#PatrimônioHistóricoÉIdentidade
– A valorização da riqueza histórico-cultural é a exaltação da identidade que
molda as pessoas, as famílias e a sociedade como um todo. No princípio e no
conceito, valorizar as conquistas marcantes da sociedade no passado é tão
importante quanto honrar a história e a memória dos nossos ancestrais. Celebra-se
hoje o Dia do Patrimônio Histórico Nacional.
Alicerçados nesse
sentimento, enquanto prefeito de Mogi das Cruzes/SP, tivemos a honra de
sancionar a Lei Municipal nº 5.500, de 30 de maio de 2003, que dispõe sobre a
criação do inédito Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico,
Cultural, Artístico e Paisagístico de Mogi das Cruzes (Comphap). Foi um
trabalho do então secretário municipal de Cultura e Meio Ambiente, o
extraordinário professor e historiador Jurandyr Ferraz de Campos, que teve
aprovação unânime dos vereadores.
A iniciativa
complementou as ações dos órgãos públicos das esferas federal – Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e estadual – Conselho de Defesa do
Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat). Com
o apoio dos vereadores e lideranças, corremos atrás do tempo perdido e, por
meio do Comphap, conseguimos o tombamento do Casarão do Carmo e do Theatro
Vasquez, ambas construções do final do século XIX. Outros relevantes
patrimônios, de um total de 18 imóveis, foram selecionados para tombamento.
Dentre eles, o prédio da antiga Estação Rodoviária (construção de 1941). Esse
trabalho foi consolidado por nossos sucessores.
No primeiro ano de
gestão, em 2001, inauguramos o Museu Professora Guiomar Pinheiro Franco, com
total reforma do prédio remanescente (do final do século XVIII), para
proporcionar a guarda e proteção de objetos e todo o mobiliário que pertenceram
à tradicional família mogiana Pinheiro Franco.
Outra iniciativa de
excepcional relevância foi a inauguração do Centro de Cultura e Memória
Expedicionários Mogianos, em respeito à história dos soldados de Mogi que
integraram a Força Expedicionária Brasileira e foram, em 1942, lutar nos campos
da Itália até o término da guerra, em 1945.
Precisamos valorizar
o patrimônio que cada cidade tem. Com raríssimas exceções, proprietários de imóveis
antigos costumam ser contra os tombamentos. Portanto, organismos como o Comphap,
ombreados com Iphan e Condephaat, protegem a história. Cito, por ordem de
antiguidade, outros imóveis mogianos amplamente protegidos:
Capela de Santo
Alberto (1611), Capela Rural de Santo Ângelo (1738), Capela São Sebastião
(1820), Mercado Municipal (1858), Theatro Vasquez (1860), Casarão do Carmo (1880),
Igreja das Ordens Primeira e Terceira do Carmo (1890), Igreja de São
Benedito (1895), Escola Estadual Cel. Benedito de Almeida (1901 – antigo Grupo
Escolar), Igreja Matriz de Santana (1902 – reconstrução 1952), Arquivo
Histórico (1905), Corporação Musical Santa Cecília (1933), Monumento Marco Zero
(1935), Estação Rodoviária (1941) e Casarão do Chá (1942).
Alguns desses
endereços estão enraizados em minha vida de mogiano da gema. No Grupo Escolar
Coronel Benedito de Almeida, estudei os 4 anos do antigo primário e me lembro
que brincávamos no Marco Zero da Praça Cel. Almeida. Das janelas da sala de
aula, acompanhei a demolição da antiga Matriz de Santana e reconstrução da igreja
atual. Foi nela que, em 16 de dezembro de 1976, eu e a amada Elza nos casamos,
pelas mãos do amigo Padre Vicente.
Preservar o
patrimônio histórico ou familiar é um dever humanitário, cívico e sublime, com
significado eterno. #PatrimônioHistórico #PreservarÉHonrar
Junji
Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São
Paulo
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