#JogosParalímpicosTóquio – Ouso fazer comentários que entendo serem pertinentes. Desde os primórdios, as relações humanas figuram como tarefa complexa de ser exercida sem ressentimentos. Iniciados em Roma, em 1960, os Jogos Paralímpicos vêm se fortalecendo e demonstrando ao mundo inteiro a importância da diversidade, por meio do esporte.
Tóquio sediou a
edição mais recente. Muito mais que as inigualáveis façanhas transformadas em
medalhas de ouro, prata e bronze, como resultado de dedicação integral de atletas,
técnicos, voluntários e organizadores, o evento deixa o legado da importância
da inclusão, superação, diversidade, fraternidade e justiça. São preceitos, infelizmente,
ainda rejeitados por uma minúscula, porém barulhenta, parcela da população de diferentes
países.
Para essa reduzida
parcela radical, a saudável relação humana vivida por mais de 4 mil atletas de
131 países e aproximadamente 60 mil voluntários nos Jogos Paralímpicos
de Tóquio, apesar das dificuldades
decorrentes da pandemia, hasteou uma enorme bandeira contra a malfadada
intolerância racial, social, política, religiosa, de gênero, de toda ordem contra
as pessoas portadoras de deficiência. Enfim, foi uma apoteose de inclusão, fraternidade
e diversidade.
Nós, brasileiros,
somos amantes da paz, da solidariedade e do amor. Porém, sempre teremos manifestações
contra a diversidade. Aliás, como brasileiro descendente de imigrantes
japoneses, conheço bem esses atos nocivos. Quando criança e jovem (1945-1970) e
até como adulto, de vez quando, vivi a intolerância racial e social. Com os
sábios ensinamentos de pais e avós, superei os infortúnios, conquistando respeito
e reconhecimento que me motivam a aplaudir o povo brasileiro.
Sou um entusiasta da
inclusão, da fraternidade e da diversidade. Lembro-me do sucesso do Fórum
Nacional da Diversidade, que realizamos em Mogi das Cruzes em 2002, em nosso 1º
mandato como prefeito. Coordenado pela competente secretária municipal de Educação,
Profª Maria Geny Borges Ávila Horle, com apoio de todas as secretarias e
cobertura excepcional do setor de Comunicação comandado pela eficiente Mel
Tominaga, o evento lotou o Ginásio Municipal de Esportes Prof. Hugo Ramos. Foram
mais de 5 mil pessoas assistindo às palestras sobre a importância da
diversidade, além de prestigiar espetáculos de música, canto e dança. Modéstia
à parte, Mogi deu um verdadeiro show de lição humanitária, que ficou registrado
no País inteiro, numa época ainda desprovida de internet e rede
social.
Com emoção e
gratidão a todos aos atletas, organizadores, voluntários e demais participantes
dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, destaco a ilustre figura do atleta
paralímpico de natação, o gigante Daniel Dias, multimedalhista com 14 medalhas
de ouro, 7 de prata e 6 de bronze, conquistadas em quatro edições consecutivas (Pequim/2008,
Londres/2012, Rio/2016 e Tóquio/2021). Empunhando a nossa Bandeira do Brasil, ele
foi aplaudido mundialmente, ao entrar no estádio olímpico de Tóquio, no
encerramento dos Jogos. Para o nosso orgulho, Daniel representa a luta
permanente pela inclusão, superação, fraternidade, diversidade e justiça!
#VivaGuerreirosDaInclusão
(Foto: Alex
Pantling/Getty Image)
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