#PoliciaArmada – Tudo
que acontece nos EUA, posteriormente, acontece no Brasil. Com moda e música, é
quase imediato, enquanto evoluções tecnológicas vêm mais lentamente. A era
dos famigerados gângsters norte-americanos repete-se aqui com a organização
criminosa consolidada pelo PCC.
Abordo a triste
situação das nossas escolas, com invasões e matanças praticadas por gente desequilibrada,
na maioria dos casos, jovens ex-alunos.
- Em Suzano/SP, no
dia 13 de março de 2019, cinco alunos e duas funcionárias foram assassinados na
Escola Estadual Professor Raul Brasil. Os assassinos Guilherme Taucci Monteiro
(17) e Luiz Henrique de Castro (25) eram ex-alunos e tinham um pacto para
perpetuarem os assassinatos. Após a efetivação dos crimes, o mais novo matou o
mais velho e, em seguida, suicidou-se.
- Em Blumenau/SC,
no dia 5 de abril último, a creche Cantinho Bom Pastor foi invadida pelo
usuário de drogas Luiz Henrique de Lima (25), que assassinou quatro crianças de
5 a 7 anos, além de ferir outras cinco.
Apesar das opiniões
divididas, as providências caminham para a implementação de seguranças armados nas
escolas. É um tema complexo, visto que educação envolve vários atores. Na minha
humilde observação, somente policial armado na escola seria um retrocesso. A
segurança armada reproduz e perpetua a violência, além da demonstração do
fracasso do poder público e dos governantes.
O espaço escolar é
um local de acolhimento, de interações sociais e mediações saudáveis das
crianças e jovens. A guarda armada pode virar sinônimo de medo, com sofrimento
e consequências psíquicas.
Já se faz tarde o ensino
de qualidade, com período integral para aprendizado, com formação cívica e
profissional. Caso contrário, cada vez mais, a população brasileira ficará à
margem da história e sem competitividade no mundo global.
Além do ambiente
escolar, a criança necessita de participação familiar. A integração
aluno/família/escola é fundamental! Cabe aos familiares o acompanhamento diário
de seus filhos, sem deixar para a escola toda responsabilidade na educação das
crianças, o que é cabal inconsciência e negligência.
À escola, a tarefa
primordial de transmissão de conhecimentos, com o aluno sentindo a
responsabilidade pelo aprendizado e retribuindo, com respeito e adesão às boas
regras de convívio escolar. A escola deve aumentar o diálogo entre os
professores e alunos, com respeito, compreensão, carinho e transparência.
Aos professores também
cabe transmitir aos alunos o sentimento participativo e cooperativo, mostrando
sempre a importância dos valores como união, integração e boas condutas.
Ao poder público
cabe a adoção de políticas permanentes de prevenção da violência. Inclui atenção
para detectar casos suspeitos que podem se transformar em desordem,
principalmente na era das redes sociais.
Tomara que autoridades
e sociedade, unidos, possamos reduzir a violência! Empresto uma das frases do
educador Paulo Freire: “Educação não transforma o mundo. Educação muda as
pessoas. Pessoas transformam o mundo”. #EnsinoDeQualidade #MentesSaudaveis
(Imagem: https://www.fazeducacao.com.br/ambiente-escolar-mais-saudavel)
Junji
Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São
Paulo
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