(Foto: Divulgação)
#NorteSul – Hoje, falo do sistema
ferroviário de transporte (passageiros e cargas), notadamente em países com
dimensões territoriais gigantescas, como o Brasil. “Após 36 anos e gastos de R$
15 bilhões, ferrovia Norte-Sul será entregue”, como destaca matéria da Uol. O
modal corta três estados: Goiás, Maranhão e São Paulo numa extensão de 2.257 quilômetros.
A Norte-Sul possibilitará maior
escoamento de commodities como soja,
milho, algodão e minérios do centro-oeste brasileiro para as principais regiões
do Brasil e do mundo. Além de facilitar o transporte de grãos, reduzirá muito o
custo Brasil, proporcionando aos empreendedores a necessária competitividade
neste mundo global. Especialistas informam que o frete será reduzido em 40%,
tanto para o transporte de insumos como para o escoamento dos produtos.
O Brasil necessita de muitas linhas
ferroviárias, como a Norte-Sul, para tirar o atraso de décadas. Antes de 1950,
o desenvolvimento do Brasil se fez pelo sistema ferroviário. Porém,
lamentavelmente o governo Juscelino Kubitschek optou pelo sistema rodoviário
para alavancar o crescimento econômico, por meio das indústrias
automobilísticas, visto que a cadeia produtiva gerava maior volume de emprego,
tributos e rendas. Ele lançou o slogan “50 anos em 5”.
Foi um ledo engano pelo qual pagamos
muito caro até hoje. Causou, por exemplo, o sucateamento da Rede Ferroviária
Federal S/A (RFFSA), que era responsável pelo transporte de passageiros e
cargas a custos baixíssimos. Desde a catástrofe, não conseguimos estrutura
férrea condizente para passageiros e cargas, como a maioria dos países
desenvolvidos possuem. Diga-se de passagem, é uma realidade em nações de
dimensões minúsculas, como Itália, Alemanha, Inglaterra, França, Índia, Japão e
Coreia do Sul, até gigantes, como os EUA, China, Canadá e Rússia.
Oxalá, daqui para a frente, todos os
governos invistam pesadamente no sistema ferroviário de passageiros e de
cargas, porque o benefício será palpável e passa da hora de deixar somente nas
letras o verso poético do Hino Nacional: “Deitado eternamente em berço
esplendido”. #SOSFerrovias
Junji
Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São
Paulo
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