#FéESuperação – Compartilho a
emocionante história real da brasileira Sandra Santos (56), nascida em Casemiro
de Abreu/RJ. Com 5 anos, foi separada da mãe que não tinha condições de cuidar
dos seis filhos à época e, posteriormente, de mais cinco. Dos 11, quatro faleceram.
Aos 12 anos, Sandra morava com os
tios e primos. Foi trabalhar na residência de um desembargador, como empregada
doméstica, onde atuou por 14 anos ininterruptos, sem receber um centavo. “Eu
tinha vida de escrava. Era em troca de comida, de um teto para morar e das roupas
velhas da filha”, conta Sandra que trabalhava das 8 da manhã até as 3 da
madrugada.
Sozinha, sem incentivo, mas com muita
inteligência e empatia, fundou o projeto social Casa Mãe Mulher, que atende
familiares de adolescentes que cumprem medidas socioeducativas na unidade
corretiva de Belford Roxo/RJ e pertence ao Departamento Geral de Ações
Socioeducativas (Degase), órgão estadual que acolhe adolescentes e jovens até
18 anos.
Ela trabalhou no Centro de
Atendimento Integrado, uma das unidades do Degase, durante 7 anos. Foi quando
sentiu na alma o sofrimento das mulheres que visitavam os familiares. “Aquelas
mulheres debaixo de sol escaldante, passando mal de fome, com machucados pelo
corpo, passando todo tipo de necessidade”. Sandra queria ajudar e fundou, em
2011, a Casa Mãe Mulher. Era uma modesta barraca, na frente da unidade, para
oferecer às mulheres um local para sentarem, sombra, café, banheiro, comida, apoio
emocional e prático.
“A circunstância é triste, mas
aproxima as mães de seus filhos, muitas delas só conversam com o filho quando
ele vai parar ali”, define Sandra. A ONG fundada por ela ajuda 100 famílias e
não conta com doadores fixos. Por isso, está sempre em busca de doações. Há dez
voluntários.
Sandra Santos nunca desanimou. Ao agarrar-se
nos livros e ensinamentos, com o apoio das professoras da escola, deu um passo
gigantesco. Formou-se nas faculdades de Teologia e Serviço Social, com próprios
recursos, e em dois anos, deve graduar-se em Psicanálise. Ela pretende fazer
pós-graduação para se especializar em comunidades e direitos humanos e luta
para tirar o CNPJ da Casa Mãe Mulher, a fim de que funcione com capacitação,
alfabetização, curso de culinária e etc.
“Quando trabalhava na casa de
família, eu sonhava em morar no Leblon e ainda sonho, nem que seja velhinha de
bengala. Sonhar é permitido, né? E a gente corre para realizar”, ensina Sandra que
supera dificuldades inimagináveis, deixando um legado extraordinário aos
filhos, à família e à sociedade. Vejam a história: https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2021/08/08/sandra-santos-fundadora-do-projeto-social-casa-mae-mulher.htm
(Foto:
Divulgação/Casa Mãe Mulher)
Junji Abe, produtor e líder rural, é
ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo
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