Vigora
a inquietante preocupação ancorada na gravidade da pandemia do
coronavírus, o Covid-19. Em apenas 3 meses, 170 mil pessoas
infectadas em 120 países, com o saldo de quase 7 mil mortes, e
progressão geométrica. O vírus não conhece fronteiras nem
barreiras sociais.
A
maioria dos países vem
tomando as medidas cabíveis. Na
Coréia do Sul, por
exemplo, a
união entre
governo
e povo resulta
em ações
drásticas capazes
de
impedir
a proliferação. No
Brasil, infelizmente, ainda existe uma minoria fanática que
descumpre
as recomendações expressas do Ministério da Saúde.
Vale
conclamar as pessoas
a
se
conscientizarem do caos que essa doença contagiosa causa. E
pedir que dispensem fake news! Acreditem em
recomendações
legítimas, vindas
das
autoridades de
saúde,
para
nortear condutas!
Sem
a
pretensão de ser
dono da verdade, proponho,
humildemente, a análise
da
pandemia sob
o
ponto de vista espiritual. Será
que a violenta contaminação não seria um aviso divino para uma
revisão do comportamento humano? Afinal, a sociedade vive sob
altíssimo teor de animosidade, alimentando
sentimentos beligerantes, onde impera o egoísmo.
Não
é curioso que a única forma de defesa contra o vírus seja a
conduta individual? Ou seja, a atitude de cada um pode salvar ou até
matar os outros? Sofremos com a falta de estadistas capazes de
contagiar as pessoas na construção do caminho da conciliação,
da
compreensão,
respeito e união. São
elementos imprescindíveis não somente para
a superação do coronavírus, mas
também para a consolidação da necessária
paz mundial.
Por
mais dolorosas que sejam as consequências do coronavírus, lembro
de
provérbios ou ditados seculares. “Há
males que vêm para o bem” ou
“Depois da
tempestade vem a bonança” são
frases conhecidas que trazem
grande
aprendizado
para
quem se propõe a entender a profundidade do seu significado. Neste
momento, que sirvam de uma luz de esperança na
busca da igualdade,
paz e amor entre as pessoas.
De
forma cíclica, a humanidade é abatida por males inimagináveis. Em
1330, a peste negra matou 50 milhões de pessoas. A varíola, em
1896, causou 300 milhões de mortes. Para a tuberculose, em 1918,
foram 1 bilhão de vidas perdidas. A malária, em 1980, levou outras
3 milhões. No ano seguinte, foram 22 milhões de mortos pela Aids.
São uma amostra dos fatos em nossa história.
No
campo espiritual, ouso afirmar que os
males aparecem
exatamente no sentido de despertar nas pessoas e no mundo a
necessidade de construir ou reconstruir caminhos ou condutas
permanentes. Tudo,
com o objetivo de
resgatar a humanidade do exacerbado sentimento de poder, riqueza,
egoísmo e ganância, que geram prepotência,
violência, intolerância, desrespeito, vaidade, maledicência e
guerras,
entre outros. É
uma onda ruim que atinge todos os setores, públicos ou privados.
Vamos
fazer nossa parte, aprender as lições, ser humanos melhores e
acreditar que o coronavírus também vai passar. #FocoeFé
Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo
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