#PobrezaExtrema – Sem que efetivas providências fossem tomadas, em 2021 e 2022, a pobreza aumentou assustadoramente no Brasil, após os efeitos trágicos da Covid-19 e suas variantes, colocando os brasileiros numa situação jamais vista. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que cerca de 62,5 milhões de pessoas foram consideradas em situação de pobreza. Isto representa 29,4% da população brasileira. Dentro desse índice, 17,9 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza. Literalmente assustador!
Nestes dois anos, o
número de pessoas abaixo da linha de pobreza cresceu 22,7%, ou seja 11,6 milhões
de brasileiros. Enquanto na linha da extrema pobreza o índice disparou para
48,2%, que corresponde a mais de 5,8 milhões de pessoas. Para piorar, a
proporção de crianças menores de 14 anos abaixo da linha de pobreza chegou à
26,2%. Trata-se de índice jamais encontrado na história do Brasil.
Afinal, qual a
definição de pobreza? O Banco Mundial considera em situação de pobreza as
pessoas que ganham até R$ 486,00 por mês, individualmente. Enquanto em situação
de extrema pobreza, o ganho mensal é de R$ 168,00. Portanto, justifica-se
plenamente a ajuda governamental de R$ 600,00 + R$ 150,00 mensal para cada
criança até 6 anos de idade. Claro, são medidas de proteção até a devida
inclusão social das pessoas necessitadas.
O índice de pobreza
e miséria, conforme o IBGE, atinge sobretudo as pessoas negras e pardas, com
37,7%. Este índice representa o dobro das pessoas consideradas brancas. Para
piorar, a renda per capita de mulheres em 2021 e 2022 foi de R$ 1.315/ano, ou
seja, 5,9% menor que a dos homens (R$ 1.393/ano).
Neste Brasil
gigante de dimensão territorial, 48,7% da pobreza encontram-se na região
Nordeste; 44,9% na região Norte; e 20,6% na região Centro Oeste; enquanto na
região Sul encontra-se o menor índice de pobreza, 14,2%. São indicadores que comprovam
a triste realidade da desigualdade social brasileira, um verdadeiro câncer que,
há décadas, corrói a dignidade humana, sem esperanças.
Deus queira que o
novo governo concretize a intenção demonstrada nos discursos de posse, efetivando
a inclusão social e redução de desigualdade. Que retome providências urgentes
nas áreas da educação, saúde, habitação, assistência-promoção social, geração
de empregos e renda. Enfim, esperamos, ansiosos, a esperança se transformando
em uma grata realidade, reduzindo a desigualdade e a pobreza para proporcionar
ao povo a alegria de viver, com harmonia, paz e amor. Que assim seja! #Oremos
Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das
Cruzes, na Grande São Paulo