Hoje, 13 de maio, remonta
à 13 de maio de 1888, data da Abolição da Escravatura no Brasil. Registra a
história que os colonizadores portugueses, desiludidos com a mão de obra
indígena, iniciaram uma prática impiedosa e cruel: a escravidão de famílias
inteiras do continente africano, que eram capturadas e trazidas em navios
negreiros ao Brasil.
Após a abolição da escravatura, a
opressão continuou, mesmo que de modo disfarçado. No último dia 13, a Imprensa
destacou que o Ministério Público do Trabalho resgatou 22 trabalhadores rurais
do Estado do Maranhão, que haviam ido trabalhar nas lavouras de cana de açúcar Ituverava/SP
e viviam em situação análoga à escravidão. Casos como este se multiplicam.
A desigualdade social é o maior
símbolo da injustiça, com milhões de brasileiros vivendo abaixo da linha de
pobreza. Há décadas, o Brasil é submetido à uma escravidão disfarçada. Refiro-me
à escravidão econômica a que o País se submete, na medida em que o setor
industrial perde a competitividade. Basta citar a aniquilação da indústria
têxtil nacional, visto que países asiáticos colocavam em nosso mercado produtos
de melhor qualidade e mais baratos. Progressivamente, toda a cadeia produtiva
desse segmento se esfacelou.
Situação similar atinge produtos de
alta tecnologia, como automotores, computadores, comunicações, etc. Aliás, o
mesmo acontece com as vacinas contra a Covid-19. Estamos nas mãos de outras
nações. Ao mesmo tempo, produtos de valores menores, vindos de outros países,
inundam o mercado nacional. Salva-se, por enquanto, somente o agronegócio, em razão
da nossa vocação, com terras abundantes, recursos hídricos e clima apropriados à
produção.
De resto, nada ajuda. Há tributos e
taxas mais caros do planeta, infraestrutura precária, logística paupérrima e o
mais grave, a população sem a formação educacional, cívica e profissional
adequada para competir com países que estão anos luz à frente.
Cada vez menos empregos e empresas. Cada
vez menos tributos e benefícios sociais. Cada vez menos trabalho e renda.
Estamos à mercê de países e povos mais desenvolvidos. Só temos tamanho, mas
perdemos para minúsculos como Inglaterra, Espanha, Dinamarca, Coréia do Sul e
Japão, além de nações continentais, como EUA e República Popular da China. Somos
escravos econômicos de nações superdesenvolvidas, onde autoridades e povo trabalham unidos, prosperando
com qualidade de vida.
Oxalá, a quebra de patentes de
produtos e serviços essenciais à população, com apoio irrestrito do presidente
americano Joe Biden, seja uma medida para amenizar a escravidão econômica.
Precisamos permitir o acesso de países subdesenvolvidos aos monopólios e
patentes mundiais.
Como exemplo, estão as vacinas e
remédios que se encontram nas mãos de três ou quatro países. Se as patentes e monopólios
de produtos e serviços forem extintos, todas as nações terão direito de
fabricar e prestar serviços essenciais as suas populações, em cumprimento ao
espírito de significância humanitária.
Que este dia 13 de maio sirva de aprendizado! Temos de participar
ativamente, com consciência e dedicação, para derrotar a subserviência e
escravidão econômica a outras nações. Temos tudo para superar esta condição
submissa. Portanto, brava gente brasileira, mãos à obra, começando pela
revolução e evolução educacional! #LiberdadeEconômica #EvoluçãoSocial
Junji
Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São
Paulo
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