quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Tresloucado pedágio


A história da Mogi-Dutra tem o lastro da união e da mobilização. Para barrar o tresloucado pedágio, esses também são ingredientes obrigatórios. A rodovia nasceu da fusão entre a coragem e ousadia do ex-prefeito Waldemar Costa Filho e o clamor popular. Não houve guerra por paternidade, nem vaidades, nem picuinhas de gente mal-amada. Independente de coloração partidária, ideologias e pretensões, todos se uniram pela causa, incluindo lideranças de cidades vizinhas. Era 1972, ano em que fui eleito vereador.  
Para a conquista da duplicação, não foi diferente. Décadas de trabalho hercúleo de toda a sociedade. Em 1996, enquanto deputado estadual, ouvi do saudoso governador Mário Covas que ele atenderia a reivindicação se eu conseguisse recursos para o projeto. Convenci o DER a direcionar verba e, em 2000, o projeto foi elaborado. No ano seguinte, Covas autorizou a execução da obra.

Coube ao sucessor, Geraldo Alckmin, tocar a obra e concluir a duplicação da Mogi-Dutra, em 2004. Era o último ano da minha primeira gestão como prefeito de Mogi das Cruzes. Mais uma vez, a conquista resultou da união de toda a sociedade: lideranças políticas de todas as matizes, classistas, comunitárias, da Imprensa, de usuários, dos moradores do Alto Tietê.

Todos os avanços na Mogi-Dutra derivam da união e mobilização. Também são essas as armas para impedir o retrocesso do malfadado pedágio. Vejo como fundamental uma megademonstração de sinergia geral contra a ideia da Artesp de pedagiar a Mogi-Dutra.

A exteriorização da contrariedade deve constar de um documento único subscrito por todos os políticos do Alto Tietê (vereadores, deputados estaduais e federais, e prefeitos), sem exceção, assim como das lideranças do #MovimentoPedágioNão, de representantes de entidades de classe, da Imprensa e de todos aqueles que já assinaram contra a cogitada praça de pedágio. É preciso entregar o manifesto pessoalmente ao governador João Doria, com a participação de todos.


Mais uma vez, é imprescindível entoar o coro forte, harmonioso e soberano da união popular em torno da causa! E deixar cristalino que o manifesto contra o pedágio visa o bem dos mogianos, dos demais usuários da Mogi-Dutra e do desenvolvimento socioeconômico da região. Isto passa bem longe de pretensões políticas, partidárias ou individuais, fogueira de vaidades, diferenças ou interesses outros. #PedágioNão #PontoFinal




Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo


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