Para
arejar nossa mente, congestionada com más notícias, registro ações
verdadeiramente altruístas nos enchem de emoção e alegria! Funcionam como bússolas
a nos guiar para um porto seguro, quando estamos perdidos na escuridão, sem
rumo e com problemas de difícil superação. Além dos avós e pais que são
saudáveis referências a moldar nossas existências, o mundo nos proporciona
pessoas que se tornam paradigmas com suas posturas sublimes e de amor
irrestrito.
Para essas raras personalidades
rendemos a nossa homenagem e externamos profunda gratidão! No início de fevereiro,
vimos o Padre Júlio Lancellotti quebrando, com marretadas, as pedras
pontiagudas sob o Viaduto Dom Luciano de Almeida, no Tatuapé, em São Paulo, colocadas
para impedir o pernoite de moradores em situação de rua. Ele tentava reverter a
desastrada ação de funcionários da Subprefeitura da Mooca.
Padre Júlio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua, da Arquidiocese de São Paulo, é uma das figuras emblemáticas do Brasil na luta contra a desigualdade social, assim como é o maior protetor e orientador de pessoas em situação de rua. “Indignação diante da opressão. Marretas nas pedras da injustiça. É desumano, parece campo de concentração”, manifestou-se o anjo da guarda dos oprimidos, em sua rede social.
Tive a honra de conhecer o Padre
Júlio Lancellotti, enquanto deputado estadual, na década de 1990. Ele lutava em
prol das crianças e adolescentes internados na antiga Febem (atual Fundação
Casa), administrada pelo governo estadual. Na época, as unidades eram palco de
constantes rebeliões, em função de abusos, maus-tratos e ineficiência
administrativa. Os fatos justificavam a sublime intervenção do Padre Júlio na
defesa dos direitos humanos e orientações visando resguardar crianças e
adolescentes abandonados, oprimidos e revoltados.
Quanto aos moradores em situação de
rua na Capital, em 2019, eram 24.344 pessoas. Porém, a Imprensa registra que a
pandemia deve ter elevado esse número para mais de 30 mil. Há anos, o Padre
Lancellotti sugeriu à Prefeitura alternativas para minimizar os efeitos da
crise que multiplica a população em situação de rua. Propôs locação social e
bolsa aluguel, por exemplo. Porém, não houve sensibilidade da administração pública.
São exemplos de pessoas de grande
magnitude espiritual, moral e ética que nos inspiram e nos ensinam a valorizar a
solidariedade, a caridade e o amor. #Gratidão
Imagem: Reprodução Twitter
Junji Abe,
produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário