Nada mais
grave, triste e preocupante do que o momento em que vivemos com a pandemia de
Covid-19. Com total respeito às famílias de milhares de vítimas da doença, digo
que após a superação desse vírus mortal com as vacinas salvadoras, as consequências
são imprevisíveis.
Para superação e reconstrução do
Brasil e da nossa sociedade, o provérbio secular – “A união faz a força” – torna-se
regra primordial. Precisa reinar nas almas de todos, norteando os sentimentos
de governantes, políticos e lideranças. A tarefa será hercúlea com longa e
espinhosa caminhada, que demandará sacrifício, dedicação, paciência,
solidariedade, respeito, compreensão, paz, fé e, acima de tudo, muito amor.
Vejam os índices e a situação da
nossa economia totalmente destruída. A inflação aparece ameaçadora, o dólar
dispara, a bolsa de valores recua, o desemprego atinge índices insuportáveis e
o empreendedorismo naufraga. Em 2020, nosso Produto Interno Bruto (PIB)
despencou para 4,1% negativos, ocasionando a queda do Brasil do 7º lugar em
2011 para o 12º no ranking das 10 maiores economias do mundo.
A renda média do brasileiro regrediu
célere e assustadoramente. O PIB per capita diminuiu 4,8%, chegando aos piores
índices, como vivenciados em 1983, na recessão da ditadura militar e em 1990,
com o desastre do Plano Collor. Não paramos aí. Impulsionado pela
pandemia, o endividamento da família brasileira bate recorde. Conforme dados do
Banco Central, em novembro de 2020, as dívidas bancárias das famílias
brasileiras atingiram 51% da renda acumulada ao longo dos 12 meses anteriores,
em comparação aos 18,4%, em janeiro de 2005. Como o maior vilão, figuram as
dívidas geradas pelos juros estratosféricos cobrados pelo sistema financeiro,
pela utilização dos cartões de crédito, que representam 78% de todas as dívidas
contraídas.
Da parte dos três poderes
constituídos, torna-se imperiosa a reforma de ordem tributária (para diminuir a
alta carga tributária, uma das mais altas do mundo), a reforma administrativa
(para reduzir o tamanho paquidérmico do governo e do estado, ineficientes, que
geram despesas inaceitáveis), a reforma política (para conter as gigantescas
despesas que os partidos políticos geram aos contribuintes) e a reforma
trabalhista (para completar a inacabada iniciativa).
Sem sombra de dúvida, necessitamos da
união de todos. Há crianças, adolescentes e jovens com as formações humana,
cívica e profissional integralmente prejudicadas pela interrupção educacional. Estão
perdidos, sem rumo e sem alicerce para se tornarem verdadeiramente cidadãos.
Portanto, mão à obra! Reitero um
profundo apelo a todos para que, com união, dedicação, respeito, solidariedade,
fé e amor, enfrentemos a atual e futuras circunstâncias. Vamos pressionar e direcionar governantes, políticos e
líderes. Deus é Grande e, com certeza, haveremos de superar essa situação
totalmente atípica e inesperada! #FéEAmor
Junji
Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São
Paulo
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