#SaudosoLíder – Talvez o assunto não seja muito
interessante para vocês. Com tristeza, falo do Partido da Social Democracia
Brasileira (PSDB), que me acolheu generosamente, em 1999. Lá permaneci, com
muito gosto, até 2009. Descrevo parte da minha história: Fui eleito deputado
estadual em 1990, pelo antigo Partido da Frente Liberal (PFL). Na 1ª reeleição,
em 1994, deparei-me com a candidatura ao governo paulista do saudoso e grande
líder Mário Covas, que foi eleito em 2º turno. Empossado em 1995, o dinâmico
Covas encontrou um deficit de quase 40% nas contas públicas, um legado do seu
antecessor, Fleury Filho.
No 1º semestre de 1995, Covas já tinha zerado o deficit
público. Contudo, a duras penas. Além de parcelar a gigantesca dívida a longo
prazo, entregou ao governo federal patrimônios dos paulistas, como o Aeroporto
Internacional de Guarulhos e a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do
Estado de São Paulo (Ceagesp), entre outros.
Mário Covas, sem sobra de dúvidas, foi o melhor
governador de São Paulo. Reeleito em 1º turno em 1998, ele faleceu em
06/03/2001, sendo sucedido pelo leal Geraldo Alckmin, que era o vice-governador.
Muito além das relações de ordem política, Covas me fez seu amigo. Em 1997,
disse-me: “Junji, vou-me candidatar à reeleição e, como sei da sua candidatura
à 3ª reeleição, caso sejamos vitoriosos, gostaria de contar com você no meu
PSDB para ser nosso representante político em todos os municípios do Alto
Tietê, parte do Vale do Paraíba e na área agrícola, em virtude da sua liderança
no setor”.
Investimentos de vulto e obras de importância
logística e social marcaram sua administração. Em Mogi das Cruzes, dezenas de
obras foram realizadas. Muitas delas prometidas e não cumpridas pelos seus
antecessores. Dentre inúmeras, destaco a duplicação da Rodovia Mogi-Dutra, que
Covas e eu, como deputado estadual, acertamos em 1998. A inauguração ocorreu em
15/01/2005 pelo então governador Geraldo Alckmin, no início da nossa 2ª gestão
como prefeito.
O PSDB de grandes líderes – Mário Covas, Fernando
Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin, José Serra e Aloysio Nunes Ferreira, dentre
outros –, além de minguar na importância
e representatividade, conforme notícias, está prestes a fechar a maioria dos
diretórios municipais, após o racha que o ex-governador João Doria promoveu
irresponsavelmente, a mercê de seus interesses pessoais, ganância e sentimento
de poder pelo poder, impingindo ao PSDB uma crise existencial, com guerra
interna e dúvidas sobre o futuro. Vejam a notícia: https://br.noticias.yahoo.com/psdb-enfrenta-crise-existencial-com-guerra-interna-e-duvidas-sobre-o-futuro-153811639.html
(Foto: Reprodução/Twitter)
Junji Abe, produtor e líder
rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo