#PrevençãoDeDoença – Sabiam que restaurantes de São
Paulo, Rio Grande do Sul e Ceará estão proibidos pelas Vigilâncias Sanitárias
dos respectivos estados de servirem ovos cru ou mal passados, ou seja, com gema
mole? Desde 2009, a Agência Nacional de Saúde (Anvisa) obriga os produtores a rotularem
as embalagens de ovos com a instrução: “O consumo deste alimento cru ou malcozido
pode causar danos à saúde”. A norma estadual reforça o cuidado.
Nos estados de SP e RS, os restaurantes que
descumprem a norma sofrem sanções pesadas. De acordo com as respectivas
portarias, os ovos cozidos devem ser fervidos por 7 minutos, tempo que
proporciona gema macia, agradável e a clara bem cozida. Os ovos fritos devem
apresentar gema dura, o que geralmente leva em torno de 3 minutos na
frigideira. Na preparação de maionese, cremes e mousses, dentre outras
modalidades, devem ser utilizados ovos desidratados, cozidos ou pasteurizados, o
que elimina possíveis bactérias.
As Vigilâncias Sanitárias de SP e RS tomaram as
decisões proibitivas como prevenção. Esclarecem que os ovos podem estar
contaminados com bactérias do gênero Salmonella, tanto na casca, quanto na
clara e gema. Ao consumir ovos crus e com gema mole, as pessoas têm maior
chance de contrair salmonelose, que causa cólicas abdominais, diarreia, vômitos
e febre. Os sintomas da salmonelose aparecem de 12 a 72 horas após o consumo do
alimento contaminado. O mal dura de 4 a 7 dias, mas não há necessidade de tomar
antibióticos para recuperação.
As autoridades sanitárias explicam que cozinhar os
ovos é uma das principais formas de eliminar a Salmonella. A bactéria morre quando
a água de fervura atinge, no mínimo, 66 graus centígrados.
Compreendo perfeitamente as razões das normas
proibitivas das Vigilâncias Sanitárias de SP, RS e CE. É medida preventiva para
mal maior. Acredito que a Anvisa deveria estabelecer as mesmas condições
proibitivas no País inteiro, visando a redução do risco da salmonelose, advinda
do consumo de ovos crus ou malcozidos. Seria um meio de proporcionar mais saúde
à população, como também diminuir gastos no Sistema Único de Saúde (SUS), que
vive permanentemente superlotado.#RiscosDaSalmonella
Junji Abe, produtor e líder
rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo
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