terça-feira, 30 de setembro de 2025

Fenomenal Laura Cardoso!

 

(Foto: Juan Guerra / Estadão)

#DécadasDeTalento – No meu tempo de jovem, nutria grande admiração pelas novelas televisivas. Logo após o jantar, reuníamos a família inteira para assistir as imperdíveis telenovelas, em preto e branco. Em meio à lembrança, deparei-me com o registro dos 98 anos da atriz Laura Cardoso, comemorados em 13 de setembro.  

 

A campeaníssima Laura Cardoso é uma atriz brasileira, pioneira da televisão e uma das mais prolíficas da dramaturgia nacional, com uma carreira superbrilhante de mais de 80 anos. Paulista, filha de imigrantes portugueses, ela começou no rádio, aos 15 anos. Em 1952, estreou na TV Tupi e destacou-se em mais de 60 novelas e dezenas de filmes.

 

Em 2006, foi condecorada com a Ordem do Mérito Cultural, em reconhecimento ao seu enorme talento. É uma artista completa que premiou o público com atuações impecáveis em novelas como Mulheres de Areia, Irmãos Coragem, A Viagem, Chocolate com Pimenta e Caminho das Índias. No cinema, dentre muitos filmes, teve atuação magistral em “Outro Lado da Rua”.

 

Laura Cardoso foi casada com também ator Fernando Balleroni, com quem teve duas filhas, Fátima e Fernanda. Ao falar sobre a inigualável atriz Laura Cardoso, lembro que a dramaturgia brasileira é reconhecida mundialmente. Somos premiados pela oportunidade de assistir a novelas e filmes, que nos emocionam e nos alegram. É uma possibilidade que, como um bálsamo, acalenta o coração de muitas famílias após as jornadas diárias. #GratidãoLauraCardoso


Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Viva Mitixiro 88!

 


#Beiju – Tive a imensa alegria, honra e emoção de comparecer ao aniversário de 88 anos do meu amigão do peito, o incomparável Mitixiro Akabane, dentista aposentado. Além da longa amizade de mais de 65 anos, a minha amada Elza e eu somos compadres do Mitixiro e de sua esposa, também chamada Elza. Somos padrinhos de batismo da filha Cintia, hoje mamãe de dois filhos.

 


O inesquecível evento, em 23 de agosto último, ocorreu na Fazenda Rodeio, onde reside o filho do aniversariante Hideki, carinhosamente chamado de Helinho. Na cultura japonesa, os 88 anos do homem são um acontecimento muito especial, marcado como Beiju, que significa arroz, alimento sagrado e essencial à vida. Além disso, a idade é considerada auspiciosa e sagrada, simbolizando uma vida longa, fértil e abençoada, motivo de honra e gratidão para o aniversariante e para a família.

 


Na cultura nipônica, o aniversariante de 88 anos usa colete cerimonial (chanchanko), de cor amarela ou dourada, que simboliza a luz, sabedoria e prestígio, com um leque combinando com as vestimentas. A refeição tradicional nesse evento são arroz batido (mochi), peixe grelhado e arroz vermelho com feijão japonês (azuki), entre outros.

 


Mitixiro Akabane, juntamente com Minor Harada, Jorge Shigueno, Yutaka Kono e Akio Iyzuka –  todos saudosos –, além de mim, Hidekasu Abe e, um pouco depois, Elias Tomé da Silva Pires, formávamos um grupo indissolúvel de amigos, como não se vê mais com tanta frequência. Sem dúvida, éramos “Um por todos – Todos por um”. Durante décadas, toda noite de sexta-feira, encontrávamo-nos na Pizzaria Maracanã, que ficava na Praça Oswaldo Cruz, Centro de Mogi das Cruzes. A maioria era fã de chopp e a minoria, de Coca-Cola.

 


Registro o memorável aniversário de Mitixiro Akabane em homenagem à sublime amizade que ele e seus familiares nos proporcionam. Desejo ao meu grande amigo toda saúde, prosperidade, paz, amor e infinita felicidade! Toda gratidão também à família pela tão calorosa acolhida! #VivaMitixiro88

 


Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

terça-feira, 23 de setembro de 2025

Pausa para reflexão

 

#TristePreconceito – Infelizmente, intolerância e discriminação racial invadem estádios no mundo inteiro, apesar da revolta dos atingidos e da maior parte da população. São casos como o do atleta Vinícius Jr. Brilhando no Real Madrid, da Espanha, é vítima de torcedores que não aceitam o fato de ele ser negro. Imitam gestos de macaco para agredi-lo moral e psicologicamente. No Paraguai, o jogador palmeirense Luighi (sub-20) foi alvo de ofensas racistas e levou até cusparada no rosto, durante o jogo contra o Cerro Porteño, pela Taça Conmebol, em 06 de março. Punições severas precisam ser aplicadas contra os transgressores. Porém, as organizações esportivas e a justiça passam à margem dessas agressões intoleráveis, sem as justas punições.

 

(Imagem: Reprodução/Internet)

Por conta da ocorrência com Luighi, o jogador paraguaio Ángel Romero, artilheiro do Corinthians, afirmou, em entrevista à Radio paraguaia ABC Cardinal, que “o Brasil é um dos países mais racistas” e que “deveria resolver seus próprios problemas antes de criticar o racismo em outras nações”. Ele disse que sofre diariamente com discriminação, preconceitos, insultos contra o seu país, contra sua nacionalidade. “Tenho orgulho de ser paraguaio, de ser índio, de ter essa raça Guarani”.

 

Quanto às declarações do craque, registro o comentário do cronista esportivo e ex-jogador Casagrande, que associa a discriminação contra os jogadores negros ao preconceito generalizado no Brasil contra nordestinos, pessoas em situação de rua, idosos, deficientes e obesos, entre outros, além da intolerância religiosa e de gênero. “A sociedade brasileira é uma das mais preconceituosas do mundo”, disse Casagrande, endossando a afirmação de Romero.

 

Concordo com Casagrande quando ele diz que temos de denunciar sempre o racismo e qualquer tipo de preconceito que sofremos no exterior. Mas, precisamos, também, parar de fazer o mesmo aqui dentro, com estrangeiros e conosco mesmos. Não podemos jogar o assunto debaixo de tapete. Precisamos ter a coragem de olhar para dentro e perceber que, muitas vezes, reproduzimos o mesmo comportamento ou até pior. Basta notar os ataques decorrentes da divergência de opiniões.

 

Enfim, o Brasil precisa continuar hospitaleiro e acolhedor, como no passado longínquo, quando recebeu imigrantes italianos, espanhóis, japoneses, alemães, árabes e etc. Somos reconhecidos como o berço da miscigenação! Como, então, estamos regredindo? #PausaparaReflexão

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Gestão participativa

 


#ProdutivoEncontro – Fui recebido com muito carinho pelo amigo Téo Cusatis, vice-prefeito de Mogi das Cruzes/SP, competente, dedicado e leal à prefeita Mara Bertaiolli. Levei para o encontro um amigo de muitas décadas, Jorge Gonçalves da Silva, miniempreendedor que comanda, há mais de 40 anos, uma borracharia e loja de escapamento, na Rua Maestro Júlio Ernesto de Oliveira, no Centro.

 

Além de tratar do caso do Jorge, em 22 de agosto, Téo recebeu algumas sugestões que preparei, por escrito, para a Prefeitura considerar em prol da comunidade:

- Ecoponto Jardim Armênia: obras de pavimentação asfáltica nas partes interna e externa para acabar com o lamaçal que se forma em épocas de chuvas, prejudicando os munícipes no transporte de materiais recicláveis.

- Mudanças Semafóricas: a) Mudança do sinal semafórico localizado na Rua São João com a Rua Antônio Cordeiro para o cruzamento da São João com a Rua Elgin. Justifica-se: a R. Antônio Cordeiro começa na São João e, portanto, não transpõe com a via. Já a intersecção da São João com a Elgin é extremamente difícil em razão do grande movimento de veículos; b) Deslocamento do semáforo da Av. Henrique Eroles com a Rua Gaspar Conqueiro para a Henrique Eroles com a Rua Maria Antonieta Mello Freire Conceição. Motivo: a travessia de veículos no ponto sugerido para o semáforo é intensa e perigosa por conta do grande movimento.

- Carros-Fortes: proibir o estacionamento de carros-fortes das instituições financeiras na Av. Vol. Fernando Pinheiro Franco. Em especial, no caso do Santander. Toda vez que o carro-forte para em frente à agência, a avenida sofre um congestionamento monstruoso que atinge a R. José Bonifácio por inteiro e ainda a R. Dr. Corrêa. A alternativa seria estabelecer a parada do carro-forte na R. Princesa Isabel de Bragança, na lateral do banco. Outras agências bancárias localizadas na popular Avenida dos Bancos, como o Banco do Brasil, Itaú, Mercantil e Caixa Econômica Federal possuem estacionamento próprio.


Ao apresentar as sugestões sobre o trânsito, prontamente, o vice-prefeito convidou o secretário municipal de Mobilidade e Trânsito, Cel. Ary Kamiyama, para realizar o estudo técnico urgente sobre as sugestões apresentadas.

 

Independentemente da minha trajetória na área político-administrativa, observo com satisfação que as demandas da população têm recebido da administração pública mogiana tratativas rápidas e sem burocracia. Aliás, em qualquer circunstância, a prioridade no atendimento à população é a marca indelével da boa imagem dos gestores públicos.

 

Sem nenhuma bajulação da minha parte, parabenizo a prefeita Mara Bertaiolli, o vice-prefeito Téo Cusatis e as equipes, neste início de administração, por saberem colocar o povo mogiano como seu principal consultor. Que continuem assim! #GestãoParticipativa

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

terça-feira, 16 de setembro de 2025

Missão do abastecimento

 #SetorComercial – Falo hoje sobre como estão as empresas do setor comercial, com atividades no atacado e varejo, por meio de hipermercados, supermercados, atacavarejo, minimercados, lojas de conveniência, e-commerce e hortifrútis. Pesquisa/estudo da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), em parceria com a NielsenIQ, destaca que, pelo 9º ano consecutivo, o Grupo Carrefour Brasil manteve a liderança no ranking de redes de supermercados com o maior faturamento no Brasil.

 

Por outro lado, de acordo com o Ranking Abras 2025, o grupo GPA detentor das redes Pão de Açúcar e Extra, foi ultrapassado pela rede mineira de Supermercados BH e caiu uma posição em relação à classificação de 2024. As redes de supermercados no Brasil faturaram em 2024 o total de R$ 1,06 trilhão, equivalente a 9,1% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. Para a soma do faturamento, a entidade considerou todos os formatos de operações.

 

Esse setor gera mais de 9 milhões de empregos diretos e indiretos no território nacional, porém, atualmente enfrenta escassez de mão de obra, com cerca de 357 mil vagas em aberto. Apesar das dificuldades para contratação de funcionários, o número de lojas no segmento cresceu 2,3% em 2025, em relação a 2023, e conta com 424 mil unidades espalhadas pelo Brasil.

 

A seguir, as dez redes que mais faturaram em 2024: 1º) Grupo Carrefour – R$ 120,5 bilhões; 2º) Assai Atacadista – R$ 80,5 bilhões; 3º) Mateus Supermercados – R$ 36,3 bilhões; 4º) Supermercados BH – R$ 21,2 bilhões; 5º) Grupo Pão de Açúcar – R$ 20 bilhões; 6º) Irmãos Muffato – R$ 17,4 bilhões; 7º) Grupo Pereira – R$ 15,3 bilhões; 8º) Mart Minas Atacado e Varejo e Dom Atacadista – R$ 11,4 bilhões; 9º) Censosud Brasil – R$ 11,2 bilhões; e 10º) Koch Hipermercado – R$ 10,3 bilhões.

 


É um setor comercial que atende a classe consumidora por, no mínimo, 18 horas diárias (com grande parcela de lojas abertas 24 horas) nos sete dias da semana. Na condição de cidadão brasileiro, produtor rural e consumidor, enalteço o complexo setor de atacado e varejo de alimentos, notadamente, no caso de verduras, legumes, tubérculos, bulbos, frutas, carnes, ovos, peixes e demais itens sazonais e perecíveis.

 

Além do mais, como integrante das cadeias produtivas desses alimentos, o setor convive com uma infinidade de difíceis tarefas decorrentes de entressafras, condições climáticas, transportes, lavagens, classificações, empacotamento,  acondicionamento e etc, visando sempre a satisfação da classe consumidora. #MissãoDoAbastecimento

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Avanço rural

 


#Homenagem – Em continuidade ao trabalho de elaboração do projeto de lei que objetiva homenagear os produtores rurais de Mogi das Cruzes, sugerido por mim, tivemos uma reunião com o secretário municipal de Agricultura e Segurança Alimentar, Renato Abdo, ao lado do presidente da Câmara Municipal, vereador José Francimário Vieira de Macedo, o Farofa, e o secretário da Associação Cultural de Mogi das Cruzes (Bunkyo), Roger Kayasima. As ações resultam da sugestão que dei durante a abertura do Festival de Outono (Akimatsuri), realizado pelo Bunkyo, no Centro Esportivo da entidade, no bairro da Porteira Preta.

 

O encontro na Secretaria, em 20/08, sucede a reunião de junho (10/6), quando detalhei minha sugestão aos vereadores e definimos as etapas do trabalho. Já estão consolidadas as bases da premiação:

- O projeto de Lei prevê que a homenagem terá a denominação de “Prêmio Junji Abe – Produtor Rural do Ano” (aliás, fico constrangido com tão grande honra de ser lembrado na nomenclatura). O prêmio será concedido anualmente, na  abertura do Akimatsuri, realizado pelo Bunkyo em agradecimento à boa colheita. A organização da premiação ficará a cargo de uma comissão composta por representantes da Secretaria de Agricultura, Câmara, Bunkyo, Sindicato Rural de Mogi das Cruzes (SRMC) e Associação dos Produtores de Jundiapeba e Região (APROJUR). Serão selecionados três produtores rurais pelo SRMC e um  pela APROJUR.

 


Os produtores que se inscreverem para a premiação devem possuir documentação de produtor rural regularizado – sem débitos de ordem fiscal com o Município, e manter unidade agrícola em Mogi. Os selecionados devem se apresentar com os devidos currículos, impreterivelmente, até a primeira quinzena de fevereiro. Os nomes e respectivos currículos dos quatro selecionados devem ser encaminhados à Câmara Municipal.

 


Fico muito feliz com o avanço do trabalho de elaboração do projeto de Lei para homenagear setor hortifrutiflorigranjeiro de Mogi das Cruzes, campeão no cenário nacional e referência brasileira em tecnologia, representado por quatro produtores que, anualmente, serão selecionados pelas entidades representativas da classe produtiva de alimentos. #AvançoRural

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

 

terça-feira, 9 de setembro de 2025

Direito fundamental

 

#ConquistaEstrutural – É indiscutível a imensa satisfação trazida pela tecnologia a cada nova conquista. Assim foi com a energia elétrica, o telefone, o veículo, o fogão a gás, a máquina de lavar roupa, a máquina fotográfica, o celular, a internet e assim será, infinitamente, com outras descobertas e benefícios em todas as áreas.

 

Aos 84 anos, lembro-me com emoção de quando meus avós e pais, imigrantes japoneses, instalaram na nossa fazenda em Biritiba  Ussu, zona rural de Mogi das Cruzes/SP, um motor a diesel acoplado ao gerador para produzir energia elétrica na nossa residência, das 18 às 22 horas. Foi em 1945. A rede pública de energia elétrica foi implementada somente em 1960, durante a gestão do governador Carvalho Pinto.

 

Outro fato marcante ocorreu em 1974, quando a Cooperativa Rural de Telecomunicações de Mogi das Cruzes, da qual sou presidente-fundador, viabilizou com os esforços dos próprios agricultores e o apoio total dos governos federal (Ernesto Geisel) e estadual (Laudo Natel) a telefonia no campo. Implantamos em toda zona rural de Mogi e parte dos municípios vizinhos de Biritiba Mirim, Suzano e Guararema 1,2 mil terminais telefônicos. Foi uma verdadeira revolução em termos de comunicação rural no Brasil.

 

Esses sentimentos afloraram quando vi a notícia sobre a comunidade quilombola do Tambor, interior do Amazonas, no Parque Nacional do Jaú, que comemorou a chegada de um sistema de água potável, impulsionado com energia solar. É resultado do projeto Água+Acesso, desenvolvido pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e Coca-Cola do Brasil, que desde 2017 atua em prol das comunidades quilombolas e indígenas. A iniciativa já beneficiou 5,6 mil pessoas de 37 comunidades com energia solar e água potável.

 

(Foto: Paulo Desana)

“É um sonho realizado. Foram anos e anos de promessas. Mas, a FAS foi a única organização que conseguiu realizar o projeto”, afirmou Sebastião Ferreira de Almeida, líder da comunidade do Tambor, que fica às margens do Rio Jaú. Em épocas de seca, é necessário descer e subir uma escada de aproximadamente 40 metros para buscar água em baldes. É uma verdadeira luta várias vezes ao dia. Para piorar, é uma tarefa a cargo de idosos, mulheres e crianças.

 

Neste Brasil gigante, ainda há milhares de localidades desprovidas de água potável, energia elétrica, saneamento básico, saúde, educação, habitação, etc. Muitos sequer têm conhecimento desses recursos. É muito triste, embora diferente, mas igualmente lamentável, o fato de populações urbanas amargarem a falta de energia elétrica e prejuízos de toda ordem em decorrência de fortes chuvas e ventos. Em ambos os casos, são graves falhas de infraestrutura. #DireitoFundamental  

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Rica memória

 


#HomenagemAosImigrantes – Participei de uma missa budista, celebrada pelo monge Miyoji Sugamoto, do Templo Honpa Hongwanji do Brasil (R. Changuá nº 108, Chácara Inglesa, em São Paulo). O culto religioso é realizado anualmente no 3º domingo de agosto e integra o calendário da Associação Cultural de Oita Kenjin do Brasil, localizada na capital paulista.

 


Na condição de neto e filho de imigrantes japoneses, que chegaram ao Brasil em 1928, vindos de Kitsuki, Província de Oita, faço questão de participar do evento religioso. A celebração homenageia nossos ancestrais, com sentimento de extrema gratidão e amor pelo riquíssimo legado que nos deixaram.

 

No Japão, há 47 províncias (estados) e, desde o início da imigração, os japoneses aqui radicados constituíram associações culturais, esportivas e agrícolas, representativas de suas respectivas províncias. Essas entidades são subordinadas à Federação das Associações das Províncias Japonesas no Brasil (Kenren), que fica no prédio da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social (Bunkyo do Brasil), em São Paulo.

 


Embora tenham se passado 117 anos do início da imigração japonesa no Brasil e a descendência ter atingido a 5ª geração (gosseis), as associações mantêm-se firmes. São importantíssimas para o fortalecimento da relação bilateral Brasil-Japão, municiando os Consulados e a Embaixada do Japão no Brasil com dados voltados ao intercâmbio de ordem econômica, tecnológica e ambiental, além de atuarem na perpetuação da grande amizade entre as duas nações.

 


Após o culto religioso, foi servido no salão do Templo um lanche reforçado (praticamente um almoço). Sushis, salgados, sanduíches, doces e bolos foram levados pelo próprio público da missa. É um costume da comunidade japonesa. Chama-se “Motiyori” que, em tradução livre, significa: reunião ou encontro, onde cada participante leva um prato de comida, também conhecido como “cada um leva”. Coube à Associação Cultural Oita Kenjin do Brasil a responsabilidade de servir sucos e água, além dos talhares, hashis e guardanapos. 

 


Fico emocionado pela oportunidade de participar do culto anual em homenagem aos nossos ancestrais! Meus avós, Tokuji e Makie, e meus pais, Izumi e Fumica, nos ensinaram, desde quando éramos crianças, um princípio jamais esquecido: “Amar este País de todo coração! Ajudar o povo em tudo o que for possível e fazer mais pelo Brasil que os próprios brasileiros”. #RicaMemória

 

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

terça-feira, 2 de setembro de 2025

Contra a desigualdade salarial

 

#RespeitoÀMulher – Em toda oportunidade, demonstro a maligna desigualdade salarial entre homens e mulheres, na maioria das atividades que exercem. Ao falar do assunto, despontam sentimentos que guardo como o fato de haver tido uma mãe verdadeiramente guerreira que, além das atividades domésticas e da lavoura, acompanhava a educação dos cinco filhos, cuidava do sogro e da sogra (meus queridos avós), do cunhado e da cunhada. Na cultura japonesa, são obrigações destinadas à mulher do filho mais velho. Nunca vi minha mãe (Fumica) reclamando de cansaço, arrependimento ou demonstrando desânimo. Ao contrário, estava sempre de bom humor, feliz e amorosa. Foi o alicerce da minha formação para respeitar, reconhecer e agradecer o relevante papel das mulheres em todos os sentidos.

 

Hoje, falo sobre a atividade feminina no mercado de trabalho. O 3º Relatório de Transparência Salarial, de responsabilidade do Ministério do Trabalho e Emprego (abril/2025), demonstra que as mulheres avançam nos trabalhos profissionais, mas ainda ganham 20,9% menos do que os homens, no exercício das mesmas funções. Pior. A desigualdade salarial cresceu no Brasil. Em 2021, era de 19,4%; em 2022, subiu para 20,7%; e em 2024, para 20,9%. Segundo o Relatório Anual de Informações Sociais, em 2024, a média salarial das mulheres no País foi de R$ 3.755,01 contra R$ 4.745,53 dos homens. Lamentamos também o salário médio das mulheres negras que, em 2024, foi de R$ 2.864,39, 47,5% menor do que o recebido pelos homens não negros.

 

Estudos mostram que, se houvesse igualdade salarial, seriam injetados na economia nacional R$ 95 bilhões. As mulheres recebem menos do que os homens em atividades operacionais, serviços administrativos, diretorias e  gerências, com mesmo nível de ensino superior. O Distrito Federal tem a maior média salarial – mulheres, R$ 5.656,33, e homens, R$ 6.282,81; em São Paulo, as mulheres ganham, em média, R$ 4.516,92, e homens, R$ 5.803,67.

 

A Lei da Igualdade Salarial (Lei Federal nº 14.611), de 2023, prevê fiscalização para impor transparência salarial, ações contra discriminações, canais de denúncia, programas de diversidade e inclusão e apoio à capacitação de mulheres. Porém, registra resultados benéficos insignificantes. Passam despercebidos ainda denúncias de assédio sexual no trabalho e dupla jornada; e problemas de menopausa.



Além de apoiar sem limites a igualdade entre homens e mulheres, sob todos os aspectos, apadrinho com transparência e sinceridade uma maior participação das mulheres na administração das empresas, nos Tribunais de Contas, em todos os níveis do Judiciário e nos Poderes Executivo e Legislativo das três esferas. #ContraADesigualdadeSalarial

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo