o nível de produção mundial; o preço do barril de petróleo; o preço do etanol cuja mistura na gasolina é de 27%; etc.

 

Conforme os economistas, até a relação preço/local reflete no preço dos combustíveis. Por exemplo, em regiões mais nobres, os custos de manutenção do terreno, os preços dos aluguéis, salário dos funcionários e impostos proporcionam a diferença de preços, além da logística, o transporte e a concorrência entre os postos.

 

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) afirma que a instituição não fiscaliza e nem impõe preços dos combustíveis no varejo. Cabe aos revendedores do varejo a fixação do preço, conforme desejarem. Porém, sabemos que a política de preços determinada pela Petrobras tem tudo a ver. É uma empresa de capital aberto, que tem o governo brasileiro como seu maior acionista. Sem concorrentes, distribui os combustíveis aos revendedores no País inteiro.

 

Resta aos consumidores pesquisarem pelos postos o preço mais barato. Mas, com total cautela, porque está comprovado que existem estabelecimentos misturando produtos impróprios e adulterando a qualidade da gasolina para venderem por valores extremamente chamativos.  

 

A realização de testes de qualidade, assim como de volumetria da bomba (se a quantidade de volume registrada na bomba é real), são de responsabilidade da ANP, porém, os fiscais somente aparecem quando se registra uma denúncia oficial.

 

No frigir dos ovos, como sempre, cabe a nós, consumidores de combustíveis, enfrentarmos as flutuações de preços num País que se declara autossuficiente na produção do petróleo, por meio da Petrobrás. A empresa tem despesas gigantescas. Por exemplo, o presidente da companhia tem um salário mensal de R$ 116.800,00 (2022), mais 100% como adicional de férias e 13º salário integral, além de outros benefícios. #DramaDaGasolina

 


(Foto: Reprodução/TV Gazeta)

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

terça-feira, 9 de maio de 2023

Humanidade no controle

 

#ValoresPerdidos – Ao longo da minha caminhada, aprendi o quanto o passado é importante. Dos preciosos legados recebidos dos pais e avós, passando pelos bancos escolares e pelas próprias experiências, sei que o passado alicerça o presente e o futuro. Tudo é uma lição de vida!

 

Como me considero eclético, aceito as céleres mudanças de conduta e hábito que vão transformando a sociedade. Porém, tenho consciência dos avanços saudáveis e desprezo as transformações que agridem o passado riquíssimo que recebemos como legado.

 

As modificações pela modernidade são uma realidade. A cultura e o hábito da leitura, que são superimportantes, vêm sendo transferidas para que aplicativos de inteligência artificial façam as leituras para crianças, jovens e adultos. É uma enorme preocupação, visto que sou adepto intransigente da valorização da educação do lar (familiar) e do ensino público de qualidade.

 

Investiram-se bilhões de dólares nos aplicativos e tudo indica que o sucesso está garantido. Nas escolas, as aulas de escrita começam a ser substituídas pelo aplicativo ChatGPT que está apto a produzir qualquer tipo de texto, incluindo poesias, roteiros de cinema ou de TV. Aliás, semanas atrás o rapper Drake teve sua música e voz plagiados por inteligência artificial. O robô ChatGPT lê bilhões de textos e, instantaneamente, aprende a escrever. Meta impossível para o ser humano.

 

No ambiente escolar, os educadores estão apreensivos, visto que a prática de elaborar textos tem sido o principal fator de avaliação dos estudantes. As teses universitárias, ainda que sejam lidas por poucas pessoas, funcionam como selo de garantia da instituição, servindo de lastro ao título acadêmico. “Como manter esse status, caso os robôs se tornem autores ou coautores desses trabalhos?”, questionam educadores. Na prática, muitos alunos já perderam a habilidade de escrever e ler. Segundo especialistas, o fato é constatado “na leitura de redações de concursos públicos, de vestibulares e nos exames do Enem, com garranchos inelegíveis e total desconhecimento dos princípios da divisão silábica”.

 

Ao abandonar a habilidade de escrever e ler textos, substituídos pelos robôs, perdemos nossa individualidade que é o sustentáculo da humanidade. Diante da alta capacidade dos aplicativos de inteligência artificial de produzir conteúdos diversos sem falhas, a sociedade, imperceptivelmente, está eliminando valores éticos e individuais, em nome de que o que importa é escrever “o certo”.

 

A inteligência artificial é invenção de pessoas com mentes privilegiadas. Os avanços são necessários, mas jamais podemos perder o controle das evoluções tecnológicas. Cabe aos seres humanos comandarem a inteligência artificial em benefício da humanidade. E não o contrário. #HumanidadeNoControle 

 


Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

sexta-feira, 5 de maio de 2023

Mais ciência!

 

#AvançoCientífico – Uma descoberta merece o reconhecimento e gratidão da população mundial, especialmente da gente brasileira. Lembram-se da imensa poluição de óleo, que começou em agosto de 2019, prolongando-se até março de 2020? Diga-se de passagem, ocorrência misteriosa que inundava diariamente todas as praias do nosso litoral nordestino. Os culpados não foram identificados e o mistério continua. Milhares de voluntários atuavam na limpeza, sem fim, das lindas praias com manchas de óleo.

