#TremxAvião – A comunicação em tempo real, via
internet, proporciona o privilégio de conhecer fatos reais que são
surpreendentes. Imaginem um aeroporto cortado por uma linha de trem. Isso
mesmo. O inusitado encontra-se na Nova Zelândia, um pequeno país formado por
arquipélagos, situado na Oceania, à sudeste da Austrália, região com uma das
maiores instabilidades tectônicas do mundo, o “Círculo de Fogo do Pacífico”.
Duas ilhas maiores (norte e sul) com outras menores totalizam a dimensão
territorial de 268 mil km² (parecido com o estado de Piauí, que possui 251,7
mil km²).
O aeroporto chamado Gisborne fica no subúrbio de
Elgin, na ilha do norte da Nova Zelândia, sendo temido por muitos pilotos e
passageiros. A segurança é indubitavelmente o fator mais importante. Decolagens
e pousos são competentemente coordenados para evitar a colisão das aeronaves,
mas extremamente complexos considerando a necessidade de organizar também a
passagem de um trem que corta a pista. A ferrovia é muito antiga, com trem a
vapor da empresa Gisborne City Vintage Railway.
Em entrevista ao portal neozelandês Stuff, o
gerente do aeroporto, Murray Bell, explicou que, quando o aeroporto foi
construído no início da década de 1960, a linha férrea ficava no trecho final
da pista. Desde então, ela foi estendida sobre a linha, com 2/3 dela ficando de
uma lado da linha férrea e 1/3 do outro lado. No início de 2023, a via férrea
sofreu sérios danos por conta do ciclone Gabrielle, reduzindo as viagens que, antigamente,
cruzavam a pista duas vezes ao dia para 15 viagens férreas por ano, especialmente,
durante o verão ou a visita de navios de cruzeiros à região.
Deu-se total prioridade aos aviões, com horários de
pousos e decolagens bem coordenados. Isso é orquestrado pelos funcionários da
torre de controle do aeroporto, determinando a parada do trem em um determinado
ponto, quando ele se aproxima. Segundo Bell, “toda ação é pré-arranjada” com a
torre indicando se o trem está liberado para seguir ou se deve permanecer
parado.
Por mais que haja responsabilidade dos funcionários
de ambas as partes, entendo que o correto seria a retirada da pista
férrea, acabando com as viagens de trens, por mais que sejam importantes. Afinal,
erros humanos e falhas técnicas sempre acontecem. #SituaçãoDeRisco
Junji
Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São
Paulo

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