sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Independência com responsabilidade

 


#HistóriaDaBicicleta – Com certeza, todos os pais, assim como os avós e demais membros da família,  torcem para que as crianças sejam adultos responsáveis, dedicados, respeitados e solidários, com formações cívica e profissional adequadas, além de cultivarem uma vida familiar onde predominem a harmonia e o amor.

 

Incentivar a independência dos filhos é uma das das faces do amor, com plena confiança de que serão capazes de aprender e fazer escolhas. É como a história da bicicleta: “Para aprender a andar de verdade, é preciso que, em algum momento, os pais soltem a mão. Só assim o passeio pela vida vai ser único e independente”. Esta frase, de autor desconhecido, reflete uma realidade legítima em referência ao desenvolvimento e independência dos filhos.

 

A psicóloga Mariuza Pregnolato explica que o bebê é naturalmente imaturo e totalmente dependente ao nascer. Quanto mais cuidados parentais recebe, prossegue ela, maiores serão suas chances de sobreviver. Diferentemente da maioria dos mamíferos, o ser humano leva meses para sustentar o peso e a própria cabeça, locomover-se e conseguir pôr algum alimento na boca.

O processo de independência é natural e constante, mas, segundo a psicóloga, será significativamente enriquecedor se houver estimulação adequada: “vão construindo habilidades físicas, desenvolvendo motor, vinculação afetiva, discriminação visual, cognição e etc”.

 

Aos 2 anos, quando aprende a segurar os talhares, a criança resiste ao auxílio dos pais para ajudá-la a comer. Já aos 5 anos, acorda bem cedo, abre a geladeira e monta o próprio café da manhã e assim por diante. É o caminho do desenvolvimento que ganha velocidade em todos os campos.

 

Sabemos bem que incentivar a autonomia e a independência das crianças não é nada fácil e demanda acolhimento e estímulo delas e dos pais. Precisamos entender que, por algum tempo, a contribuição dos pais será muito relevante para alcançar a independência desejada por todos.

 

Jamais devemos confundir o extremo amor que temos pelos bebês, crianças e jovens, com o sentimento de autodefesa, não lhes proporcionando o seguro garantido de “andar com os próprios pés”. Ou seja, oferecer a necessária independência na solidificação dos processos de cidadania e formação profissional. Os erros crassos criam os chamados “filhinhos de papai”, que ficam eternamente sob as asas parentais. São papais e mamães que mimam demais seus rebentos, comprometendo integralmente seu futuro.

 

Nunca é tarde para aprender que “a independência caminha em paralelo ao aprendizado; é constante e crescente, sofisticando-se à medida que a criança se desenvolve e aprende a socializar”, ensina a psicóloga Mariuza Pregnolato. 

 

O constante diálogo com os filhos é fundamental para atingir a desejada e necessária independência responsável no desenvolvimento dos bebês, crianças e jovens para se tornarem adultos respeitados e conscientes de seus deveres com a família, a sociedade e o País. #IndependênciaComResponsabilidade

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

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