#AssassinatoBrutal
– Uma cena bárbara de assassinato a pauladas machucou profundamente nossos
sentimentos, ampliando a realidade de impotência diante das atrocidades e manchando
o nome do Brasil no cenário mundial. Refiro-me ao homicídio do imigrante
congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, de 24 anos, no Posto 8, Barra da Tijuca, Rio
de Janeiro, em 24 de janeiro último.
Moïse era
refugiado da República Democrática do Congo, na África. Fugia da guerra e da
fome. Veio legalmente ao Brasil, com passaporte diplomático, em 2014, para
tentar uma vida nova, enquanto esperava a vinda dos irmãos e da mãe. O motivo
fútil para o assassinato brutal aumenta a revolta. A vítima estaria pedindo apenas
o pagamento de dias trabalhados num quiosque: míseros R$ 200.
Moïse perdeu a
vida cruelmente sob dezenas de golpes de tacos de madeira, imobilizado com mata-leão,
amarrado, socado e, ao final, ainda espancado por três elementos, ajudados por mais
dois desalmados. A câmera do quiosque mostra o bárbaro, implacável e perverso assassinato:
https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2022/02/05/video-inedito-moise-ultimos-momentos.htm
Os covardes
matadores de gente foram indiciados por homicídio duplamente qualificado. Estão
presos e, com o maior cinismo, fizeram afirmações sem pé nem cabeça de que Moïse
vinha provocando, há dias, o proprietário do quiosque e irritando pessoas
próximas, notadamente eles, os assassinos. Procurado pela Imprensa, o dono do comércio
disse desconhecer essa cobrança.
Ivana Lay, mãe de Moïse, desabafa: “Nesses anos todos, o meu filho virou
brasileiro. Fez muitos amigos. Era trabalhador e muito honesto. Ganhava pouco,
mas era dele. No final, chegava com parte do dinheiro e me dava para ajudar a
pagar o aluguel. E reclamava que ganhava menos que os colegas”.
O apoio à família
de Moïse e revolta contra os criminosos atinge a população brasileira, como
também os povos do mundo. Cobramos justiça com severa condenação!
A expressão “Rio de Janeiro, Cidade Maravilhosa”, lamentavelmente, perdeu sua
majestade. Sai governo, entra governo, a situação é cada vez pior. A violência
campeia e choca. Multiplicam-se tiroteios entre forças de segurança e bandidos
(na maioria, traficantes de drogas). Na calada da noite, balas perdidas matam
crianças e ocorre extermínio de jovens. São alguns dos inúmeros crimes que
desfiguram a imagem do Rio de Janeiro lindo, carinhoso e hospitaleiro, com
reflexo planetário.
Em coro,
manifestamos profunda tristeza, enorme inconformismo e colossal revolta!
#ProfundaTristeza #ParemAViolência #ChegaDeDor
(Foto:
Redes Sociais/Reprodução)
Junji Abe, produtor e líder rural, é
ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo
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