terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Crise no PSDB

 

#SaudosoLíder – Talvez o assunto não seja muito interessante para vocês. Com tristeza, falo do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que me acolheu generosamente, em 1999. Lá permaneci, com muito gosto, até 2009. Descrevo parte da minha história: Fui eleito deputado estadual em 1990, pelo antigo Partido da Frente Liberal (PFL). Na 1ª reeleição, em 1994, deparei-me com a candidatura ao governo paulista do saudoso e grande líder Mário Covas, que foi eleito em 2º turno. Empossado em 1995, o dinâmico Covas encontrou um deficit de quase 40% nas contas públicas, um legado do seu antecessor, Fleury Filho.

 

No 1º semestre de 1995, Covas já tinha zerado o deficit público. Contudo, a duras penas. Além de parcelar a gigantesca dívida a longo prazo, entregou ao governo federal patrimônios dos paulistas, como o Aeroporto Internacional de Guarulhos e a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp), entre outros.

 

Mário Covas, sem sobra de dúvidas, foi o melhor governador de São Paulo. Reeleito em 1º turno em 1998, ele faleceu em 06/03/2001, sendo sucedido pelo leal Geraldo Alckmin, que era o vice-governador. Muito além das relações de ordem política, Covas me fez seu amigo. Em 1997, disse-me: “Junji, vou-me candidatar à reeleição e, como sei da sua candidatura à 3ª reeleição, caso sejamos vitoriosos, gostaria de contar com você no meu PSDB para ser nosso representante político em todos os municípios do Alto Tietê, parte do Vale do Paraíba e na área agrícola, em virtude da sua liderança no setor”.

 

Investimentos de vulto e obras de importância logística e social marcaram sua administração. Em Mogi das Cruzes, dezenas de obras foram realizadas. Muitas delas prometidas e não cumpridas pelos seus antecessores. Dentre inúmeras, destaco a duplicação da Rodovia Mogi-Dutra, que Covas e eu, como deputado estadual, acertamos em 1998. A inauguração ocorreu em 15/01/2005 pelo então governador Geraldo Alckmin, no início da nossa 2ª gestão como prefeito.

 

O PSDB de grandes líderes – Mário Covas, Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin, José Serra e Aloysio Nunes Ferreira, dentre outros –, além  de minguar na importância e representatividade, conforme notícias, está prestes a fechar a maioria dos diretórios municipais, após o racha que o ex-governador João Doria promoveu irresponsavelmente, a mercê de seus interesses pessoais, ganância e sentimento de poder pelo poder, impingindo ao PSDB uma crise existencial, com guerra interna e dúvidas sobre o futuro. Vejam a notícia: https://br.noticias.yahoo.com/psdb-enfrenta-crise-existencial-com-guerra-interna-e-duvidas-sobre-o-futuro-153811639.html 

 

(Foto: Reprodução/Twitter)

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Cenário preocupante

 


#TaxaDeFecundidade – Problemas que não passam na mente da maioria do povo brasileiro afligem a metade das nações do mundo, como é o caso de Japão e Itália, entre outros países. Falo da queda da taxa de fecundidade dos casais e suas consequências. Isto torna a população idosa cada vez maior, com enormes preocupações, principalmente a diminuição de mão de obra produtiva e o perigoso desequilíbrio para continuidade da previdência social.

 

Há um declínio significativo, em nível global, da taxa de fecundidade, marcada pela redução drástica do índice de nascimentos, conforme análise do estudo efetuado pelo “Fardo Global das Doenças”. Os pesquisadores alertam para a tendência de uma sociedade com mais avós do que netos.

 

A pesquisa indagou:

- Por que as mulheres dos países com natalidade mais baixa não querem ter filhos?

- Por que a qualidade do sêmen está caindo no mundo e como isso ameaça a reprodução humana?

O estudo acompanhou a evolução da taxa de fecundidade em 195 países de 1950 a 2017. Em 1950, as mulheres tinham, em média, 4,7 filhos durante a vida. Em 2017, o índice caiu pela metade (2,4). Toda vez que a taxa de fecundidade média de um país fica abaixo de 2,1%, as populações acabam encolhendo. O processo é mais célere onde há altas taxas de mortalidade infantil.

 

O governo do Japão promete pagar, a partir deste ano, R$ 3,1 mil por filho, como auxílio aos casais. Porém, a proposta não agradou, porque os casais sabem que o custo real por filho fica em torno de R$ 16,9 mil.

 

Por falta de interesse em ter filhos, cada vez mais, há cidades japonesas que se tornam desertas ou de idosos. Diante desse preocupante acontecimento, o governo japonês oferece mais de R$ 40 mil para as famílias se mudarem de Tóquio – super-habitada com mais de 35 milhões de habitantes –, como  também de Osaka, com 19.222.665, para povoarem cidades que sofrem com o envelhecimento da população. É uma tentativa de rejuvenescê-las.

 

Na Itália, diversas prefeituras vendem residências por somente 1 euro (R$ 5,10) para pessoas que queiram morar em cidades despovoadas, com o compromisso contratual de reformá-las e habitá-las. O contrato é válido também para estrangeiros.

 

Uma bomba de petardo retardado se arma em todas as sociedades com situação semelhante às mostradas. Ou seja, a inviabilidade de assistência e previdência públicas.

 

Imperceptivelmente, o Brasil caminha para este preocupante cenário, com o agravante do alto índice de desigualdade social. Portanto, é preciso ficar antenado! Esperamos que o futuro da sociedade brasileira, em termos de fecundidade, seja de absoluto equilíbrio e que possamos almejar o contínuo desenvolvimento sustentável. Que assim seja! #EnvelhecimentoDaPopulação #CenárioPreocupante

 

(Foto: Reuters/Kim Kyung-Hoon)

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Viva o Carnaval!

 

#FestaPopular – Amigas e amigos, com devido respeito às pessoas avessas ao Carnaval, esta festa popular é uma cultura das mais preciosas do Brasil. Portanto, cabe-nos o dever de defender e preservar este patrimônio cultural do mundo. A história do Carnaval no Brasil registra que foi introduzido pelos colonizadores portugueses entre os séculos XVI e XVII. A princípio, como uma brincadeira chamada “Entrudo” que, com o passar do tempo, adquiriu outras formas, como o baile de máscaras, contribuindo para o surgimento das sociedades carnavalescas e a popularização do evento entre as camadas mais humildes da população.

 

A partir do século XX, a disseminação da festa ajudou a gerar o samba, estilo musical extremamente influenciado pela cultura africana e, posteriormente, o desfile das escolas de samba que, pela relevância, foi acolhido pelo poder público com suporte financeiro. Assim, tornou-se a maior festa popular do Brasil. Apesar de ter enfrentado muitos obstáculos, o Carnaval nunca perdeu o apoio popular. No final do século XIX, surgiram os cordões e ranchos.

 

Merecem registro as marchinhas de carnaval, também no final do século XIX, com a figura ilustre de Chiquinha Gonzaga, com a inesquecível música “Ô Abre Alas”. O samba ganhou força por volta da década de 1910 – com a música “Pelo Telefone”, de Donga e Mauro de Almeida – quando se tornou popular e legítimo representante do Carnaval. Na década de 1920, surgiram as escolas de samba. Vale destacar a “Deixa Falar”, fundada em 1928, que deu origem à Estácio de Sá, assim como a “Vai como Pode”, atual Portela.

 

Tamanha popularidade e aceitação do Carnaval estimulou o poder público a construir locais específicos para os desfiles das escolas de samba, como os Sambódromo do Rio de Janeiro (1984) e o Sambódromo Anhembi, em São Paulo (1991). Atualmente, as maiores campeãs são a Portela (22 títulos) e a Mangueira (20 títulos), no Rio de Janeiro. Na Cidade de São Paulo, destacam-se a Vai-Vai (15 títulos) e a Nenê de Vila Matilde (11 títulos).

 

Enquanto comandamos Mogi das Cruzes/SP (2001 a 2008), tivemos a honra de, anualmente, realizar um grande carnaval, apoiando integralmente a Associação Mogiana de Escolas de Samba e Blocos (Amesb). Como legado, deixamos a Avenida Cívica, construída para a realização do Carnaval mogiano, onde o Rei Momo reina com a sua rainha e princesas e as escolas de samba apresentam espetáculos fantásticos para a população. #VivaoCarnaval

 

(Foto: Notícias de Mogi)

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

 

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Educação Integral Já!

 

#FuturoMelhor – Sempre comento muito sobre nossa gigantesca desigualdade social. É um mal secular do Brasil. Segundo a FAO/ONU, em 2020/2021/2022, 61,3 milhões de brasileiros sofreram insegurança alimentar. A angústia aumenta diante da comprovação de que crianças vivem a total ausência de esperança num futuro promissor ou estável, apesar de termos um país maravilhoso e abençoado por Deus.

 

Estudo inédito mostra que metade dos filhos de pais, que estão entre os 20% mais pobres do Brasil, permanece nesse mesmo grupo de renda quando se tornam adultos. Entre os que conseguem escapar da pobreza, o índice de melhora de vida é extremamente reduzido: só 2,5% conseguem atingir posições compatíveis dentro da estrutura social e de renda em uma única geração. É um dos menores índices, comparativamente aos países mais desenvolvidos. Quando são mulheres, negros e pardos, as chances de saírem da pobreza é quase nula, ainda mais se são jovens que moram nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.

 

O economista Breno Sampaio afirma: “Somos uma sociedade bastante desigual em termos de oportunidades. O esforço não significa sucesso”. Ele fez estudos baseados no Censo Demográfico, Relação Anual de Informações da Receita Federal (Rais), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) e o Cadastro Único de Programas Sociais (Cups). As pesquisas envolvem filhos de famílias pobres, de 25 a 31 anos de idade, com total ausência de uma vida digna, não se tratando de uma projeção para crianças de hoje com futuros ainda mais nebulosos, em razão da concorrência global.

 

As pesquisas mostram que os jovens de famílias ricas permanecem ricos, enquanto os de famílias pobres continuam pobres, sem oportunidades e perspectivas de um futuro digno, reforçando o índice de que somente 2,5% dos filhos de famílias pobres possuem alguma chance de um futuro melhor. São quase nulas (0,02%) as chances de se tornarem engenheiros, advogados ou médicos, mesmo com integral dedicação e mérito.

 

As análises de especialistas são sombrias. “Se uma pessoa nasce na favela e sabe que vai ser pobre ou miserável a vida toda, ela pode escolher outros caminhos. Pode ir para a criminalidade, destruindo e desperdiçando chances de um futuro melhor”.

 

As constatações vão ao encontro das observações que temos feito sobre o fato de que a ausência de educação pública de qualidade no Brasil anula quaisquer perspectivas das crianças e jovens de famílias pobres de escaparem da pobreza e sonharem com um futuro melhor. #EducaçãoIntegralJá

 


Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

Acima das diferenças

 

#EmFamília – Desde a pré-história, remontando ao tempo das cavernas, com ambiente extremamente hostil, rodeado de predadores e intempéries, coube ao ser humano lograr êxito com o estabelecimento de núcleos familiares. Em boa hora, essa história é estampada na Coluna VivaBem Uol, por meio de Gabriele Maciel, sob o título – “Cada vez mais pessoas rompem com a família: Laço sanguíneo é insignificante”.

 

Os imigrantes italianos, espanhóis, árabes e japoneses, dentre outros, quando chegavam ao Brasil, de 1860 a 1940, uniam-se e fundavam associações para, juntos, defenderem-se mutuamente das adversidades. Falo com conhecimento de causa, por ser brasileiro descendente de pais e avós japoneses. A unidade familiar robustece os sentimentos de apoio, afeto e segurança, além de embasar o êxito de entidades associativas. Uma pena que as transformações da sociedade fragilizem a unidade familiar. Mas, precisamos compreender as mudanças enfrentadas.

 

Pesquisa realizada pelo professor Karl Andrew Pillemer, da Universidade de Cornell, nos EUA, publicada em 2020 no livro – Fault Lines: Fractured Families and How the Mend Them – destaca que 65 milhões de americanos se distanciaram de familiares, em busca de liberdade, para fugir de relações tóxicas ou perseguindo amparo emocional. É um retrato muito semelhante com os acontecimentos que envolvem as famílias brasileiras.

 

Larissa Alves Teixeira Castelo, especialista em terapia sistêmica familiar e pesquisadora do Laboratório de Estudos Sociais de Casais, Família e Comunidade da Universidade de Fortaleza/Ceará afirma que, antigamente, havia o pensamento de que a família era algo sagrado e estava acima de qualquer coisa. Hoje, entende-se que as escolhas individuais devem ser consideradas.

 

A análise demonstra que “o afastamento familiar decorre principalmente dessa intransigência de aceitar o outro como ele é, com suas escolhas pessoais, por religião e até por afinidade ou escolha de ordem política”. Estudos revelam a desconstrução da hierarquia familiar que existia antigamente, com os poderes nos ditos chefes de família. Hoje, as relações são mais horizontais e o jovem sente-se mais à vontade para contrariar os pais. Essa mudança é considerada muito positiva, gerando equilíbrio nas relações e diminuição de violência, tanto verbal quanto física.

 

Em síntese, creio ser fundamental reconhecermos que as pessoas nascem com personalidades diferentes. Portanto, a aceitação e até o perdão são essenciais e altamente relevantes na preservação da harmonia, respeito, tranquilidade, paz e amor familiar. #AcimaDasDiferenças



Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Segurança alimentar

 


#ComOuSemCasca – Amigas e amigos, exceto raras exceções, fomos educados para tirar as cascas dos alimentos in natura antes de comê-los. Enfim, é a nossa cultura. Aliás, também aprendemos que os alimentos, sobretudo as frutas, carregam fortes resíduos de agrotóxicos. Assim, há estímulo total para descascar os alimentos e, em muitos casos, até cozinhá-los antes de ingeri-los.

 

Este texto leva em conta estudos realizados pelas doutoras e professoras: Eveline de Alencar, especialista em Ciência e Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal do Ceará (UFC); Ana Paula Colares de Andrade, do Departamento de Engenharia de Alimentos da UFC; Laura Contin de Souza, especialista em Nutrição da Infância e Adolesceste, da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp); e Luciane Frankelin Gomes de Souza, do Curso de Engenharia de Alimentos do Instituto Mauá de Alimentos (IMA/SP).

 

As cascas carregam alto índice de vitaminas e outros nutrientes benéficos à saúde, além de concentrarem a maior parte dos antioxidantes e fibras. Regra geral, nas frutas cítricas, por exemplo, há mais antioxidantes na casca do que na polpa.

 

Como os agrotóxicos são pulverizados, sua maior concentração é na superfície dos alimentos, como cascas e folhas. Entretanto, os mais porosos tendem a apresentar tais substâncias em seu interior. Ou também nas raízes, caso os defensivos químicos sejam aplicados no solo. Vegetais como pepino, pimentão, cenoura, tomate, alface, uva, morango e cereja são mais sensíveis e absorvem quantidades maiores de resíduos de agrotóxicos.

 

Apesar do nosso receio em relação aos resíduos de agrotóxicos, é recomendável não descascar os alimentos, porque o alto teor de fibras presentes nas cascas é muito mais benéfico do que descartá-las para tentar reduzir o efeito acumulativo dos defensivos agrícolas.

 

Descascar alimentos in natura reduzirá substancialmente os resíduos de agrotóxicos. Porém, perde-se grande parte das fibras insolúveis, responsáveis pela manutenção do funcionamento intestinal e proteção contra algumas doenças crônicas, como diabetes, cardiopatias e câncer no intestino. As partes não consumidas, como cascas, sementes e aparas, podem e devem ser utilizadas no preparo de molhos, caldos, farinhas e bolos.

 

As consequências de agrotóxicos nos alimentos ainda são controversas, sem clareza integral. As notícias mais contundentes sobre os defensivos agrícolas envolvem trabalhadores que aplicam o produto e também aqueles que moram no campo, convivendo com as substâncias químicas.

 

Em razão da complexidade do tema, para ampliar a segurança alimentar, sem desprezar as cascas dos alimentos, valem duas dicas básicas: adquirir produtos in natura orgânicos ou fazer a higienização correta de frutas e hortaliças. #SegurançaAlimentar

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

Honra e gratidão

 


#EmbaixadorEmMogi – Amigas e amigos, tivemos a alegria e a honra de receber na terra mogiana o Embaixador do Japão no Brasil, Teiji Hayashi, que veio acompanhado do Cônsul Geral do Japão em São Paulo, Ryosuke Kuwana. O convite para a nobre visita, consolidada na semana passada (02/02), partiu da Associação Cultural de Mogi das Cruzes (Bunkyo), por meio do dinâmico presidente Frank Tuda, com total apoio da diretoria e dos associados.

 

O Embaixador Hayashi (56) está no Brasil desde dezembro de 2021, sendo o mais jovem a cumprir essa missão diplomática. O presidente Frank Tuda agradeceu as ilustres visitas e ressaltou a importância da comunidade nikkei de Mogi das Cruzes, que permanece desenvolvendo o legado dos ancestrais imigrantes: trabalhar intensamente em prol do progresso do Brasil e robustecer, cada vez, mais a importante relação de amizade dos brasileiros com o povo japonês.

 


Na sua carinhosa e bem-vinda saudação, o Embaixador Hayashi, lendo o discurso na Língua Portuguesa, foi aplaudido intensamente em várias oportunidades. Em especial, quando mostrou um quadro com a pintura do caqui, originário do Japão, que tem sua próspera cultura em Mogi das Cruzes, maior produtora nacional da fruta. Este fato foi ressaltado pela autoridade nipônica. Ele também enalteceu a grande representatividade da comunidade nikkei de Mogi que, por meio do Bunkyo, se insere como um dos principais alicerces na divulgação da cultura japonesa, com intensas atividades, como a escola de língua japonesa, além da eficiente atividade hortifrutiflorigranjeira, a mais representativa no cenário nacional, que impulsiona vários acontecimentos culturais e gastronômicos, como o Akimatsuri e o Furusato Matsuri, festivais anuais com mais de 200 mil visitantes por edição.

 



O Embaixador Hayashi afirmou incisivamente que o êxito do intercâmbio bilateral Brasil-Japão baseia-se, acima de tudo, na relação de amizade construída pelos imigrantes e sucessores nestes 115 anos, desde quando o navio Kasato Maru aportou em Santos, trazendo os primeiros japoneses ao nosso País.

 

Com muita emoção e alegria, compartilho algumas fotos feitas pelo Bunkyo, que ilustram as honrosas visitas de autoridades japonesas a Mogi das Cruzes, terra abençoada por Deus! #Gratidão #Amizade #RelaçãoBilateral

 


Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Energia Limpa


 

#Esperança – A imprensa mundial destacou, em dezembro, a relevante conquista dos cientistas americanos sobre fusão nuclear. A palavra nuclear costuma dar arrepio de medo. Porém, a fusão nuclear, ainda que embrionária, fortalece a esperança de existência no futuro de uma fonte energética limpa e inesgotável, sem receio algum.

 

Pela primeira vez, os cientistas americanos conseguiram, por meio de um processo de fusão nuclear, gerar mais energia do que a utilizada para realizar o procedimento. O resultado abre um novo caminho para a produção de energia limpa, sustentável e inesgotável no planeta, extremamente dependente dos combustíveis fósseis, geradores de relevante prejuízo ao meio ambiente.

 

O Departamento de Energia dos EUA descreveu a descoberta como um “progresso na defesa nacional e ao futuro da energia limpa”. Na visão de Jennifer M. Granholm, secretária de energia dos EUA, o trabalho entrará na história, visto que atualmente as usinas nucleares trabalham com fusão que acarreta prejuízos imensos ao meio ambiente. Portanto, pela primeira vez, a descoberta é considerada uma conquista para a geração de energia limpa e potencialmente inesgotável.

 

A incessante busca do “carbono zero” parece que se tornará uma grata realidade. Hoje, as energias consideradas limpas dependem da hidráulica, solar e eólica, com custos elevadíssimos frente à alta demanda de energia. Apesar de a “energia nuclear” não produzir CO2 (carbono), o grande problema é que a fissão emite resíduos radioativos, altamente nocivos aos seres vivos, enquanto a “fusão nuclear” é limpa e não é maléfica à humanidade.

 

Sem emissão de resíduos radioativos nem de gases de efeito estufa, a “fusão nuclear” é considerada a descoberta deste século, apesar do tempo que ainda levará para uma efetiva utilização. Ela representa uma solução para a crise climática, com o fim de energias fósseis.

 

Merece registro que no Brasil, as usinas hidrelétricas são responsáveis pela quase totalidade da geração de energia elétrica. Porém, apesar dos grandes rios e vastas áreas, não há como continuar com a implantação de novas usinas pelo prejuízo que causam à fauna e à flora.

 

Por outro lado, há anos, temos as usinas nucleares Angra 1 e Angra 2, em Angra dos Reis/RJ, que requerem cuidados permanentes, em função da emissão de radioatividade, mortal aos seres vivos. As energias de fontes eólica e solar são bem-vindas, mas seu alto custo torna a expansão problemática. Portanto, a fusão nuclear é uma grande esperança de energia limpa e inesgotável. Que assim seja! #EnergiaLimpa

 

(Foto: Moreno Fundição)

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo