#ChinesasNoBrasil – As tradicionais indústrias
automobilísticas multinacionais, há anos instaladas no Brasil, como a Mercedes-Benz
e a Ford, deixaram de fabricar seus modelos de veículos em 2020 e 2021. Além
disso, a GM do Brasil demitiu centenas
de funcionários. A alemã Mercedes anunciou a venda de sua planta, em
Iracenópolis/SP, para a chinesa GWM. Por sua vez, a norte-americana Ford,
instalada em Camaçari/BA, anunciou a transferência de sua unidade para a também
chinesa, BYD. Afinal, quais as razões para as marcas tradicionais desistirem do
Brasil, enquanto as indústrias chinesas se instalam?
Tudo leva a crer que os veículos movidos à
combustão (petróleo) serão gradativamente substituídos por carros elétricos. É
uma tecnologia que tem as indústrias chinesas na linha de frente no mercado
mundial, enquanto, nos EUA e na Europa, as tradicionais automobilísticas não se
prepararam para essa mudança.
De fato, pela primeira vez, o mundo está observando
os veículos à eletricidade, libertando-se de amarras das grandes organizações
petrolíferas do mundo, que ainda comandam a economia mundial. As indústrias
chinesas nunca tiveram essa subserviência às organizações petrolíferas, mesmo
porque, ao longo das décadas, a China jamais foi autossuficiente em petróleo.
A eletricidade é a bola da vez em todas as
atividades inerentes ao ser humano e às sociedades. Haja vista, o crescimento
vertiginoso na geração de eletricidade solar nas residências e nas empresas. No
Brasil, a energia solar já é a 2ª mais importante, após a gerada pelas
hidrelétricas.
Há de se ressaltar a grande batalha para diminuir o
efeito estufa, produzido pela energia fóssil, altamente danosa ao ser humano e
à natureza. Nessas condições, as indústrias automotivas chinesas, BYD e GWM, na
vanguarda mundial, estão se instalando em países interessados e em condições de
recepcioná-las, como é o caso do Brasil.
Além da dianteira nessa transformação, as indústrias
chinesas estão oferecendo as avançadas tecnologias, com preços acessíveis, bem
abaixo das concorrentes americanas e europeias.
A chinesa GWM afirma que nos próximos 10 anos
investirá R$ 10 bilhões na sua operação no Brasil. A BYD, desde 2021, já
fabrica e comercializa cinco modelos de automóveis elétricos no País, mantendo uma
rede de concessionárias nas principais cidades.
O crescimento das indústrias chinesas, aproveitando
as plantas das automotivas Ford e Mercedes, com ampliação, geração de mais
empregos e tributos, leva os governos estaduais e municipais a continuarem com
seus subsídios fiscais, visto a importância dessas corporações para o
desenvolvimento sustentável, com redução do efeito estufa que, por sinal, é o
objetivo primordial no mundo de hoje. #AvançoDosCarrosElétricos
(Foto: Divulgação/BYD)
Junji
Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São
Paulo
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