sexta-feira, 21 de julho de 2023

Expectativa e fé

 

#ReformaTributária – A história registra que, desde a época colonial à mercê de Portugal, o povo brasileiro paga os impostos mais caros do mundo. Pesquisa demonstra que são 92 impostos sendo recolhidos pelas empresas e pela população aos governos federal, estaduais e municipais. Após 30 anos de espera, no dia 7, a Câmara Federal aprovou a bendita Reforma Tributária que, agora, está em avaliação no Senado.

 

Apesar de inúmeras autoridades reivindicarem a paternidade da Reforma Tributária, o projeto é de Estado, do Brasil. O otimismo está à flor da pele, mas especialistas afirmam que o texto aprovado precisa de, no mínimo, 10 anos para as devidas correções e acerto final.

 

Em razão de esse arcabouço fiscal estar se iniciando, não vou me precipitar em comentários, mas destaco as principais alterações:

- Impostos extintos: IPI, PIS e Cofins (federais); ICMS (estadual); IPTU e ISS municipais).

- Impostos criados: CBS – Contribuição sobre Bens e Serviços da União (federal); IBS – Imposto sobre Bens e Serviços (estadual e municipal).

- Imposto seletivo: incidirá sobre produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente (federal).

- Alíquotas: Haverá alíquota única com regra geral (a ser definida) e 60% de redução para serviços de educação, serviços de saúde, dispositivos médicos e de acessibilidade para pessoas com deficiência, medicamentos e produtos de saúde menstrual, serviços de transporte coletivo rodoviário, ferroviário e hidroviário; produtos agropecuários, pesqueiros, florestais e extrativistas; insumos agropecuários; alimentos destinados ao consumo humano e produtos de higiene pessoal; produções artísticas, culturais, jornalísticas e audiovisuais nacionais.

- Reduções que serão aprovadas por Lei Complementar: isenção para transporte coletivo; redução de 100% de alíquotas para medicamentos e dispositivos médicos para pessoas com deficiência, além de produtos hortícolas, frutas e ovos.

- Cashback: possibilidade de devolução de tributos à pessoa física, com o objetivo de reduzir as desigualdades de renda.

 

Neste Brasil fantástico, com invejável extensão territorial, clima inigualável e estupenda reserva hídrica, o povo acolhedor e obreiro nunca mereceu pagar tantos impostos. Esperamos que realmente a economia melhore, ensejando ânimo para o empreendedorismo evoluir, com os empregos crescendo sem parar, os afortunados contribuindo mais, a máquina governamental parando de engordar e a igualdade social como parte representativa da pirâmide social.

 

Torcemos fervorosamente pelo início da tão urgente revolução no ensino público, com a marca indelével de qualidade de que a sociedade brasileira precisa para competir, em pé de igualdade, neste mundo globalizado. #ExpectativaEFé

 


Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

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