#GeraçãoZ
– Desde os primórdios da civilização humana, os conflitos surgem em todas
as frentes. Com roupagens diferentes, mas princípios comuns. Ainda adolescente,
participava de entidades sociais. Enquanto jovem, atuei em diretorias de associações
culturais, esportivas e agrícolas, assim como em organizações político-partidárias.
Os ditos “mais velhos” demonstravam aversão ao avanço dos jovens, dentro e fora
das entidades. Notávamos clima idêntico no processo político, que só se
suavizava quando nos tornávamos vitoriosos em eleições livres e democráticas.
Já ouviram falar da atual Geração Z? É
a definição sociológica dos jovens nascidos antes e após a mudança do milênio,
entre 1990 e 2003 (18 a 31 anos de idade), como concluiu pesquisa da rede
global de agências de publicidade McCann. Tratam-se de jovens recentemente
diplomados ou cursando o ensino superior. Consideram-se cidadãos do mundo e
acreditam que seus feitos repercutem em instituições e empresas. Conscientes
dos problemas da sociedade, são hiperconectados, porém, solitários.
A geração Z é marcada por jovens que
nasceram num contexto tecnológico desenvolvido. Para muitas empresas, é um
desafio recebê-los e retê-los. A chegada dessa geração no mercado de trabalho
exige adaptação, não apenas no ambiente organizacional, mas também na gestão de
talento, conforme demonstram os resultados da pesquisa. Cabe às empresas o
desenvolvimento de práticas inovadoras para interagir com essa geração.
Uma peculiaridade da geração Z é que,
de forma geral, os jovens antecipam e simplificam muita coisa, além de terem
compreensão tecnológica apurada, o que otimiza tarefas e tem impacto direto na
produtividade das equipes. Se os milennials (geração da internet) já eram
conhecidos por serem digitais, é fácil imaginar o que representa a geração Z, que
se adaptou aos desafios de um grande desenvolvimento digital e repele a
burocracia vigente no setor público e corporativo.
O estudo mostra que são jovens
responsáveis e compenetrados com os problemas da família, sociedade, do País e
do mundo. A diferença está no tempo reduzido para conversas presenciais, porque
se concentram na internet. Daí a solidão que sentem, conforme detectaram os
pesquisadores: 66% dos jovens da geração Z sentem-se profundamente sozinhos,
apesar de rodeados por familiares e amigos. No Brasil, 75% desses jovens sentem
a solidão dos hiperconectados. Quando questionados sobre o que pensam fazer
para melhorar o próprio bem-estar, parcela significativa (36%) prefere se
afastar dos outros para se concentrar em si mesmo.
Apesar das mudanças cíclicas por que
passa o mundo, o equilíbrio emerge para pavimentar a estrada da compreensão. O
processo alivia os transtornos e permite a superação dos desafios decorrentes
dos conflitos de gerações. Afinal, são inerentes ao ser humano e à sociedade
como um todo.
Vamos interagir com os jovens da
geração Z! Independente da faixa etária, todos vivemos momentos diferentes. O
respeito e a compreensão são fundamentais para uma sociedade mais saudável e
equilibrada. #TolerânciaEBemViver
(Imagem: https://projetual.com.br/)
Junji
Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São
Paulo
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