#PenaDeMorte – O acelerado quadro de violência leva
quem nunca concordou com a pena de morte a começar a aceitar esta punição aos
condenados, principalmente, em caso de crimes violentos. Notícias como a dos
EUA fazem as pessoas revisarem opiniões: “Preso morre com injeção letal horas
após testemunha dizer que mentiu”. Somos abalados por crimes hediondos, mas
também não concordamos, em hipótese alguma, com injustiças.
A vítima dessa injustiça chamava-se Freddie Owens,
de 46 anos, que morreu com injeção letal, na Carolina do Sul (EUA), em setembro
último. Isso ocorreu horas depois que a testemunha envolvida no caso declarou
que mentiu no depoimento, e que Owens não estava no momento do assassinato da balconista
de uma loja de conveniência. O assalto foi em 1997.
Apelações feitas pela defesa do réu foram negadas
até mesmo por um tribunal federal. No dia anterior, a Suprema Corte da Carolina
do Sul havia negado a solicitação. O governador Henry McMaster tinha o poder de
mudar a sentença. Mas, preferiu rejeitar o pedido de clemência do detento. Lei
da Carolina do Sul permite ao condenado escolher a forma de morte: injeção
letal, fuzilamento ou cadeira elétrica.
Steven Golden, envolvido no crime e autor do depoimento
que ajudou a condenar o réu, foi quem retrocedeu em sua confissão original, relatando
que Owens não estava na loja no momento do assalto. Contudo, os promotores
declararam que outros amigos do preso e a ex-namorada dele disseram que ele
teria se gabado por matar a balconista.
Golden disse que, na época, culpou o amigo Owens
porque estava sob efeito de cocaína e sob pressão da polícia que alegava
estarem os dois juntos no assalto. No fim, Golden foi condenado a 28 anos de
prisão, após se declarar culpado em uma acusação menor de homicídio voluntário.
“Sei que a data de execução de Freddie é 20 de setembro e não quero que seja
executado por algo que ele não fez. Isso pesou muito na minha mente e quero ter
a consciência limpa”, afirmou. Tarde demais.
Que esta história verídica sirva de referência para
os defensores da pena de morte. Por mais justa que pareça a punição de um
condenado, nem sempre a acusação é verdadeira. #TempoDePrudência
(Imagem: Reprodução/News 19
WLTX)
Junji
Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São
Paulo
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