terça-feira, 18 de julho de 2023

Anomalia rara

 

(Imagem: Freepik)

#InformaçãoMédica – Fiquei estarrecido com a manchete da Coluna ViverBem, da Uol, que mostra o caso da menina que nasceu sem ânus.  “Minha filha podia morrer em 48 horas”, disse a mãe Rosângela que, na matéria de 8 de maio último, teve seu nome alterado para preservação da identidade.

 

Rosângela teve uma gestação tranquila e deu à luz a filha em um parto sem problemas. A anormalidade, que pode ser fatal, foi descoberta minutos após o nascimento. A comunidade médica esclarece que a anomalia anorretal (AAR), popularmente conhecida como “ânus imperfeito”, impede a saída do mecônio (as primeiras fezes), sendo uma falha no desenvolvimento do feto durante a gestação. É muito difícil de ser detectada no pré-natal. O diagnóstico é realizado por exames físicos e radiografia, requerendo um imediato tratamento. Caso contrário, pode ocorrer grave infecção generalizada, entre outros males.

 

“Fiquei desesperada. Estava exausta e em transe. Tinha ficado muito feliz pelo nascimento da filha e, de repente, veio uma avalanche. Eu nunca tinha escutado falar nisso, não sabia que existia. Como assim um bebê, que nem veio para mim, já teria que operar e ir para a UTI?”, questionou a mãe. A cirurgia ocorreu um mês depois do nascimento. No pós-operatório, houve jejum de quatro dias para a criança não evacuar e haver a cicatrização. A bebê chorava de fome, mesmo com a nutrição pela veia. Por fim, com exercícios de fisioterapia para conservar o ânus aberto, houve a cicatrização da cirurgia.

 

Aos 6 meses, a bebê começou a comer de verdade, inclusive com adição de alimentos fibrosos. Em hipótese alguma, poderia ficar dois dias sem evacuar.  Isto perdurou até a criança completar 1 ano e exigiu a aplicação de um rígido protocolo para que nova cirurgia não fosse necessária.

 

Feliz e aliviada de preocupações, Rosângela afirma que, atualmente, a vida é normal, com o cuidado para uma alimentação rica em fibras. Ela conta que a troca de informações com uma amiga, cujo filho teve idêntico problema, ajudou-a a tranquilizar-se.

 

Assim, contribuo para divulgar informações sobre uma anomalia super-rara que, segundo estatísticas baseadas em informes de médicos, ocorre em 1 a cada 4 mil nascidos vivos e que, detectada após o parto, a anomalia anorretal é perfeitamente superável com cirurgia e uma alimentação adequada.  A notícia completa: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2023/05/08/filha-anus-imperfurado.htm  #AnomaliaRara


Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

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