Em razão
da pandemia do novo coronavírus que devasta o mundo inteiro, inclusive o
Brasil, muitos não aceitarão um debate sobre a tese do adiamento das eleições de
outubro próximo. Uma parcela de políticos, lideranças públicas e privadas e
cidadãos dirá que não há cabimento tocar no assunto, em meio à transcendental
crise, que já tirou milhares de vidas.
Foi
exatamente por causa da calamidade pública que o ministro da Saúde Luiz
Henrique Mandetta, deputado federal (DEM-MS), manifestou a necessidade
imperiosa de adiar as próximas eleições.
Como
não exerço função pública eletiva, com a total isenção de ânimo de cidadão
brasileiro, homem público, líder rural, sindicalista, cooperativista e amante
do associativismo, com histórico de 60 anos de integral participação na
sociedade – e sem receio de agradar ou desagradar quem quer que seja – , permito-me
externar minha humilde opinião. Sou totalmente a favor do adiamento das
eleições deste ano.
Precisamos
estar, de corpo e alma, voltados ao combate frontal da Covid-19. Não há espaço
e muito menos clima para a realização de um evento de tamanho significado, como
as eleições.
Os
resultados das eleições livres e democráticas jamais podem ter consequências
distorcidas e maléficas, advindas de comoções inimagináveis como é o atual estado
de espírito do povo brasileiro.
Longe
de discórdias, para o bem do povo e da Nação, os três poderes unidos, com a
maioria dos parlamentares em consenso, poderiam realizar as eleições deste ano em
2022, quando haverá eleições gerais. Assim, haveria também a coincidência de
mandatos.
Sugiro
ainda incluir nessa decisão a extinção da reeleição para o Poder Executivo nas
três esferas (federal, estadual e municipal). A coincidência de mandatos,
proponho, viria associada à mudança do atual modelo: de 4 para 5 anos de
duração, válido para todos. Ao final, defendo o voto distrital para os eleitos do
Legislativo, visando aproximar o eleitor dos seus escolhidos.
Evidente
que a reforma política não se restringe às sugestões apresentadas. Merece abrangência
e profundidade maiores. Porém, caso se concretize o adiamento das eleições,
acompanhado das medidas propostas, com certeza o pleito seria mais oportuno,
racional, econômico e republicano. A representatividade política seria muito
mais sadia e legítima. Consequentemente, o regime democrático sairia mais
fortalecido.
Farei
em momento adequado maiores considerações sobre essas sugestões, assim como outras
medidas que a reforma político-eleitoral requer. Cristalinamente, o adiamento
das eleições deste ano é imprescindível para o bem do povo e da Nação
brasileira!
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