terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Sou 8.0 Turbo

 

#Sou8.0Turbo – Imaginem só: cheguei à data de hoje, 15/12/2020, oficialmente, aos 80 anos de idade. A primeira palavra que guia a minha alma é a gratidão. A segunda, a emoção. Assim, celebro meus 80 anos, agradecendo a Deus, à querida e sempre amada família e aos estimados amigos de todas as horas. Muito obrigado pela saúde, conquistas, convívio, amizade, paz e amor pra dar e vender!


A emoção é infinita, sem paralelos para descrever, com palavras, mesmo com as mais apropriadas. Afinal, são 80 primaveras.


Com muito equilíbrio, aceito passar esta data sem qualquer comemoração, por conta da pandemia. Inclusive, sem a presença física dos meus entes queridos. Por mais que sejam simbólicos 80 anos, podemos festejar intensamente, na companhia de familiares e de amigos, numa outra ocasião que, com certeza, não me faltará. São desígnios de Deus. É um aniversário inesquecível, que faz história na minha vida pela coletânea de memórias e experiências, assim como pelas peculiaridades do momento. Antes de mais nada, devemos continuar cumprindo rigorosamente o protocolo de segurança contra a mortal Covid-19.


Com certeza, numa outra primavera, vacinados graças aos esforços da ciência, estaremos comemorando com imensa alegria, num porto seguro, todos os momentos represados!


Compartilho com vocês um vídeo caseiro, produzido no cenário onde estão nossa árvore de Natal e outros enfeites elaborados com muito amor pela minha amada Elza. Todo esse clima demonstra minha emoção e gratidão a Deus por tudo que Ele tem me proporcionado!



Desejo a todos um Santo Natal, Boas Festas e um Feliz Ano Novo, repleto de fé, esperança, otimismo, energia, saúde, prosperidade, paz e amor! Felicidades a todos!


Aproveito a oportunidade para comunicar que ficarei ausente das redes sociais por aproximadamente 30 dias. Peço a compreensão de todos pelo breve período de distância do mundo digital. É uma enorme satisfação dividir este espaço com vocês para trazer informações e reflexões sobre acontecimentos diversos. Com minhas modestas sugestões, tento despertar sentimentos e considerações. Na 2a quinzena de janeiro próximo, estarei de volta, muito mais rejuvenescido para, novamente, aborrecê-los por aqui (risada alta)! #SantoNatal #Feliz2021 #AtéBreve


Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Voz do campo

 

Alguém já disse que, em algum momento da vida, necessitamos de um médico, engenheiro ou advogado, entre outros profissionais; porém, no mínimo três vezes ao dia, precisamos do produtor rural. É ele que, diariamente, sob sol ou chuva, põe comida em nossas mesas.


Um dos instrumentos indispensáveis à continuidade dessa meritória tarefa é a capacitação profissional. Significa acesso ao aprendizado e à tecnologia por meio da assistência técnica e extensão rural aos míni, pequenos e médios produtores rurais, em especial. É dever de estado, mas os trabalhadores da agricultura familiar produzem alimentos, sem receber apoio dos governos. No Brasil, somente 20% dos produtores dessa categoria têm assistência técnica e extensão rural advindos dos órgãos públicos. Uma verdadeira lástima!


Faço essa introdução para registrar o apelo ao Governo do Estado de São Paulo e a sua Secretaria de Agricultura e Abastecimento para que não exterminem as Casas da Agricultura e os Escritórios de Defesa Agropecuária (EDA) e de Desenvolvimento Rural (EDR). Em especial, nas regiões conhecidas há décadas como cinturões verdes, fontes de abastecimento do Estado e do Brasil. Em que pese a precariedade do atendimento que oferecem hoje, essas estruturas são indispensáveis para o setor agrícola. Infelizmente, de muitos anos para cá, os poucos valorosos profissionais desses órgãos públicos, por insensibilidade governamental, acabaram reduzidos a carimbadores de relatórios, afastados da ação em campo.


Uma pequena amostra do que o desmonte dessas estruturas impactará está em Mogi das Cruzes, na região do Alto Tietê. A Cidade é uma gigante no cenário agrícola nacional. É a maior produtora brasileira de caqui, nêsperas, cogumelos e orquídeas, além de liderar a produção estadual de folhosas, reunindo pequenas propriedades com culturas diversas, inclusive pecuária de leite, caprinos e aves.



Com a justificativa de enxugar e modernizar a máquina pública, o secretário da Agricultura, Gustavo Junqueira, quer extinguir boa parte das 580 Casas da Agricultura. Afirma que apenas 240 funcionam e destas, metade apresenta estrutura precária. No caso dos EDA e EDR, dos atuais 80, sobrarão 32 e 16, respectivamente.


Quanto à modernização, o secretário e sua equipe pregam o avanço tecnológico como base para continuar oferecendo, pela internet, assistência técnica e extensão rural. Como assim, cara pálida?! Só 10% da região produtora paulista possuem sinal de internet. Para completar, a maioria dos produtores acima de 50 anos não domina essa ferramenta.


Junto-me às lideranças políticas e classistas do Estado na luta pela reversão da infeliz ideia. No mínimo, esperamos a discussão civilizada sobre o tal programa de reestruturação e modernização para não degringolar a heroica classe produtora de alimentos.


Nos últimos 30 anos, o governo paulista, escandalosamente, vem transferindo seu dever de estado para os municípios. Basta constatar que a assistência técnica e extensão rural vêm sendo desempenhadas junto aos produtores pelo Serviço de Aprendizagem Rural (Senar) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com Sindicatos Rurais e prefeituras.


Governador João Doria e secretário Gustavo Junqueira: escutem a voz do campo, dos míni, pequenos e médios produtores rurais, representados por suas entidades classistas e lideranças rurais! Ouçam o apelo destes guerreiros silenciosos que, diariamente, abastecem os centros urbanos e só rogam por uma migalha de atenção, materializada na manutenção das poucas estruturas dedicadas à capacitação profissional e serviços ao agricultor! #MaisRespeito #ServiçosAoAgricultor


Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Família é amor

 

#DiaNacionaldaFamília – Como faz bem a família! Hoje, 8 de dezembro, é o Dia Nacional da Família. Vale para todo dia, mas a data inspira a homenagem e o reconhecimento pela sua inimaginável importância.

Família significa relação afetiva entre as pessoas, que tenham ou não laços sanguíneos, alicerçada no amor, respeito, compreensão, ajuda mútua, na partilha e na promoção e formação de valores em cada um de nós. A data foi instituída pelo Decreto Federal nº 52.748, de 24 de outubro de 1963, e coincide com o Dia da Santa Imaculada Conceição.


Além de 8 de dezembro, no dia 15 de maio, comemoramos o Dia Internacional da Família, instituído pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Tem, entre os principais objetivos, proporcionar a reflexão acerca dos direitos e das necessidades das famílias em todo o mundo.


Neste tempo difícil de distanciamento social e duras regras sanitárias, à espera das vacinas salvadoras, reitero os legítimos sentimentos de profunda tristeza pelas milhares de pessoas que se foram do convívio familiar, em razão da Covid-19, e que estão no universo celestial, de onde protegem e abençoam seus entes queridos.

Amigas e amigos, divido com vocês uma foto familiar, tirada antes da pandemia. E pego emprestada a singela citação, de autoria desconhecida, para enaltecer esta data: “Família é sinônimo de amizade, de carinho e respeito. Que Deus continue abençoando nossa família para que nunca falte a base que nos torna pessoas melhores!” #FamíliaÉAmor



Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

 

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Imprensa livre

 

São estarrecedores o volume e virulência dos ataques desferidos à parte da Imprensa brasileira e seus profissionais, nos últimos tempos. Pior, boa parte deles vem de autoridades públicas. Assegurada na Constituição, a liberdade de expressão e de Imprensa é o oxigênio da sociedade livre. “Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las”, resumiu, num legado para a humanidade, o pensador do iluminismo francês, historiador e filósofo Voltaire.


Vivemos claro retrocesso. Nosso País lidera o ranking mundial com as maiores quedas de classificação de liberdade de expressão, de 2009 para 2020, como mostra o Relatório da Organização Internacional de Direitos Humanos – Artigo 19. Na avaliação sobre Imprensa e liberdade de expressão, a queda é tão acentuada que o Brasil passa a ser classificado no grupo de países onde existe “restrição” a esses direitos.


Infelizmente, o governo Jair Bolsonaro vem contribuindo com a triste realidade. Levantamento do mês de julho da ONG Repórteres sem Fronteiras computa 53 ataques verbais do presidente da República aos jornalistas. Numa das reações de maior repercussão, divulgada na mídia, ele teria ficado irritado com um questionamento. Virou-se para os jornalistas e ameaçou: “Eu vou encher a boca desse cara na porrada”. Na sequência, emendou: “Minha vontade é encher tua boca na porrada, tá?”.


Não é a toa que o Brasil tem a maior queda em índice de liberdade de expressão entre 161 países, conforme estudo da Artigo 19. Com 46 pontos em um total de 100, o Brasil ocupa a 94ª posição no ranking de 161 nações, atrás de todos os países da América do Sul, com exceção da Venezuela, do ditador Nicolás Maduro.


Entendo que é missão planetária garantir um ambiente de trabalho seguro para os profissionais da Imprensa. Igualmente, é indispensável acabar com os ataques às organizações da sociedade civil e assegurar que a população não encontre barreiras de acesso às informações e notícias. Tanto de forma física quanto na internet. Considero o princípio de que os jornalistas profissionais estão cumprindo seu dever de questionar para informar, ao mesmo tempo em que seguem o Código de Ética da categoria. Em todos os casos, nada justifica agredir a honra e dignidade de quem quer que seja! 


Não podemos nos calar. É um silêncio que já custa caro e será mortal para as gerações futuras. Além da postura firme na defesa da Imprensa livre, precisamos resguardar as conquistas dispostas na Constituição Federal de 1988, como a liberdade de opinião, de pensamento, de expressão e de informação, entre outros direitos imprescindíveis ao povo e à nação brasileira.


Com humildade, faço coro à luta intransigente em prol da liberdade de Imprensa, unindo esforços com entidades representativas, como Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Associação Nacional dos Jornais (ANJ), Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e TV (Abert), Associação Nacional das Editoras de Revistas (Aner), Federação Nacional dos Jornalistas (FNJ), Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). #SemMordaça



Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo