Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo
sexta-feira, 28 de agosto de 2020
Consciência e solidariedade
terça-feira, 25 de agosto de 2020
Segurança e Cidadania
No Brasil, com
desigualdade social das mais altas do planeta, a defesa do cidadão é
problemática, principalmente pela ausência de políticas públicas que contemplem,
por exemplo, ensino público de qualidade
e assistência social sem paternalismo, voltada à promoção humana e espiritual.
Quando se fala em segurança pública,
constitucionalmente, a responsabilidade maior é do governo federal, secundada
pelos estados e, numa escala menor, dos municípios. Na prática, tudo sobra para
as cidades que, por sua vez, sofrem monstruosa desigualdade frente à divisão do
bolo orçamentário entre os entes federativos. Ficam com menos de 15% de tudo o
que é arrecadado no País.
Quando assumimos a Prefeitura de Mogi das
Cruzes, em 2001, tínhamos a bússola do PGP – Plano de Governo Participativo, elaborado
em conjunto com a comunidade. Seguimos o
preceito de combater a violência trabalhando com duas frentes básicas e
simultâneas: programas socioeducativos e segurança pública. A primeira abrangia
políticas ativas de inclusão social pautadas pela valorização do ser humano,
incentivo à cidadania, estímulo à cultura e aos esportes, geração de emprego e
renda, reinserção no mercado de trabalho, assistência social e reintegração à
sociedade. Paralelamente, criamos iniciativas para proporcionar ensino
de qualidade, acabando com a falta crônica de vagas e garantindo a participação
permanente dos pais no acompanhamento escolar.
A segunda frente incluiu uma série de
investimentos. Numa iniciativa inédita na história da Cidade, criamos a Ciemp –
Central Integrada de Emergências Públicas, com câmeras de monitoramento 24
horas inibir a ação dos bandidos. O videomonitoramento deu tão certo que se
transformou no principal instrumento de segurança. Antes, já havíamos inovado
com os agentes municipais de trânsito para liberar policiais militares dessa
função e a criação da Guarda Municipal, dotada de viaturas e motos, além da implantação
do Sistema Infocrim, em convênio com o Estado, que mapeia as ocorrências
policiais gerando informações para otimizar programas já existentes e adotar
outras ações preventivas.
Houve muito mais medidas importantes como a
desativação da Cadeia Pública, um barril de pólvora no Centro, e a ajuda direta
à Polícia, com a locação e reforma de prédios para a Polícia, como as Delegacias
do Idoso e a da Mulher, além do pagamento de gratificação mensal aos
integrantes das polícias Militar, Civil, Corpo de Bombeiros, Ambiental e
Rodoviária.
Mencionamos
essas ações com gratidão, visto que os resultados exitosos foram alcançados
graças às parcerias com diferentes segmentos sociais, com fundamental apoio dos
vereadores e de uma equipe extraordinária de servidores.
Não poderia deixar de citar os reflexos
altamente positivos dessas medidas, em razão da continuidade administrativa ancorada
em meus sucessores. Marco Bertaiolli, por exemplo, aprimorou a estrutura
físico-operacional e de lógica da Ciemp para que o atual prefeito Marcus Melo,
ao lado do vice Juliano Abe, viabilizasse o videomonitoramento 24 horas, com o
dobro de câmeras de rua e de veículos na frota em relação ao que havia em 2016.
A atual gestão elevou em quase 50% o efetivo da Guarda Municipal que nós
criamos. Hoje, há grupamentos especializados, como a Patrulha Maria da Penha (implantada
num trabalho do Juliano enquanto vereador) para proteger mulheres vítimas de
violência. Em Jundiapeba, funciona o Polo Municipal de Segurança (foto), com
base da Guarda Municipal, Centro de Formação e Treinamento, espaço para a
prática de tiro e canil. No Socorro, está em construção a Central de
Inteligência da Guarda. São exemplos de investimentos contínuos ao longo dos
anos. E que não podem parar diante da escancarada desigualdade econômico-financeira
e, principalmente, social, que enfrentamos agudamente desde 2014 e vem se agravando
de forma insustentável pela pandemia da Covid-19. #TrabalhoComResponsabilidade
Junji
Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São
Paulo
sexta-feira, 21 de agosto de 2020
Sejamos pessoas melhores!
São crescentes as brutais intolerâncias e preconceitos de toda ordem, associados a estupros, inclusive de vulneráveis, feminicídios e outras violências. Escancaram o lado obscuro do ser humano, com escárnio acentuado às diferenças e aos diferentes. Começa hoje uma semana de altíssimo significado para cada um e para a sociedade.
De 21
a 28 de agosto, comemora-se a Semana Nacional da Criança Excepcional. Temos
o dever de informar sobre as necessidades específicas das crianças
excepcionais, repelindo e desconstruindo preconceitos.
Houve
vitória da sociedade com a sanção do Estatuto da Pessoa com Deficiência,
conhecida como LBI – Lei Brasileira de Inclusão. Um dos pontos principais é a
reafirmação do direito de crianças, adolescentes e adultos com deficiência à
proteção social, notadamente àquelas que dependem de cuidados de outras
pessoas.
Com
esse dispositivo legal, a discriminação de pessoas com deficiência é
considerada crime, com penas de 1 a 3 anos de detenção, a exemplo da punição
para crimes de racismo.
Apesar
da latente intolerância, são inegáveis as conquistas pela integração social e
profissional, além da inclusão escolar do excepcional que lhe permite desenvolver
seu potencial e exercer seus direitos de cidadão. Enriquecem este cenário as
fantásticas atividades exercidas no País inteiro pelas Apaes - Associações de
Pais e Amigos dos Excepcionais.
Curvo-me,
com gratidão, às pessoas com deficiência que irradiam alegria, confiança e
amor, superando os desafios impostos pelo cotidiano. Estendo os agradecimentos aos dedicados
familiares que, ao lado dos valorosos educadores, assistentes sociais,
psicólogos e voluntários da sociedade, são referências de admiração, benquerença,
solidariedade e muito amor.
Aprendendo
com genuínos exemplares de guerreiros, trabalhemos juntos para combater ações
nefastas advindas de preconceito, intolerância, desrespeito, indiferença,
insensibilidade e desamor! #MaisRespeito #MaisAmor
terça-feira, 18 de agosto de 2020
Lição de vida
Sempre tive carinho imenso por pessoas com deficiência. Regra geral, são anjos que nos dão exemplos na vida. Costumam esbanjar alegria e de nada reclamam. Lutam bravamente para suprir suas deficiências e nunca temem usar sua capacidade de seres felizes. Contrastam com parcela significativa da população, que só sabe reclamar de tudo, culpar os outros, irradiar egoísmo e insensibilidade.
Em funções públicas, sempre procurei
viabilizar ações que elevassem a qualidade de vida da pessoa com deficiência. Também
foi assim quando assumi a Prefeitura de Mogi, em 2001. Norteados pelo PGP – Plano de Governo
Participativo, construído com a comunidade mogiana, constituímos o Conselho
Municipal para Assuntos da Pessoa com Deficiência. De forma pioneira, o
colegiado implementou inúmeras políticas públicas para inclusão social e de
trabalho, e de mobilidade urbana, entre outras várias ações.
Compartilho um caso pessoal. No final de maio, por descuido, sofri uma queda no quarto. A reação instantânea para proteger a cabeça provocou um impacto fortíssimo do meu ombro esquerdo contra o assoalho. O estrago foi grande! Romperam-se o tendão e os ligamentos, ocasionando dor insuportável. Encarei uma cirurgia com nome complicado – Reparo Artroscópico do Manguito Rotador Subcapular. Desde 2 de julho último, estou com tipoia no braço esquerdo, 24 horas por dia. O equipamento deve ser removido até o fim do mês. Daí, começa a fisioterapia três vezes por semana, ao longo de três meses.
Torno público esse pequeno acidente
para alertar pessoas idosas como eu a redobrarem cuidados nas atividades
diárias. Passou da hora de evitar aquela postura do apressadinho que, apesar
dos quase 80 anos de idade, se julga jovem e capaz de fazer tudo com a mesma
destreza de antes. É um abuso! Depois, ficamos lamentando e atribuindo a
ocorrência à falta de sorte.
Conto esse caso também para destacar
o quanto se pode extrair de legítimas histórias de superação, protagonizadas
por quem tem deficiência e encara a vida, sem reclamar de infortúnios. Cliquem https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2020/07/22/sem-as-maos-mulher-vira-costureira-e-cria-suas-proprias-pecas.htm e
leiam a emocionante luta da Alcilene Moraes Nunes.
Ela tinha apenas 1 ano e 3 meses de
vida quando a casa onde morava com os pais e 12 irmãos, no Pará, pegou fogo. Com
queimaduras de 3º grau em todo o corpo, rosto e couro cabeludo, ela teve as
duas mãos amputadas.
Atualmente, com 45 anos, carrega
profundas cicatrizes no rosto. Mas, nada a impediu de realizar o sonho de virar
costureira. De família muito humilde, aos 28 anos, ela se mudou para São Paulo,
em busca de tratamento médico e esperança de dias melhores.
Apaixonada por desenho, pintura e
artesanato, Alcilene confeccionava e vendia caixas decoradas, sabonetes
artesanais e lembrancinhas para festa. Era o meio de sobreviver, sem perder o
sonho de ser costureira. Em 2010, começou a dar seus primeiros passos no
ofício, fazendo consertos em roupas na máquina de costura. “Eu jamais desisti
de fazer algo antes de tentar”, ensina ela.
Em 2016, Alcilene ganhou bolsa
estudantil do curso de costureira no Senai. Em seguida, estudou modelagem. “No
início, as roupas não ficaram muito boas, mas eu continuei tentando. Quando
você tem força de vontade e deseja algo, consegue fazer”, incentiva ela.
Como profissional, Alcilene
comercializa pelo site “peças da sua confecção”, enviando sua produção para cidades do Pará e
da Bahia, além de São Paulo.
Sem qualquer deficiência, não temos o
direito de reclamar de nada, de nadinha. Alcilene Moraes Nunes, sem as mãos,
casada, mãe devotada, profissional de primeira grandeza, sempre simpática,
alegre e extremamente guerreira, merece de todos um profundo respeito,
reconhecimento, admiração e, acima de tudo, eterna gratidão pelo seu exemplo e
lição de vida!
quinta-feira, 13 de agosto de 2020
Revitalizando o Parque
Estão prestes a começar as obras que garantirão ao Parque Municipal Leon Feffer, em Mogi das Cruzes, um moderno Centro de Convenções e Eventos. A ordem de serviço foi assinada pelo prefeito Marcus Melo, em solenidade a que tive a honra de comparecer. Os recursos resultam de um trabalho nosso junto ao Ministério do Turismo, em 2018, enquanto deputado federal. Foi uma iniciativa desenvolvida a pedido do meu filho, o vice-prefeito Juliano Abe, representando o prefeito.
Em Brasília, conseguimos recursos extraorçamentários, da ordem de R$ 2,5 milhões, para viabilizar esse investimento. Com a concorrência pública, o valor do empreendimento caiu para cerca de R$ 2,025 milhões. Fico muito feliz por ter contribuído com a revitalização do Leon Feffer, que considero emblemático!
Implantado em
2002, na nossa 1ª gestão como prefeito, foi o 1º parque urbano da Cidade, na
várzea do Rio Tietê. Era um terreno municipal degradado pela exploração
mineral. Transformamos pó e areia num espaço de uso múltiplo para conectar
lazer, esportes, recreação e cultura – típicos de um parque urbano – com
preservação e educação ambiental.
Agradeço
imensamente o prefeito Marcus Melo por ser fiel ao conceito de continuidade
administrativa saudável! Com sua gestão, ele diferencia Mogi da maioria dos
municípios brasileiros, sob a ótica do desenvolvimento sustentável. Quem ganha
é o povo mogiano!
Com 1.084 metros quadrados, o centro ficará perto do estacionamento. De
acordo com o projeto, serão dois blocos. Um é o grande galpão – o salão de
eventos – com altura interna livre (pé-direito) de 6,25 metros e área de 750
metros quadrados. O outro é mais baixo para as áreas de apoio. Este segundo
bloco terá entrada coberta, hall e sanitários públicos (com acessibilidade),
cozinha e espaços de apoio, depósito e vestiários de funcionários.
Sabemos o quanto a
revitalização é necessária para o desenvolvimento socioeconômico da Cidade, além
de aumentar a oferta de lazer gratuito e consolidar a cultura da preservação
ambiental na população. #ParqueLeonFeffer #MaisLazer #Turismo
terça-feira, 11 de agosto de 2020
Inspiração e fé
Outubro é o mês da homenagem anual aos empreendedores, mas destaco alguém que não estará entre nós. Partiu em 17 de junho último, aos 91 anos de idade, sem as merecidas honrarias, esquecidas em meio às dolorosas notícias da pandemia. Falo de Nevaldo Rocha, fundador das Lojas Riachuelo. Nascido em Caraúbas, no sertão nordestino do Rio Grande do Norte, teve uma infância extremamente humilde. Aos 12 anos, deixou suas raízes para trabalhar na capital Natal, envolto no sonho de prosperar para ajudar a família.
Dotado de extrema sensibilidade, confiança, ousadia e visão empreendedora, em pouco tempo, juntou suas economias para abrir uma pequenina loja de roupas, em 1947. Ancorado no espírito empreendedor e em sua fé no Brasil, o jovem Nevaldo fundou o Grupo Guararapes, que se tornaria a holding responsável pela gigantesca rede de 323 lojas espalhadas pelas cidades brasileiras.
Consolidou-se como um dos
raríssimos empreendedores que apostou na gestão vertical. Ou seja, o Grupo
Guararapes mantém fábricas que produzem as próprias roupas, assim como responde
pelo sistema de transporte e logística, além de gerir a instituição financeira,
que garante crediário aos consumidores. Não utiliza a terceirização, porém, investe
em parcerias com famosos estilistas, criando a ponte entre o popular e o sofisticado.
Amado e respeitado pelos
milhares de colaboradores do Grupo Guararapes, Nevaldo Rocha foi um dos grandes
destaques do desenvolvimento e consolidação da responsabilidade empresarial
social, num tempo em que o tema não era moda. As ações visavam solidariedade e
contribuição de toda ordem às instituições beneficentes, assim como diretamente
aos mais necessitados.
Os filhos de Nevaldo seguem
a filosofia do pai de valorizar sua terra natal: a matriz do grupo permanece em
Natal (RN), apesar das estruturas operacionais espalhadas pelo território
nacional. É a forma de retribuir e agradecer o abrigo e as oportunidades que a
cidade ofereceu ao empresário desde o início da sua bem-sucedida caminhada
empreendedora.
Homenageio um autêntico cidadão cristão, que devotou a vida para trabalhar na construção de um Brasil mais justo, com igualdade para todos, a partir da boa educação, saúde, profissionalismo e oportunidades.
Sua partida é triste, mas sua história inspira e comprova a existência de seres humanos de primeira grandeza, capazes de empenhar extraordinária liderança como referência para a sociedade brasileira. #GratidãoNevaldoRocha
(Foto: Canindé Soares, via G1)
Junji Abe, produtor e líder rural, é
ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo
sábado, 8 de agosto de 2020
Dia dos Pais
Amigas e amigos,
antecipando as homenagens para o Domingo dos Pais, homenageio todos os papais,
contando um pouquinho da história do meu. O imigrante japonês Izumi Abe chegou
ao Brasil em 1928, com 15 anos. O Japão passava por um período extremamente
difícil e, como outros imigrantes em situação de total pobreza, veio para o fantástico
território brasileiro. Todos acalentavam o sonho de, em três ou quatro anos,
construir patrimônio e retornar à terra natal. Ledo engano. Encontraram um País
ainda virgem em termos de desenvolvimento, sem nenhuma estrutura para atender
às expectativas e, a bem da verdade, acabaram substituindo a mão de obra escrava
indígena e africana nas grandes fazendas de café.
Em que pesem dificuldades inimagináveis de conhecimento geral e das barreiras da língua, imigrantes japoneses, italianos, espanhóis e árabes, entre outros, contribuíram decisivamente para o desenvolvimento do País, conforme a história documenta.
A família Abe, como a maioria, adotou
o Brasil de corpo e alma. Papai Izumi casou-se com Fumica e, ao lado dos meus
extraordinários avós paternos, Tokuji e Makie Abe, construiu o alicerce
fundamental de uma família harmoniosa. Juntos, esforçaram-se ao extremo para
proporcionar aos filhos e netos aquela formação de excelência preconizada por
todos. Edificaram cidadãos e profissionais, ancorados em respeito,
solidariedade, união, trabalho, ética, moral, muito amor e fé em Deus.
Gratidão, gratidão e gratidão é o
sentimento que lastreia essa homenagem!
Em nome dos meus avós e pais, batalho
o tempo todo para repassar aos filhos e netos os mesmos princípios e valores
que, generosamente, recebi, me acalentam a alma e sustentam minha existência.
Com as fotos sequenciais dos saudosos
avós e pais, dos meus três filhos, quando eram criancinhas (parece que foi
ontem!) e dos quatro do total de sete maravilhosos netos, homenageio todos os
pais e avôs neste Dia dos Pais! #VivaDiaDosPais #TodoAmor #Gratidão.
Junji Abe, produtor e líder rural, é
ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo