#HistóriaDaBicicleta – Com certeza,
todos os pais, assim como os avós e demais membros da família, torcem para que as crianças sejam adultos
responsáveis, dedicados, respeitados e solidários, com formações cívica e
profissional adequadas, além de cultivarem uma vida familiar onde predominem a
harmonia e o amor.
Incentivar a independência dos filhos
é uma das das faces do amor, com plena confiança de que serão capazes de
aprender e fazer escolhas. É como a história da bicicleta: “Para aprender a
andar de verdade, é preciso que, em algum momento, os pais soltem a mão. Só
assim o passeio pela vida vai ser único e independente”. Esta frase, de autor
desconhecido, reflete uma realidade legítima em referência ao desenvolvimento e
independência dos filhos.
A psicóloga Mariuza Pregnolato
explica que o bebê é naturalmente imaturo e totalmente dependente ao nascer.
Quanto mais cuidados parentais recebe, prossegue ela, maiores serão suas
chances de sobreviver. Diferentemente da maioria dos mamíferos, o ser humano
leva meses para sustentar o peso e a própria cabeça, locomover-se e conseguir
pôr algum alimento na boca.
O processo de independência é natural
e constante, mas, segundo a psicóloga, será significativamente enriquecedor se
houver estimulação adequada: “vão construindo habilidades físicas,
desenvolvendo motor, vinculação afetiva, discriminação visual, cognição e etc”.
Aos 2 anos, quando aprende a segurar
os talhares, a criança resiste ao auxílio dos pais para ajudá-la a comer. Já
aos 5 anos, acorda bem cedo, abre a geladeira e monta o próprio café da manhã e
assim por diante. É o caminho do desenvolvimento que ganha velocidade em todos
os campos.
Sabemos bem que incentivar a
autonomia e a independência das crianças não é nada fácil e demanda acolhimento
e estímulo delas e dos pais. Precisamos entender que, por algum tempo, a
contribuição dos pais será muito relevante para alcançar a independência
desejada por todos.
Jamais devemos confundir o extremo
amor que temos pelos bebês, crianças e jovens, com o sentimento de autodefesa,
não lhes proporcionando o seguro garantido de “andar com os próprios pés”. Ou
seja, oferecer a necessária independência na solidificação dos processos de
cidadania e formação profissional. Os erros crassos criam os chamados
“filhinhos de papai”, que ficam eternamente sob as asas parentais. São papais e
mamães que mimam demais seus rebentos, comprometendo integralmente seu futuro.
Nunca é tarde para aprender que “a
independência caminha em paralelo ao aprendizado; é constante e crescente,
sofisticando-se à medida que a criança se desenvolve e aprende a socializar”, ensina
a psicóloga Mariuza Pregnolato.
O constante diálogo com os filhos é
fundamental para atingir a desejada e necessária independência responsável no
desenvolvimento dos bebês, crianças e jovens para se tornarem adultos
respeitados e conscientes de seus deveres com a família, a sociedade e o País. #IndependênciaComResponsabilidade
Junji
Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São
Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário