sexta-feira, 28 de abril de 2023

Querida sogra

 

#DiaEspecial – Amigas e amigos, hoje, comemoramos o Dia da Sogra. Regra geral, as pessoas da velha guarda, como a minha pessoa, com 82 primaveras, guardam diferentes histórias sobre a figura da sogra. No antigo curso ginasial, aprendi que, segundo a mitologia grega, até mesmo Afrodite, a deusa do amor, fazia as vezes de sogra má (enciumada com o amor do filho Eros pela belíssima mortal Psiqué, fazia de tudo para manter o dois separados).

 

Como brasileiro descendente de avós e pais japoneses, desde pequeno aprendi que, na cultura milenar do Japão, até décadas atrás, cabia ao filho mais velho a sucessão familiar e ao casar, morar com seus pais. Consequentemente, sua esposa tinha o dever de morar com os sogros.

 

A minha querida e saudosa mamãe Fumica, ao casar-se com meu inesquecível papai Izumi, tornou-se nora do clã Abe. Era uma família numerosa, com aproximadamente 14 membros, que dava um trabalho danado a ela: afazeres domésticos, cuidar de cinco filhos e ainda auxiliar nos trabalhos da lavoura. Mesmo com toda essa carga de responsabilidade e trabalho, nunca a vi reclamando. Assim era a cultura japonesa, onde o papel da nora era de total subserviência e respeito.

 

No Brasil antigo, a relação sogros e nora sempre foi um prato cheio para brincadeiras. Era uma espécie de amor e ódio entre os sogros e as noras. O compositor e cantor Bezerra da Silva fez sucesso com a canção “Sequestraram  a minha sogra, bem feito pro sequestrador. Ao invés de eu pagar o resgate, foi ele quem me pagou”.

 

Independentemente das histórias e acontecimentos narrados, quando comecei o namoro com a linda e amada Elza, minha futura sogra, então viúva aos 40 anos, vivia com os sogros. Desde o primeiro instante, me dei extremamente bem com a dedicada e amorosa Dona Isabel Kimiko que, em 16 de dezembro de 1976, tornou-se oficialmente a minha querida sogra. Nunca tivemos uma discussão e, graças ao bom Deus, vivemos em completa harmonia, solidariedade, paz e muito amor!

 


Muito feliz com a convivência que tenho com minha querida sogra, Dona Isabel Kimiko! Ela me acolheu com muito carinho e amor! Sou muito sortudo não apenas por ter casado com a amada Elza, mulher maravilhosa, mas também por ter uma sogra linda, carinhosa e generosa! #QueridaSogra

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

terça-feira, 25 de abril de 2023

Respeito à mulher

 

#AtendimentoÀMulher – “Antes tarde do que nunca” foi o sentimento generalizado frente à entrada em vigor, no dia 4 de abril último, de três importantes Leis Federais, que se somam a outras, com o objetivo de combater a violência contra a mulher. As ações serão coordenadas pelas Delegacias da Mulher, que funcionarão 24 horas por dia, inclusive em finais de semana e feriados.

 

1ª) Lei Federal nº 14.540 prevê o Programa de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio Sexual e demais crimes contra a Dignidade Sexual e a Violência Sexual. Determina a criação de campanhas educativas, prevendo que qualquer pessoa com conhecimento de violência, de assédio sexual e de outros crimes tem o dever de denunciar e de contribuir com procedimentos administrativos internos e apurações externas.

2ª) Lei Federal nº 14.541 estabelece o funcionamento 24 horas, ininterruptamente, das Delegacias da Mulher em todo o território nacional. 32% dos casos de feminicídio ocorrem em finais de semana e feriados. Eram pouquíssimas as Delegacias da Mulher funcionando ininterruptamente. Em São Paulo, eram apenas 11 das 140, e de forma precária.

Também determina que o Poder Público forneça acompanhamento psicológico e jurídico às vítimas de violência pelas Delegacias da Mulher, Defensoria Pública, SUS e juizados especializados, em salas fechadas e, preferencialmente, pelas autoridades do sexo feminino.

3º) Lei Federal nº 14.542 determina absoluta prioridade para mulheres vítimas de violência doméstica e familiar 10% das vagas remanescentes no Sistema Nacional de Emprego para imediata contratação profissional.

 

Faço coro às lideranças policiais, que cobram investimentos maciços em estruturas funcionais, físicas, de mobilidade, de logística e até de remunerações condizentes aos servidores para o atendimento. Caso contrário, essas leis ficarão só no papel.

 

Fiz uma visita à Delegacia da Mulher de Mogi das Cruzes/SP, comandada pela competente e dedicada Delegada Luciana Amat (foto), que exerce o cargo desde 10/01/20. Gentilmente, ela me mostrou o importante registro no Livro de Atas, onde consta a data histórica de instalação da unidade, em 8 de julho de 1991, no prédio da Delegacia Seccional (R. Olegário Paiva nº 145, Centro Cívico), tendo como 1ª titular da Pasta a Delegada Valéria Belmonte Moreira.

 


Profunda gratidão ao sempre Delegado Seccional Carlos José Ramos da Silva, conhecido como Cazé! Em 1991, atendendo nossa solicitação de deputado estadual (1991-2000), ele atuou bravamente pela instalação da Delegacia da Mulher de Mogi das Cruzes.

 

Mais tarde, na 1ª gestão (2001-2004) como prefeito mogiano, formalizamos parceria com a Secretaria Estadual de Segurança Pública, também com apoio do delegado Cazé, para transferir a sede da Delegacia da Mulher ao prédio do Parque Monte Líbano (R. Antônio Nascimento Costa nº 21), locado com recursos da administração municipal, e onde permanece. #Respeito #Cuidado

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

sexta-feira, 21 de abril de 2023

Façanha heroica

 

#Tiradentes – Amigas e amigos, apesar de a maioria dos brasileiros conhecer a história de Tiradentes, permitam-me traçar considerações que entendo serem relevantes, em que pesem as céleres transformações da sociedade que vão apagando as histórias do País. 

 

O alferes (cargo militar da época colonial) Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes), que também exerceu a profissão de dentista, participou ativamente de um dos principais movimentos de contestação do poder absoluto que a Coroa Portuguesa exercia sobre o Brasil, considerado Colônia de Portugal.

 

Nos idos de 1788 e 1789, a Inconfidência Mineira alastrou-se celeremente, tendo à frente Tiradentes, com amigos libertários como Tomás Antonio Gonzaga e outros, para tirar a submissão brasileira do poder mandante de Portugal. Em outras palavras, realizar a emancipação política, econômica, administrativa e social do Brasil. Ou seja, a independência, com soberania absoluta. 

 

Os planos de insurgência contra o governo local, em Minas, representado pelo Visconde de Barbacena, foram articulados em 1788 e tiveram como estopim a política de cobrança de impostos sobre a produção aurífera (minerais preciosos) e sobre rendimentos da população mineira (derrama).

 

Apesar de um plano muito bem preparado e direcionado, infelizmente, os inconfidentes acabaram delatados por Silvério dos Reis que, como devedor de tributos, acreditava na denúncia como poder para sanar suas dívidas com Portugal. Um verdadeiro traidor e oportunista!

 

Todos os inconfidentes foram presos, com os principais líderes do movimento punidos com pena de banimento e expulsos do País. Tiradentes, que se encontrava no Rio de Janeiro, além de preso, foi enforcado no dia 21 de abril de 1792, ao som de discursos que louvavam a rainha de Portugal. Seu corpo foi esquartejado e sua cabeça exibida na praça principal de Ouro Preto/MG.

O  Brasil conquistou a merecida independência de Portugal de forma pacífica, após 90 anos da Inconfidência Mineira, por meio do príncipe herdeiro D. Pedro I, em 7 de setembro de 1822.

 

Graças às façanhas heroicas de pessoas como Tiradentes (Mártir da Independência), somos um País livre. Nas palavras de um autor desconhecido: “Como uma nação autônoma, construímos uma identidade alegre, forte, vibrante e lutadora. Conquistamos nossa democracia, resistimos por diversas vezes, gritamos, acreditamos, torcemos, cometemos erros e como qualquer liberdade, tiramos algum ensinamento para que possamos corrigir nossos atos posteriormente”. #InconfidênciaMineira #FaçanhaHeroica

 

(Foto: Reprodução/Óleo de Aurélio Figueiredo)

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

terça-feira, 18 de abril de 2023

Leitura vital

 

#LiteraturaInfantil – Por entender que a leitura é uma das ferramentas mais importantes para alicerçar e impulsionar um ensino de qualidade, com o cultivo do hábito desde a infância, aproveito o “Dia Nacional do Livro Infantil” para exaltar a importância literária. É uma autêntica e real porta de entrada para a formação intelectual das pessoas!

 

São imprescindíveis campanhas nacionais permanentes, envolvendo escolas, faculdades, bibliotecas e outros espaços, para promover e incentivar a leitura. Não é mera coincidência ser hoje também a celebração do nascimento de Monteiro Lobato, em Taubaté/SP, em 18/04/1882.

 

Monteiro Lobato formou-se em Direito e exerceu o cargo de promotor público de Justiça. Foi o primeiro escritor brasileiro a se dedicar à escrita de obras para o público infantil e juvenil, no início da primeira metade do século XX, período em que não se escrevia para menores. Só havia clássicos infantis de origem europeia. 

 

Graças ao talento de Monteiro Lobato, crianças e jovens têm acesso à coleção de narrativas ambientadas no Sítio do Pica-Pau Amarelo, tomando conhecimento de personagens inesquecíveis, como a boneca de pano Emília, Dona Benta, Tia Nastácia, Tio Barnabé, Narizinho, Pedrinho, Visconde de Sabugosa e Rabicó.

 

Nesta data, não podemos ficar só nas comemorações de um objeto físico, mas devemos exaltar o papel do livro enquanto elemento simbólico, que expressa todo um universo criativo, capaz de ampliar a imaginação e aguçar o senso crítico de crianças e jovens leitores.

 

A leitura é uma das ferramentas mais poderosas para a interação com o meio ambiente e também para a compreensão do mundo. Daí a importância de a criança se familiarizar com os livros, desde o seu 1º ano de vida.

 

Seja em casa ou na escola, por meio da contação de histórias e, depois, da alfabetização infantil, a literatura estimula diferentes habilidades nas crianças, como defendem os educadores. Como eles, entendo que os livros apoiam o desenvolvimento da linguagem, a ampliação de vocabulário, a criatividade e a descoberta do mundo imaginário. #LeituraVital

 


Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

sexta-feira, 14 de abril de 2023

Churrasco delícia

 


#EncantosDaPicanha – Convidado por um velho amigo, participei da churrascada promovida por ele num fim de semana. Jogávamos conversa fora quando o cheiro, advindo da churrasqueira, nos avisou do início do saboroso banquete.

 

Desde criança, ouvia os adultos comentarem que “é impossível assobiar e chupar cana ao mesmo tempo”. De fato. Diante das carnes em ponto para degustação, reinou o silêncio (rs). Só depois da abundância gastronômica, as conversas foram retomadas. Elogios retumbantes ao churrasqueiro, principalmente, por causa da picanha, paixão nacional em termos de carne bovina.

 

O amigo churrasqueiro, estudioso na escolha das carnes e no preparo, nos deu uma autêntica aula sobre a origem da picanha. Até então, nunca havia me interessado sobre as raízes da picanha. Ele nos ensinou que a picanha é um tipo de corte de carne bovina, tipicamente brasileiro. O nome vem do tratamento talhante italiano, conhecido como picatta; em espanhol, picana; e, ao final, picanha. Atualmente, há até a picanha suína, em razão do aumento de variedades de cortes de carnes suínas.

 

A picanha faz parte da alcatra e fica próxima ao contrafilé, ao filé mignon e ao coxão duro, localizada na região traseira do animal. Um animal com 200 kg, por exemplo, rende somente 1,2 kg de picanha. Daí a preciosidade que aguça açougueiros desqualificados a incluírem o coxão duro para vender picanha de 4 quilos, ludibriando o consumidor inexperiente.

 

Continuou o mestre: a origem da picanha na culinária brasileira possui várias fontes, como o aparecimento num restaurante paulista nos anos 1950. Como também o mérito concedido ao Sr. István Wessel, proprietário da marca de carnes Wessel, na década de 1960. Independentemente do responsável pela introdução desse corte no Brasil, na grelha ou assado, o importante é dourar os dois lados da picanha por algo em torno de 5 ou 10 minutos. Em seguida, fazer novos cortes em cada posta, em sentido transversal, dourando-se as laterais. Sal grosso a gosto.   

 

Transcrevo a frase de autor desconhecido, que exterioriza nossa admiração à imperdível picanha preparada na churrasqueira: “Que eu sempre tenha amigos para compartilhar os melhores momentos junto ao churrasco de picanha.” #ChurrascoDelícia

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

terça-feira, 11 de abril de 2023

Boas soluções

 

#FazendasUrbanas – Já ouviram falar em “Fazendas Urbanas”? Elas existem. Ficam nos centros das cidades e produzem hortaliças, em grande quantidade e integralmente isentas de agroquímicos. Não são hortas comunitárias ou escolares. A atividade ainda está no início, mas já há oito fazendas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Bahia. Juntas, produzem 25 toneladas de verduras e legumes, como alface, rúcula, tomate e abobrinha.

 

Na cidade de São Paulo, a fazenda fica no terraço do Shopping Center Plaza Sul. Produz duas toneladas de hortaliças, pelo processo hidropônico, com tecnologia de ponta, que inclui visores nas hortas, computadores e acompanhamento inteligente. Tudo, implementado, comandado e monitorado por colaboradores contratados. Uma maravilha!

 

A importante novidade veio do empresário mineiro Giuliano Bittencourt, fundador da empresa BeGreen, que vem implantando as fazendas urbanas, visando alimentação mais saudável para a população. A percepção do empresário teve a ver com seu pai, vítima de diabetes descontrolada, que faleceu depois de forte gripe. Ele entendeu que o consumo de muito queijo e outros alimentos supergordurosos pode desencadear doenças crônicas. Assim, pensou numa alternativa para mudança do hábito alimentar das pessoas.

 

O destino ofereceu a Bittencourt a possibilidade de encontrar uma solução. Em 2014, ele participou de um programa de aceleração de startups no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos EUA, onde descobriu as fazendas urbanas. O empresário trocou o ar-condicionado do escritório pelo ambiente das fazendas urbanas. Rapidamente, entendeu o processo: a alface na terra, se chover demais ou fizer muito sol, se perde; os ataques de pragas e fungos são constantes; se produz a 200 km de São Paulo, com transporte em veículo sem refrigeração; gastam-se quatro dias após a colheita para o produto chegar ao consumidor.

Conduzidas com alta tecnologia, as fazendas urbanas produzem 28 vezes mais uma infinidade de hortaliças, num mesmo espaço que as lavouras tradicionais, com custos menores, alta qualidade e preços idênticos. Economia de 90% no uso de água para irrigação; preservação do meio ambiente, evitando o lançamento de 27 toneladas de CO2 (gás carbônico); perdas de somente 2% entre a produção e consumo contra o desperdício de 35% da atividade tradicional são alguns dos chamarizes. A BeGreen também atua na área de responsabilidade social, doando 5% de toda a produção. Em Osasco/SP, são beneficiadas 3 mil famílias necessitadas.

 


“Somente com metodologias inovadoras e factíveis, como as fazendas urbanas, poderemos alimentar os 10 bilhões de habitantes que o planeta Terra terá em 2050”, afirma o empresário de visão futurista, CEO da BeGreen (foto). É uma realidade inquestionável! Dessa forma, não necessitaremos de novas áreas cultiváveis, que resultam em desmatamentos e queimadas monstruosas, como vêm ocorrendo na região amazônica, ceifando flora, fauna e vida. Que venham boas soluções! #Inovação #Responsabilidade #Saúde

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

sexta-feira, 7 de abril de 2023

Reflexão e fé

 


#SextaSanta – Amigas e amigos, a Sexta-Feira Santa ou Sexta-Feira da Paixão significa uma data de muita emoção e reflexão pela profunda relevância de Jesus Cristo, Filho de Deus. Trata-se de um feriado religioso do cristianismo, que simboliza a morte terrena de Jesus Cristo. Foi no ano 33 d.C., quando Ele foi crucificado e morto pelos guardas do Império Romano, depois de longa caminhada carregando uma pesada cruz, tendo uma coroa de espinhos em Sua cabeça e sendo chicoteado sem parar.

 

A Sexta-Feira Santa é feriado religioso móvel e acontece sempre dois dias antes da Páscoa que também é feriado religioso e marca a ressurreição de Jesus Cristo. Conforme o cristianismo, a Sexta-Feira da Paixão é um dia de profunda meditação sobre o sacrifício de Jesus Cristo na cruz. Nesta data, os cristãos fazem reconstituições, homenagens, celebrações e outras formas de representações artísticas de como teriam sido os últimos dias de vida de Jesus Cristo, incluindo o julgamento, crucificação, morte e a ressurreição.

 

Nesta data, a Igreja Católica aconselha seus fiéis a fazerem algum tipo de penitência, como jejum e abstinência de carne ou de qualquer ato relacionado ao prazer mundano. 

 

Independentemente da religião abraçada, até porque o Brasil, segundo a Constituição Federal, é um pais laico, entendo que a nossa existência somente tem sentido quando temos Fé e acreditamos em Deus. Para nós, cristãos católicos, a presença permanente de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo é uma verdadeira dádiva! #ReflexãoEFé 

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

terça-feira, 4 de abril de 2023

Modelo inconsistente

 


#EnsinoMédio – Desde 2017, quando o então presidente Michel Temer aprovou a Reforma do Ensino Médio, estudantes, educadores e especialistas vêm se posicionando contrários ao novo formato. Naquele ano, manifestantes ocuparam centenas de escolas para cobrar a revogação integral das mudanças. Agora (15/03), no governo Lula, o movimento retoma força em São Paulo. Ocupou a frente do Masp, na Av. Paulista, e chegou até a Assembleia Legislativa. No mesmo dia, houve protestos em aproximadamente 55 cidades.

 

A implementação do novo formato para o ensino médio se tornou obrigatório em 2022 e registrou uma infinidade de problemas. Luca Gidra, presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (Umes), classificou como “excludente e precário” o modelo de educação e defende que seja revogado. Diante das manifestações contrárias, cada vez mais robustas, em 20 de março último, o presidente Lula afirmou que “nada será aprovado sem que o assunto seja debatido com educadores e estudantes”.

 

Por que os estudantes são contra? O modelo prevê que o ensino médio seja organizado em duas partes. Assim, 60% da carga horária dos três anos são comuns a todos os estudantes, com relação às disciplinas regulares. Os outros 40% são destinados às disciplinas optativas dentro de grandes áreas do conhecimento, os itinerários formativos.

 

O aluno do 3º ano do ensino médio, João Pedro da Costa (17), de Osasco/SP, afirma: “Deveria estar me preparando para fazer o vestibular no fim do ano. Mas, só tenho duas aulas de português por semana, assim como de matemática. Não dá tempo de aprender nada”. No lugar das disciplinas regulares, ele tem aulas, por exemplo, de gírias das redes sociais e criação de personagens. “Essas aulas não ensinam nada, não acrescentam nada. Só tomam o tempo do que eu deveria e queria estar aprendendo”.

 

Como entusiasta e batalhador permanente da educação de qualidade, inexistente no Brasil, e super preocupado com o futuro dos jovens neste mundo global de altíssima competitividade, junto-me aos milhares de alunos, educadores e especialistas, frente ao governo Lula, para que o formato do novo ensino médio seja revogado integralmente e já! #ModeloInconsistente #RevogaçãoJá

 

(Foto: Abraão Cruz/TV)

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo