terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Consciência e ação

 

#ChuvasNoDeserto – O aquecimento global vem provocando catástrofes climáticas no mundo inteiro, com prejuízos incalculáveis e, acima de tudo, com milhares de vítimas. São chuvas intensas e longas, como as do Rio Grande do Sul, estiagens jamais vistas na região Amazônica e, recentemente, o Furação Milton que levou destruição e mortes à Flórida/EUA, entre outros.

 

Há acontecimentos surpreendentes como as chuvas que inundaram diversas áreas do deserto de Saara, fenômeno que não ocorria há quase 50 anos, deixando rios de água em meio às palmeiras e dunas de areia. Sempre ouvimos que nunca chove no deserto de Saara, o maior do mundo, com temperaturas altíssimas, que chegam aos 50º, e noites muito frias, sendo quase inabitável.

 

O deserto de Saara é considerado um dos lugares mais áridos do mundo e dificilmente alguém imaginaria a região recebendo chuvas intensas num espaço de tempo tão reduzido. A responsabilidade cabe aos seres humanos que ao longo dos séculos vêm agredindo de forma sistemática a natureza, utilizando sem parar os combustíveis fosseis, como petróleo e carvão, desmatando sem dó e fazendo queimadas sem punições.

 

Com estudos meteorológicos, a Nasa indica há tempos que esses fenômenos estão associados às mudanças climáticas, advindas do aquecimento global. Análise publicada em agosto pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), da Universidade Federal de Alagoas, mostra que ventos fortes e constantes vindos do sudeste do planeta, somados à anomalia na temperatura dos oceanos, contribuíram para a chuva no Saara e têm conexão com a seca na Amazônia. “Com o Oceano Atlântico Norte mais quente, ventos alísios (constantes) de sudeste têm mantido a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) muito afastada da Amazônia, inibindo as chuvas e, na contramão, beneficiando o Saara”, diz o relatório.

 

(Reprodução/CM-TV)

Segundo o Lapis, esse é apenas um dos impactos indiretos da ZCIT. A Amazônia vive uma das piores estiagens da história, ocasionando acentuada baixa dos níveis dos rios, que afeta todos os habitantes da região, prejudicando o deslocamento das populações ribeirinhas, o abastecimento de água potável, de alimentos e demais suprimentos essenciais, além das gigantescas queimadas sem fim.

 

O pessimismo toma conta da população, com sentimento de causa perdida, sem volta e irreversível. Porém, como diz o provérbio, “a esperança é a última que morre”. Não podemos nos render diante da catástrofe mundial. Portanto, autoridades, lideranças e sociedade, todos unidos, vamos reverter essa situação. Antes tarde do que nunca! #ConsciênciaEAção

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

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