#UsinadeCarvão – Neste mundo preocupante e sombrio,
onde as agressões ao meio ambiente geram trágicas transformações na condição
climática mundial, eis uma boa notícia, em que pese ser ação de um país somente:
Reino Unido fechou, em 30 de setembro, sua última usina de produção de carvão,
a Uniper’s Ratcliffe-on-Soar, em Midlands, na Inglaterra. Tornou-se o primeiro
país do G7 a abandonar a produção de energia a carvão, após mais de 140 anos de
uso do combustível fóssil mais poluente.
O governo inglês vem trabalhando sistematicamente
na abolição de combustíveis poluentes, como é o caso do carvão. Em 2015,
anunciou o plano de fechar usinas a carvão, dentro da década seguinte, quando a
dependência elétrica do carvão registrava 30%. Em 2023, este índice caiu para
pouco mais de 1%. Com os cortes no carvão, as emissões de gases de efeito
estufa do Reino Unido caíram mais da metade, desde 1990. O objetivo é atingir a
meta zero até 2050, aumentando a produção de energias renováveis e limpas, como
a solar e eólica.
Conforme dados da Agência Internacional de Energia,
o carvão tem participação de 26,78% da matriz elétrica mundial, representando
8,53 bilhões de toneladas queimadas em 2023. “A era do carvão pode estar
acabando, mas uma nova era de bons empregos na área de energia para nosso país
está apenas começando”, afirmou o ministro de Energia da Inglaterra, Michel
Shanks.
Mais do que a geração de novos empregos, o fim da
produção de energias poluentes é a salvação do Planeta Terra. A decisão do
Reino Unido é emblemática, visto que o histórico berço da Revolução Industrial,
com a utilização de diversas fontes de energia, foi nesse país.
As energias mais poluentes e não renováveis do
mundo são pela ordem: petróleo, carvão e gás natural. Essas fontes prejudicam o
meio ambiente em toda a sua cadeia, desde a extração até a utilização. A queima
de combustíveis fósseis é o maior contribuinte para agravamento das mudanças
climáticas, com o carvão sendo o mais poluente e nocivo ao clima e à saúde dos
seres vivos.
A ONU precisa aprovar medidas de contenção pra
valer, notadamente em países que mais utilizam energias fósseis, como China,
EUA, Índia, Rússia e Japão. Já o Brasil é referência na geração de energia eólica
e solar, via hidrelétricas. Porém, é o líder mundial em desmatamentos,
queimadas e emissões de gases de efeito estufa associadas ao uso das terras.
Deus queira que na próxima Conferência das Nações
Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que se realizará no Brasil, de 10 a
21 de novembro de 2025, tenhamos um avanço significativo na redução de gases
efeito estufa, substituindo fontes poluentes pela geração de energia limpa e
renovável, colocando a Terra e a Vida como prioridades. #VidanoPlaneta
Junji Abe, produtor e líder
rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo
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