Em pleno século XXI,
lamentavelmente, vivenciamos preconceito, discriminação, xenofobia, racismo e outras
formas de ódio destiladas com maior ou menor intensidade por pessoas ignorantes,
que se julgam donas da verdade. Sentem-se acima da Lei, sem qualquer respeito e
humildade.
Li, indignado, a notícia sobre evento
ocorrido neste mês, no Jardim Paulista, região nobre da Capital, considerada da
elite paulistana. Era uma festa clandestina, como outras centenas realizadas em
total desobediência aos protocolos de segurança para combater a Covid-19. O
evento reunia 500 participantes, sendo uma delas a pessoa que se apresentou
como advogada e modelo Liziane Gutierrez. Com total repugnância, relato que ela
reagiu, aos brados, contra a força-tarefa (Polícia Militar, Vigilância
Sanitária, Procon e Guarda Civil Metropolitana), gritando: “Vai pra favela!”.
Gente, dá pra acreditar?
Além de estar em festa clandestina, promovendo
aglomeração e sem usar máscara, Liziane cometeu o crime de aporofobia, ou seja,
aversão às pessoas pobres pelo fato de serem economicamente desfavorecidas.
O show clandestino teve mais de 100
denúncias e incluiu a participação da dupla sertaneja Matheus e Kauan, com
cobrança individual de ingressos de até R$ 1,6 mil. O local interditado pela
força-tarefa é tido como escritório do advogado Adib Abdouni, locado pela
empresária de eventos Alzira Scarabucci, que foi levada à delegacia e autuada pela
realização da festa, com multa que tem valor mínimo de R$ 290 mil, além de
outras infrações constantes do Plano São Paulo.
A dupla Matheus e Kauan afirmou que, segundo
o contrato firmado, cabe à contratante a obediência de todos dispositivos
legais que regulam esses eventos, e que não haveria a cobrança de ingressos.
Repito: gente, dá pra acreditar? Segue a notícia: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2021/07/12/socialite-diz-que-errou-apos-ter-festa-encerrada-por-blitz-nos-jardins.htm
O pior e mais grave diz respeito à socialite
Liziane Gutierrez, visto que a notícia não informa a punição aplicada pelo desacato
policial, com xingamentos e os gritos de “Vá pra favela!”. Em nome da
civilidade, respeito, obediência e humildade, espero que a Justiça a julgue e a
puna exemplarmente. #QuestãodeRespeito #QuestãodeJustiça
Foto: G1/Reprodução
Junji Abe, produtor e líder rural, é
ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo