#PesquisadaDaCNC – A Confederação Nacional do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou a Pesquisa de Endividamento
e Inadimplência do Consumidor, que mostra o endividamento das famílias
brasileiras atingindo 76,6%, por causa de cartão de crédito, cheque especial,
carnê de lojas, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e
prestações de carros e imóveis.
Segundo José Roberto Trados, presidente da CNC, no
transcorrer de 2024, houve um recuo de 0,5% nos endividamentos, decorrente da
sensação de melhora nas condições econômicas, como a maior contratação de
trabalhadores, que favorece o orçamento doméstico com menos pessoas recorrendo
ao crédito, visto que conseguem arcar com as dívidas correntes. A
inadimplência atingiu 29% das famílias, uma pequena redução de 0,7% neste ano,
comparado com o mesmo período de 2023.
Outro dado é sobre a falta de condições de pagar as
dívidas. Em outubro de 2023, eram de 13%, enquanto no 1º semestre deste ano o
índice foi de 12,5%. Embora pequena, a redução traz um indício de eficácia do Programa
Desenrola, do governo federal, ao lado de medidas das prefeituras, como o Programa
de Recuperação Fiscal (Refis).
O maior índice de dívidas em atraso ficou com
consumidores de renda de até 3 salários mínimos. Desses consumidores, 17,2% são
os que têm maior probabilidade de não conseguir arcar com dívidas, aumentando
os casos de inadimplência, visto que comprometem 31,9% de sua renda com
dívidas.
O cartão de crédito ainda é o mais utilizado pelos
endividados, atingindo 87,7% do total dos devedores. No mesmo período do ano
anterior, o índice foi de 86,4%. As dívidas no crédito consignado e no
financiamento imobiliário tiveram aumentos, respectivamente, de 0,5% e 0,4%,
comparativamente ao mesmo período do ano passado. No decorrer do ano, as
dívidas sofreram recuos maiores entre as mulheres, com 3,4%, contra os homens,
de 1,5%. Todavia, 30,1% das mulheres demonstram maiores dificuldades de quitar
todas as dívidas, enquanto os homens chegam a 28%.
Essa pesquisa serve para nortear o andamento da
economia brasileira. São sinais claros de que, apesar de uma pequena melhoria nos
indicadores, não se pode baixar a guarda. Guerras como da Ucrânia/Rússia,
Israel/Hamas, a incógnita da atuação na economia do presidente eleito dos
EUA, Donald Trump, e as difíceis condições econômicas da maioria das nações são
indicadores inquestionáveis de que o Brasil está muito longe de se estabilizar
e se desenvolver, proporcionando uma vida melhor e mais estável à sua população.
#VigíliaEconômica
Junji
Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São
Paulo
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