 

A cientista pernambucana, nascida em Recife, Leonie Asfora Sarubbo (foto), que figura entre os 2% dos pesquisadores mais influentes do mundo, desde o início da carreira, transitou por diversos ambientes da engenharia química, da indústria e do meio ambiente.

 


Como partícipe relevante dos problemas referentes ao meio ambiente, Leonie desenvolveu estudos sobre o biodetergente, utilizado na remoção do óleo que poluiu as praias nordestinas, sem afetar o meio ambiente. O detergente é constituído por extratos vegetais e outros compostos naturais, preservando a fauna e a flora.

 

Diante de um poder público lento e ineficiente, a cientista Leonie Sarubbo, em razão de sua altíssima credibilidade, contou com recursos da sociedade privada, especialmente das pessoas sensibilizadas da Praia de Itapuama/PE, frente à tragédia.

 

Teve no Instituto Avançado de Tecnologia e Inovação (IATI), um apoio fundamental para o desenvolvimento dos estudos. Trata-se de um espaço reservado para a pesquisa privada sem fins lucrativos, que foi construído com a ajuda relevante do esposo que é pesquisador.

 

A pesquisadora Leonie comprova o quão difícil é, no Brasil, o reconhecimento da ciência. A área enfrenta diversos desafios, entre os quais a aproximação com o público, rompendo o ostracismo das academias para estar mais presente no cotidiano das pessoas. “Foi preciso uma tragédia para que o nosso trabalho de pesquisa sobre o meio ambiente fosse reconhecido”, constata ela.

 

Registrando os inúmeros desafios e dificuldades que se apresentam, a pesquisadora/cientista Leonie Asfora Sarubbo finaliza: “É possível realizar pesquisas além do laboratório e da publicação. Exige dedicação e noites de sono, mas é importante desenvolver algo em prol de alguém”.

  

Gente querida, é fundamental que o poder público acorde e direcione altos investimentos para pesquisa e ciência, reconhecendo, respeitando e incentivando pessoas como Leoni Sarubbo. É o mínimo que esperamos! #MaisCiência #InvestimentosJá

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

 

terça-feira, 2 de maio de 2023

Delícia paulista

 

#DivinoBauru – Dias atrás, deparei-me com a notícia no UOL de que o bauru está entre os 50 melhores sanduíches do mundo. Na manchete: “É do Brasil”. O bauru ocupa a 38ª posição. O lanche fez parte da minha juventude. Nos anos de 1953 a 1957, todas as tardes, após o término das aulas do Ginásio Braz Cubas, em Mogi das Cruzes/SP, na companhia de quatro amigos inseparáveis, passávamos no Bar do Lanche, no Centro (R. Dr. Deodato Wertheimer), para saborear o imperdível bauru. O hábito prolongou-se por décadas.

 

O hambúrguer chegou no País em 1952, pela rede Bob’s, e popularizou-se com o início do McDonald’s, em 1979. Porém, para nós, da velha guarda, o bauru sempre foi insubstituível, mesmo com os hambúrgueres dominando o mercado de lanches no Brasil.

 

A história registra que meu sanduíche favorito teve como origem a cidade de Bauru/SP. Mas, somente na década de 1960, com idas diárias a São Paulo, inteirei-me dos fatos, ao conhecer o famosíssimo Ponto Chic, híbrido de bar, lanchonete e restaurante, localizado no Largo do Paissandu e frequentado por intelectuais, artistas e ditos modernistas. Eis um pouco da fantástica história do bauru, transcrita nas páginas da enciclopédia gastronômica TasteAtlas:

 

“Além dos requintados frequentadores, o Ponto Chic recebia diariamente os alunos do curso de Direito do Largo São Francisco. Entre eles, estava o estudante bauruense Casimiro Pinto Neto, com apelido de Bauru, que, em 1937, pediu ao cozinheiro para preparar um sanduíche especial só para ele. Com fatias de rosbife, tomate, pepino em conserva, com quatro queijos (prato, estepe, gouda e suíço), preparados na chapa e colocados no pão francês. O sanduíche caiu celeremente no gosto de todos os frequentadores com a denominação de Bauru, eternizando o apelido do estudante Casimiro em virtude de sua cidade natal”.

 

O estudante Casimiro e o Ponto Chic tem tudo a ver com a fantástica história do saboroso Bauru, que é considerado Patrimônio Imaterial do Estado de São Paulo. Em janeiro último, o Ponto Chic fez 100 anos com muitas comemorações. Segundo pesquisa, em 2019, comercializou 140 mil unidades do bauru em seus quatro estabelecimentos (Paissandu, Perdizes, Paraíso e Brooklin). A imagem fala por si e dá água na boca! #DelíciaPaulista

 

(Imagem: Reprodução/Facebook)

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo