A ONU regulamentou em 1872 o
4 de junho como o Dia Mundial das Crianças Vítimas de Agressão. Foi uma forma
de protesto, luto e reflexão por essa violência que, lamentavelmente, cresce em
todos os países. Agressões físicas, psicológicas e mortes de bebês, crianças e
adolescentes fazem parte do noticiário diariamente. São vítimas de
espancamento, afogamento, envenenamento, queimadura, abuso sexual, trabalho escravo
e homicídio.
O Brasil não foge à regra. O assassinato do menino
de 4 anos, Henry Borel (supostamente, cometido pelo padrasto), no início de
março, é um exemplo de inúmeros casos. Por essa razão, faço o apelo para
redobrarmos a reflexão quanto à preocupante carência de proteção e de educação
das nossas crianças, que vivem fase extremamente frágil em termos de construção
de mentalidade, princípios, caráter e valores, visto muitas estarem privadas
até de alimentação.
O Estatuto da Criança e do Adolescente garante
constitucionalmente uma vida digna às crianças, num ambiente seguro para lhes
proporcionar crescimento seguro, encaminhando-as para formação cívica e
profissional. São deveres dos pais, famílias, comunidades, educadores,
governantes e da população em geral. Contudo, vê-se que esses preceitos são
ignorados diante dos aproximadamente 20
mil bebês, crianças e adolescentes vítimas de violência diária no Brasil. Informações
são registradas pela Sociedade Internacional de Prevenção ao Abuso e
Negligência na Infância (Sipani). O número representa 12% das 60 milhões de
crianças menores de 14 anos de idade.
Especialistas orientam sobre como identificar sinais
de que uma criança está sofrendo violência:
- Perturbação no sono: a criança tem dificuldade
para dormir ou fica com o sono agitado, com pesadelos repetidamente.
- Alimentação: apetite pode aumentar ou diminuir,
fugindo da regra habitual.
- Desempenho na escola: dificuldades de
concentração, recusa na participação de atividades, queda no desempenho e
aproveitamento escolar.
- Mudanças de comportamento bruscas e repentinas: podem
envolver desde o desinteresse por atividades que costumam lhes dar prazer ou
até apresentar medos que não possuíam antes.
Com solidariedade, empatia, responsabilidade e
amor, vamos contribuir como orientadores e vigilantes da proteção de crianças e
adolescentes! Ao constatar indícios de agressões, abusos e violência de
qualquer natureza, disque 100, de qualquer parte do Brasil, e denuncie às
autoridades. É o mínimo que podemos fazer pelo bem dos pequenos que são a nossa
digna continuidade! #Disque100
Junji
Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São
Paulo
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